Este texto é fruto de uma pesquisa interinstitucional que procurou identificar e compreender as marcas de cuidar e ser cuidado nas narrativas de crianças, seus professores e suas famílias, em creches, pré-escolas e escolas. Tem como objetivo apresentar entrevistas realizadas com famílias, discutindo suas compreensões sobre cuidado. Como metodologia, apresenta entrevistas individuais e coletivas realizadas com as famílias, tendo Martin Buber como principal interlocutor teórico. Nas análises, emerge o cuidado como proteção e vigilância, tempo de estar junto, presença, como algo que precisa ser compartilhado. Em tempos áridos e difíceis, pensar sobre cuidar e ser cuidado contribui para o reconhecimento da humanidade do outro como caminho possível para ir na contramão da barbárie.
<p>Tendo em perspectiva que o pesquisador que pretende investigar as crianças como sujeitos deve levar em conta quem são as crianças, como participam do processo de produção dos conhecimentos, que significados produzem sobre a realidade que as cerca, este artigo faz o levantamento da presença de Vigotski na produção acadêmica do grupo INFOC – Infância Formação e cultura, envolvendo pesquisas no período de 2003 a 2013. De 30 pesquisas, oito trazem Vigotski como referência para analisar interações e práticas entre crianças e destas com os adultos em creches, pré-escolas. Um estudo se realiza em um museu e dois abordam políticas de educação infantil e formação de profissionais. Este artigo faz também o levantamento dos livros utilizados como fonte de pesquisa, bem como que conceitos estão presentes. Com este levantamento, pretendeu-se verificar como o enraizamento das ideias de Vigotski, enquanto um dos autores de referência desse grupo, se ramifica nas pesquisas individuais.</p>
Neste artigo apresentamos a experiência de formação de professores no curso de pedagogia de uma Universidade Federal, com o foco na especificidade da docência na Educação Infantil. Em busca de procedimentos que tornem a formação um espaço que se constituía como experiência através do resgate da memória dos estudantes, utilizamos como estratégia metodológica a elaboração de portfólios, por acreditar que esse é um instrumento de avaliação que traz o sujeito para o centro do processo de aprendizagem. Os dados apresentados foram produzidos por vinte e cinco estudantes. Como resultado destaca-se que o uso do portfólio abre perspectivas para a construção de novos conhecimentos ao cruzar: história pessoal, pesquisa acadêmica, conhecimento das políticas públicas e investigação de práticas pedagógicas.
Esta entrevista, realizada com a professora Sonia Kramer, discute o panorama da Educação Infantil no que diz respeito à sua história, políticas, pesquisas com crianças e desafios para os dias de hoje. A relação entre adultos e crianças é questionada diante da situação de pandemia que vivemos hoje no mundo e no Brasil e o desafio que se coloca diante da sociedade, de reconhecer a criança como pessoa que produz cultura, que brinca e que exige uma escuta aos seus modos de ser e estar no mundo, neste contexto e no pós pandemia.
A proposta de construção do Dossiê Bebês e Crianças: linguagem, cultura e política emerge dos encontros, percursos, diálogos, inquietações, sonhos, de três mulheres, professoras que atuam no campo da formação de professores da Educação Infantil.Passamos boa parte dos últimos vinte anos juntas e, no desdobrar de nossa própria formação, acompanhamos o fortalecimento e a construção da visibilidade da criança como sujeito de cultura, seja no plano político-legal, na ampliação da obrigatoriedade escolar a partir dos quatro anos de idade, seja no plano científico-acadêmico que impacta na produção de pesquisas e conhecimentos interdisciplinares.
Publicada originalmente em 2008 pela Associação de Mestres Rosa Sensat de Barcelona, o objetivo do livro é contribuir para os interessados pelos estudos sobre os bebês e a educação de zero a três anos. Se justifica pelo reconhecimento de que os primeiros anos de vida são estruturais para o desenvolvimento do ser humano e que existe uma lacuna no campo da pedagogia para essa faixa-etária. A escolarização precoce, estampada na necessidade de um currículo que define aprendizagens específicas, nega o direito a uma relação cotidiana na qual os adultos se concentrem nas crianças e não em atividades. O que nós temos de demasiado humano é a atenção recíproca e amorosa, o que traz para a abordagem Pikler um lugar único nas propostas de educação para as crianças bem pequenas. O livro está dividido em seis capítulos.
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