OBJETIVO: Analisar as causas referidas na etiologia das úlceras em pés de pessoas com Diabetes mellitus (DM). MÉTODOS: Estudo seccional, quantitativo, realizado no Ambulatório de Diabetes de um Hospital Universitário em Ribeirão Preto - SP. Os dados foram coletados com instrumento estruturado e exame físico dos pés de amostra de 30 pacientes diabéticos. RESULTADOS: Amostra com idade média de 57,5 anos, predominância do sexo masculino e baixa escolaridade; 90% possuíam DM tipo 2, de longa duração e mal controlado; obesidade/sobrepeso em 77% e insensibilidade plantar em 93,3%. A região metatarsiana foi o local de úlcera referido com maior frequência, e a causa foi a calosidade. CONCLUSÃO: as causas referidas envolvidas na etiologia das úlceras correspondem, de forma direta ou indireta, a fatores extrínsecos que podem ser prevenidos com cuidados básicos e de baixo custo. A insensibilidade plantar, fator fundamental desencadeador das úlceras, no entanto não foi reconhecida pelas pessoas.
RESUMO A adoção de políticas públicas de inclusão pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desde o processo seletivo de 2005, atrelada às modificações nos vestibulares de 2014 e, mais recentemente, no de 2016, possivelmente trouxe grandes mudanças no perfil do estudante de Medicina dessa universidade. Desse modo, o objetivo do presente estudo é avaliar o perfil sociodemográfico desses acadêmicos, bem como suas pretensões na escolha da carreira médica e da futura especialidade. O estudo de corte transversal foi realizado com 290 acadêmicos do primeiro, terceiro e sexto ano da graduação médica da Unicamp por meio de um questionário anônimo aplicado após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Houve coleta de dados sociodemográficos, além dos fatores de influência para a escolha da profissão e da especialidade médica. A análise dos dados revelou uma amostra com idade média de 20-24 anos, predominantemente composta por mulheres (63,2%), da etnia branca (77,5%), procedentes do Estado de São Paulo (84,8%) e de regiões interioranas (62,3%). Para o primeiro ano, houve presença de negros (6,6%) e diferença estatística para pardos (22,6%), comparativa com o terceiro e sexto ano, egressos de ensino fundamental (42,5%) e médio (73,6%) públicos, com menor escolaridade materna (ensino médio) e renda familiar inferior (p < 0,001). Por sua vez, o terceiro e sexto ano eram compostos majoritariamente por alunos brancos (76,7% e 90,3%, respectivamente), oriundos de escola privada no ensino fundamental e médio, com maior escolaridade materna (ensino superior ou pós-graduação) e renda familiar mais elevada. Ainda, verificou-se variação das opções de especialidade ao longo do curso (p < 0,001). No primeiro ano, as especialidades mais pretendidas foram Cirurgia/Ortopedia (37,7%), Clínica Médica/Neurologia (23,6%) e Psiquiatria (11,3%). Para o terceiro ano, as especialidades mais desejadas foram Clínica Médica/Neurologia (40%), Cirurgia/Ortopedia (13,4%) e Ginecologia/Obstetrícia (13,3%). Entre os alunos do sexto ano, as especialidades mais escolhidas foram Clínica Médica/Neurologia (24,5%), Ginecologia/Obstetrícia (20,2%) e Cirurgia/Ortopedia (17%). Acadêmicos do primeiro ano também apresentaram diferentes aspirações abrangendo o local de trabalho futuro, com mais desejo de atuar somente no SUS ou em programas internacionais. Nesse contexto, os resultados apontam que a política de bonificação da Unicamp e suas alterações ao longo do tempo, em especial no vestibular de 2016, mostraram-se efetivas em democratizar o acesso à graduação médica, com maior pluralidade demográfica, social, econômica e étnica atreladas a variações na escolha da carreira e da especialidade médica ao longo das turmas analisadas.
The inclusion, adherence and success of low-income undergraduates are important goals in Brazilian higher education, as well as in other parts of the world, especially in busy and full-time courses such as medicine. This paper analyzes the performance of undergraduate medical students by comparing two groups: those who applied for and received a scholarship during the academic years (scholarship holders) and the others (without scholarship). We analyzed data from 417 medical students who graduated between 2010 and 2013, corresponding to four years of a retrospective cohort at a free public university in Brazil. Statistical analysis was performed using Fisher’s exact test, Student’s t test, Mann-Whitney test, and linear regression to compare the scores of these groups in the sixth and twelfth semesters (middle and final semesters) and in the admission exam for medical residency programs, consisting of: total score, multiple choice test for knowledge assessment, simulated structured clinical assessment, interview and written questions. The independent variable was to receive a scholarship, while the control variables were age, socioeconomic strata, extra gratuities for high school in public institution and self-declaration of race, score in the vestibular entry exam (general and in each area assessed) and parents’ level of education. A total of 243 students (58.2%) received a scholarship, most of them as a scientific initiation grant (217 or 89.3%), while 10.7% received social assistance, the average income per capita was about 16% lower among students who received a scholarship (p = 0.01) compared to those who did not. Scholarship recipients achieved better academic performance in the sixth (p<0.01) and in the twelfth (p<0.01) semester, but not in admission to medical residency programs. Good performance was independent of age, race, receipt of bonuses for admission to medical school, and educational background of their parents. Therefore, we conclude that receiving a scholarship at the undergraduate level was associated tobetter student performance during the undergraduate medical course. It is important to emphasize the importance of reinforcing similar programs, especially to help support students who are most vulnerable socioeconomically.
