Introdução: pesquisas têm sido realizadas para identificar a produção científica de determinada área, com vistas a refletir sobre o seu próprio futuro. Objetivo: identificar quais os artigos mais acessados e citados em revistas brasileiras da Fonoaudiologia analisando a temática, tipo de pesquisa e área em que são citados. Método: os periódicos selecionados foram Audiology Communication Research (ACR), Communication Disorders, Audiology and Swallowing (CoDAS) e Revista CEFAC-Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal, acessados em 14 de março de 2019, na Scientific Electronic Library Online (Scielo). Dez artigos mais acessados foram classificados segundo temática do conteúdo e tipo de pesquisa. Os mais citados foram também analisados segundo áreas que os mencionaram. Foi realizada análise descritiva para comparação entre os tipos de pesquisa e temática, aplicou-se teste não paramétrico de Kruskal-Wallis (p<0.05). Resultados: foram registrados 765.718 acessos, 21-70% do tipo de estudo observacional e sobre Motricidade Orofacial-MO (13-43.3%). Na análise dos artigos mais citados (n= 34), a maioria foi observacional (29-85.3%), e quanto à temática, MO (10-29.4%) e Linguagem (9-26.5%), sem diferença estatística (p=0,834). Um dos periódicos analisados, em seu início, era específico para publicação de MO, fato que pode justificar o maior registro. Os percentuais de citação mais frequentes foram em revistas (560-82,0%), da própria área da Fonoaudiologia (308-45,1%). Conclusão: estudos observacionais, relacionados à Motricidade Orofacial e Linguagem, são os mais acessados e citados. A maioria foi citada em fontes da própria Fonoaudiologia, explicitando que a área necessita fazer um movimento para ser mais reconhecida.
O uso de equipamento estéreo pessoal por jovens é uma realidade observada no dia a dia e os níveis de intensidade utilizados são preocupantes. Objetivo: Apresentar um sistema educativo para rastrear os níveis sonoros de fones de ouvido de adolescentes usuários de equipamentos portáteis de som (EPS). Método: A amostra foi composta por 49 adolescentes de uma de uma escola pública do Estado de São Paulo. Foram feitas as estimativas do Nível de Pressão Sonora (NPS), filtro A, com a utilização de um sistema educativo para estimar o nível de pressão sonora. Este sistema foi desenvolvido pelo programa Dangerous Decibels.org® e recebeu o nome de Jolene (Estados Unidos) e Gisele D’Barulho (Brasil). As respostas obtidas foram analisadas de forma descritiva em valores de % e de média, mediana e moda. Resultados: O valor de moda para nível de Pressão Sonora, obtidos através do Sistema Gisele D’Barulho, foi de 104 dB (A), sendo que foram encontrados os níveis mais elevados no grupo do sexo masculino. O Sistema mostrou-se eficaz na motivação dos jovens a participarem da pesquisa. Conclusões: esse sistema de rastreio do nível de intensidade sonora atendeu os objetivos educativos de mostrar para os participantes qual o volume de som que estavam usando. Essa técnica permitiu mostrar que estão utilizando os seus equipamentos portáteis de som em intensidade acima do recomendado, aumentando as chances de problemas auditivos em futuro próximo.
Programas de saúde auditiva estão voltados predominantemente para crianças entre 0 e 3 anos de idade ou para os maiores de 7. As crianças entre estas duas faixas etárias não estão em nenhum destes programas, porém é neste grupo que mais ocorrem problemas de orelha média, e, é, neste grupo, possível detectar as perdas auditivas mínimas, leves ou unilaterais que não foram identificadas nos programas de triagem auditiva neonatal. Objetivo: Identificar alterações auditivas em crianças pré-escolares por meio de um programa de triagem auditiva. Método: Trata-se de estudo descritivo, transversal e observacional realizado em duas escolas municipais do município de Mauá. A amostra foi composta por crianças de cinco e seis anos de idade. O programa de triagem auditiva foi composto: a. otoscopia; b. timpanometria, e c. registro das emissões otoacústicas transiente (EOAT) e produto de distorção (EOAPD). Em vista da pandemia iniciada em março de 2020, não foi possível avaliar as crianças de três e quatro anos. Resultados: 28,44% (n= 31) de crianças falharam na otoscopia. Das 78 (71,55%) crianças que passaram na otoscopia, 30,8% falharam na timpanometria; 16,7% nas Emissões Otoacústicas Produto de Distorção (DPOAE) e 19,2% nas Emissões Otoacústicas por estímulo Transiente (TPOAE); 30,76% (n= 24) das crianças falharam em pelo menos um dos três procedimentos. Conclusão: foram identificadas 30,76% de crianças com risco de alteração auditiva que devem ser encaminhadas para avaliação médica e audiológica.
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