O presente artigo objetiva descrever e analisar aspectos morfossintáticos e semânticos relacionados ao fenômeno de causativização em Parkatêjê (língua indígena da família Jê, tronco Macro-Jê, filiada ao complexo dialetal Timbira). Esta pesquisa tem como base a teoria funcionalista e desenvolveu-se de acordo com as seguintes etapas: i) levantamento, leitura e análise crítica dos materiais bibliográficos; ii) trabalho de campo para coleta de dados realizada na Comunidade Indígena Parkatêjê; iii) transcrição, organização e análise dos dados. Da perspectiva morfossintática, a causativização é um processo relacionado ao aumento de valência verbal, isto é, à mudança das funções e relações gramaticais dos argumentos de um verbo. Da perspectiva semântica, consiste em um fenômeno associado à relação de causa e efeito, em que um verbo causativo permite que o sujeito de uma oração aja sobre outro argumento. Na língua Parkatêjê, a causativização se manifesta por meio do verbo to, cujo significado primeiro é ‘fazer’ e que causativiza verbos intransitivos ativos e estativos. O trabalho fundamenta-se nos postulados teóricos de Givón (1975), Shibatani (1976, 2002), Comrie (1989), Shibatani e Pardeshi (2002), Dixon (1994), entre outros, e apresenta uma contribuição inédita aos estudos dessa língua indígena brasileira.
O complexo dialetal Timbira (família Jê, tronco linguístico Macro-Jê) é composto por sete línguas que apresentam inúmeros aspectos semelhantes entre si. São elas: Parkatêjê, Krinkati, Ramkokamekrá, Krahô, Apãniekrá, Pykobjêe Krenjê. O presente artigo reúne dados sobre a ocorrência da causatividade em línguas Timbira: Krahô, Apãniekrá, Pykobjê e Parkatêjê; e realiza uma comparação entre as ocorrências desse fenômeno nessas línguas, a fim de mostrar que, além dos traços semelhantes, elas também apresentam traços diferentes. Nessas línguas, a causativização ocorre por meio do verbo causativo to. O artigo também mostra outras funções exercidas por tonas línguas Pykobjê e Parkatêjê. Os dados apresentados provêm das seguintes fontes: Popjes & Popjes (1986), Ferreira (2003), Castro-Alves (2004), Amado (2004) e Ferreira & Ferreira (2018).
Este trabalho discute questões da Morfologia de Libras, a qual estuda a estrutura interna dos sinais e as regras que determinam a formação desses sinais. Alguns estudos sobre a estrutura morfológica e lexical das línguas de sinais constataram que a Libras apresenta um considerável número de processos que formam sinais, dentre as quais estão a derivação, a composição, a incorporação de numeral e a incorporação da negação. A partir do tratamento dado por Ferreira-Brito (1995), Quadros e Karnopp (2004) e Felipe (2006) aos processos formadores de sinais em Libras, o presente trabalho descreve a ocorrência de tais processos em sinais da variedade de Libras de Belém do Pará.
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