RESUMO: O objetivo do presente artigo é apresentar, analisar e discutir a constituição do campo da Educação Especial, tendo como fonte os textos publicados pelo periódico Revista Brasileira de Educação Especial - RBEE, no período de 1992 até 2017. Por meio da fonte selecionada, foi possível elaborar balanço tendencial referente aos sujeitos que produzem os discursos disseminados pelo periódico, bem como os sujeitos e as políticas que essas narrativas produzem e a forma pela qual são produzidas. Para tanto, foram selecionados, dentre o total de textos publicados, aqueles que apresentavam discussão ampla sobre a Educação Especial, por meio de três eixos de entrada: quem produziu esses artigos, o que produziram e por quais meios produziram essas narrativas. Os dados colhidos foram organizados por meio de indicadores que alimentaram o banco de dados, permitindo a elaboração de tabelas e a análise das principais tendências dessa produção desde o seu lançamento até o ano de 2017, tendo como referencial teórico os estudos de Pierre Bourdieu, especificamente as noções de campo e linguagem. Destacam-se como resultados da análise a grande incidência de produções da região Sudeste do Brasil, de autores com título de doutores inseridos no campo acadêmico vinculados à educação, culminando com a análise dos termos que designam a população atendida pela Educação Especial e que expressam a disputa pela autoridade científica desse campo de investigação.
Palavras-chave: Deficiência, Conceito, Educac ßão Especial.O objetivo deste trabalho e apresentar a trajet oria dos movimentos de e para as pessoas com deficiência, demonstrando de que forma, em cada momento hist orico, os conceitos nesse campo de conhecimento são utilizados estabelecendo relac ßão entre esses movimentos e o contexto espec ıfico da educac ßão e das pol ıticas reformistas p os d ecada de 1990; problematizar e recuperar a forma pela qual os conceitos foram moldados atrav es do tempo em diferentes contextos e suas relac ßões explicitadas como instrumento de ac ßão pol ıtico-social. Utilizou-se como fonte de dados documentos que incorporam discussões sobre o tema, bem como documentos legais que estabelecem a forma de atendimento a essa populac ßão. Tem como referencial te orico autores e obras que estabelecem uma inter-relac ßão entre escola e cultura na perspectiva das ciências sociais. IntroductionPercebe-se que ao longo do tempo as concepc ßões expressas nas ac ßões tomadas envolvendo as pessoas com deficiência sofrem alterac ßões significativas, demonstrando que estas se modificam em determinados contextos e momentos da hist oria. Não de forma linear como parece se expressar, mas atrav es de lutas e conflitos. E portanto, esta mudanc ßa conceitual que o presente trabalho pretende demonstrar, mesmo que de forma sint etica.
O presente artigo é dedicado à análise acerca da utilização dos conceitos de integração e inclusão eleitos como constitutivos do campo da Educação Especial que compõem as políticas voltadas para os chamados sujeitos com necessidades educativas especiais e a disseminação da alteração de paradigma educacional. Têm como referencial teórico as contribuições da teoria crítica, mais especificamente as noções de conceito transitivo e conceito operacional elaboradas por Herbert Marcuse (1973), bem como contribuições de autores de referência neste campo de estudos, como Bueno e Caiado. A metodologia se refere à análise de produções por meio de uma busca realizada via on-line em periódicos do portal CAPES e em seu banco de teses e dissertações com o objetivo de verificar o uso que atualmente se faz desses conceitos. O estudo concluiu que, apesar das alterações nas terminologias e em algumas ações, estas não corroboram modificação da visão de sujeito público alvo da Educação Especial e que tampouco inaugura um novo paradigma na educação, entendida como educação inclusiva.
O presente artigo tem como objetivo analisar, por meio de artigos publicados no periódico Revista Brasileira de Educação Especial, no período compreendido entre os anos de 1992 e 2015, as concepções subjacentes ao conceito de deficiência, empregadas pelos pesquisadores do campo, por meio da caraterização do alunado que o compõe, marcadas por determinados espaços e tempos históricos. Os textos foram selecionados a partir de critérios definidos a priori e analisados tendo por base o referencial teórico bourdieusiano. Como resultados, pode-se averiguar diferentes concepções subjacentes ao conceito de deficiência compondo o campo da educação especial, conformando permanências e rupturas em sua identidade, demonstrando que, nem sua constituição, nem a constituição do saber que aí se produz e que institui a identidade de seu público são estáveis e inflexíveis, mas decorrem de movimentos distintos enredados pelos movimentos dos outros campos, especialmente o campo político, na medida em que este é o espaço em que as práticas educacionais se concretizam.
Palavras-chave: Formac ßão docente, Profissionalizac ßão, Curr ıculo, Inclusão.O objetivo deste artigo e apresentar uma discussão que contribua com a interlocuc ßão entre a formac ßão docente e o desenvolvimento profissional, pautada pelas pol ıticas educacionais voltadas a educac ßão inclusiva. Utilizou-se como fontes de dados os planos de disciplinas que incorporam temas sobre a escolarizac ßão de alunos com deficiência nos sistemas regulares de ensino de quatro universidades do Estado de São Paulo. A an alise foi feita a partir da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educac ßão Nacional; das Diretrizes que orientam a formac ßão docente e trabalhos que abordam os conceitos de profissionalizac ßão e proletarizac ßão. Utilizou-se como m etodo a abordagem quantitativo-qualitativa com t ecnica de an alise de conte udo segundo Bardin (1977). Os resultados demonstram, por um lado, a diversidade da tem atica nesse campo de conhecimento, e por outro, a repercussão que essa diversidade pode propiciar no desenvolvimento profissional docente e na sua profissionalizac ßão.No Brasil, historicamente o atendimento as pessoas com Necessidades Educacionais Especiais e mais precisamente algum tipo de deficiência era feito por professores que tinham habilitac ßão de n ıvel m edio, ou seja, no magist erio. Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educac ßão Nacional de 1971 a habilitac ßão das diferentes areas da educac ßão especial passou a ser dada em n ıvel superior. Com a expansão do ensino a partir da d ecada de 1980, a formac ßão em servic ßo passou a ser privilegiada em detrimento da formac ßão inicial, que passou a ser desvalorizada. Nesse contexto de ampliac ßão do atendimento a uma parcela da populac ßão que antes não tinha acesso a escola, houve tamb em ampliac ßão da rede paralela de atendimento da educac ßão especial, esta rede faziase presente de forma assistencialista ou particular para aqueles que tinham como pagar por uma escola especial.O contexto era frut ıfero para discussões que se pautavam por Declarac ßões internacionais (Jomtien -1990 e Salamanca -1994).Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educac ßão Nacional (9394/96) surgem dois tipos de profissionais para o atendimento dos alunos com necessidades educacionais especiais, mais precisamente algum tipo de deficiência. São eles: professores especializados e professores capacitados 1 . H a alguns pontos importantes de an alise quanto a essa formac ßão no que se refere ao l ocus e ao foco de formac ßão, que foram amplamente discutidos por autores como Bueno. 2Para sistematizac ßão do trabalho proposto, a discussão incidir a sobre as questões da formac ßão do professor tendo por foco a an alise da proposic ßão que se refere a flexibilidade do ensino por meio dos conte udos propostos atrav es dos curr ıculos, expressos pela LDBEN 9394/96, que estabelece, em seu artigo 53, inciso II, que as universidades têm autonomia para "fixar os curr ıculos dos seus cursos e programas, observadas as diretrizes gerais pertinentes", entrelac ßando esta discussão ao conceito de profission...
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