Peer Instruction (PI) is an interactive teaching-learning process between colleagues and has been applied in various universities throughout the world. This active teaching methodology improves students’ performance and their capacity to resolve problems when they perform activities with their study colleagues. There are no systematic studies about the use of PI in assessment feedback. The aim of our study is to identify whether the use of PI on assessment feedback improves the retention of basic concepts in medical programs. For this study 226 undergraduate students (Y2 = 115, Y3 = 111) enrolled in a Brazilian medical school were invited to participate. After taking the regular exam (RE), the students of the control group (125) could individually receive feedback (review of the exam) from the professor according to the course routine, and the students in the study group (101) were invited to participate in an immediate intervention after the RE with a feedback developed session using the peer instruction teaching method. At the conclusion of the feedback session, the students again answered the post-feedback exam (PFE) so that we could identify any changes in the answers compared with the regular exam taken before feedback and 6 months later, we applied a diagnostic exam (DE) of identify whether the students retained the concepts covered in the previous exams. The control and study groups are statistically significantly different in the RE (p = 0.0014) and DE (p < 0.000). The study group demonstrated better performance in both exams than the control group. When we gave feedback, using PI immediately after the exam, retention of basic science knowledge jumped to 39%, increasing by 15%. The students that had assessment feedback had the opportunity to discuss their misconceptions. These students had the highest number of correct answers with assimilate knowledge and fewer assimilation of wrong answers, therefore, students who received immediate feedback had less tendency to make the same conceptual errors. PI in the feedback was effective in improving retention of basic science knowledge.
A Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp implantou uma ampla reforma curricular, que antecedeu as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) de 2001. Analisou-se a trajetória profissional e o impacto da reforma curricular na formação pela percepção dos egressos. Alunos concluintes de 1991-2005 compuseram o grupo pré-reforma e os de 2006-2012, o grupo pós-reforma, que receberam um questionário semiestruturado on-line por e-mail e redes sociais. Obtiveram-se 213 (15,8%) respostas do grupo pré e 126 (16,1%) do pós-reforma. Os dados apontaram pouca dispersão geográfica dos ex-alunos, ocupação de 2,4 postos de trabalho por médico, entendimento da residência como necessária, maior frequência a cursinhos preparatórios no grupo pós-reforma e sugestão de inclusão de administração/gestão em saúde no currículo. A integração entre áreas básicas/clínicas apresentou significante melhora pós-reforma. A percepção sobre a graduação foi altamente positiva. O estudo contribuiu para implantar o acompanhamento sistemático de egressos no curso de Medicina.
A educação é apresentada como uma estratégia para favorecer a aquisição de conhecimentos e fortalecer a autoconfiança, na promoção da adesão ao tratamento e de habilidades para o autocuidado. A partir dessas premissas, são desenvolvidas atividades educativas junto às pessoas com diabetes mellitus, em uma unidade de saúde de atenção terciária, com intenção de integrar atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária. Durante o ano de 2008, foram atendidas 166 pessoas em seguimento ambulatorial, perfazendo um total de 462 atendimentos e 77 faltas. Na unidade de internação hospitalar, foram desenvolvidas atividades educativas individuais para 81 pessoas. As principais razões pela procura do atendimento são: diabetes mellitus mal controlado; início ou dificuldade para aplicar insulina; início do monitoramento da glicemia capilar; dúvidas sobre a doença, tratamento, preparo para a coleta dos exames e cuidados com o corpo; alterações ou lesões em pés e agravamento no estado de saúde. Reconhece-se a importância do trabalho integrado com a equipe multidisciplinar e da família no apoio ao autocuidado da pessoa com diabetes mellitus, bem como a influência dos fatores emocionais, sociais e culturais, entre outros, nesse processo. Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Educação de pacientes. Enfermagem.
Resumo Este estudo relata a estratégia para aprimorar o portfólio como instrumento de avaliação da aprendizagem em uma disciplina oferecida aos estudantes do quarto ano de graduação em Medicina, por meio do portfólio on-line. A disciplina é constituída de atividades práticas de atendimento integral à saúde da criança, do adolescente, do adulto e da mulher na atenção primária do município de Campinas. A utilização do portfólio permite que os estudantes reflitam sobre os atendimentos realizados em relação ao conhecimento, à habilidade clínica e ao vínculo médico-paciente na consulta. O portfólio on-line possibilitou rever os critérios de avaliação, agilizar e facilitar a gestão da correção, realizada por oitenta avaliadores de três especialidades médicas. O acesso às informações do portfólio na plataforma moodle permitiu a rápida tomada de decisão em aspectos que precisam ser adequados para a melhoria do processo ensino-aprendizagem.
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