O presente artigo visa discutir de forma articulada questões relacionadas ao tráfico atlântico, à religiosidade e à constituição de identidades étnicas na sociedade escravista brasileira, na virada do século XVIII para o XIX. Para tanto, centrando nossa abordagem na região de São João del Rei, inicialmente apresentamos uma visão geral dos diversos grupos étnicos ali presentes e, posteriormente, focamos a análise nos benguelas. Estudando as estratégias de formação de identidades coletivas do grupo em questão, procuramos avançar na compreensão do tráfico atlântico como um elemento decisivo na formação sociocultural da América Portuguesa. Tomamos como fontes principais os registros paroquiais de óbito e a documentação da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de São João del Rei.
Neste artigo, analiso a exposição de crianças em São João del Rei, no século XVIII e na primeira metade do XIX, tanto em termos das variações nos índices desta prática, quanto das motivações que a estimulavam e das relações que envolviam crianças, pais biológicos e os que recebiam os enjeitados em suas casas. Procuro analisar ainda alguns indícios sobre a inserção social dos expostos, ao longo de suas vidas. As principais fontes utilizadas são os registros paroquiais de batismo e casamento da Matriz de Nossa Senhora do Pilar de São João del Rei, inventários post-mortem, testamentos e listas nominativas.
Este artigo aborda a importância da religião na vida e na obra da cantora Clara Nunes (1943 -1982), mostrando o sentido que ela atribuía a seu ofício. Entendiase como uma missionária que, com seu canto, pretendia aliviar o sofrimento do povo, com o qual se identificava. Sua obra é analisada, a partir de algumas músicas por ela gravadas, e ganha sentido quando articulada com as experiências religiosas da intérprete, marcada pelos trânsitos religiosos, sobretudo, entre o catolicismo, a umbanda, o kardecismo e o candomblé. Artigos originaisEste artigo é resultado do projeto "O Canto do Brasil Mestiço: Clara Nunes e o popular na cultura brasileira", financiado pela Fapemig, entre 2005 e 2007, contando para seu desenvolvimento com bolsa de pós-doutorado do CNPq, em 2007 e 2008. Aqui, analiso a importância da religião na vida e na obra da cantora Clara Nunes (1943 -1982), mostrando o sentido que ela atribuía a seu ofício. Entendia-se como uma missionária que, com seu canto, pretendia aliviar o sofrimento do povo, com o qual se identificava. Assim sendo, pode-se perceber seu ofício como uma contribuição para a saúde da população, pelo menos, dos que, de algum modo, eram tocados por sua música. Entendo por saúde um estado de bem-estar físico, mental e social que, se nunca é completo -tal como aparece na definição da Organização Mundial da Saúde, de 1946 -pode ser almejado e relaciona-se à percepção dos próprios sujeitos sobre sua condição (RIOS, 1987). Dessa forma, saúde não é compreendida, aqui, como uma oposição à enfermidade. Também não é pensada como um estado meramente individual, mas de forma ampla, como uma questão social. Para o desenvolvimento do artigo, analiso a obra da cantora, a partir de algumas músicas por ela gravadas, mostrando como seu fazer artístico encontrava-se vinculado a suas experiências religiosas, marcadas por trânsitos, sobretudo, entre o catolicismo, a umbanda, o kardecismo e o candomblé.
Este artigo aborda a importância da religião na vida e na obra da cantora Clara Nunes (1943 -1982), mostrando o sentido que ela atribuía a seu ofício. Entendiase como uma missionária que, com seu canto, pretendia aliviar o sofrimento do povo, com o qual se identificava. Sua obra é analisada, a partir de algumas músicas por ela gravadas, e ganha sentido quando articulada com as experiências religiosas da intérprete, marcada pelos trânsitos religiosos, sobretudo, entre o catolicismo, a umbanda, o kardecismo e o candomblé. Artigos originaisEste artigo é resultado do projeto "O Canto do Brasil Mestiço: Clara Nunes e o popular na cultura brasileira", financiado pela Fapemig, entre 2005 e 2007, contando para seu desenvolvimento com bolsa de pós-doutorado do CNPq, em 2007 e 2008.Aqui, analiso a importância da religião na vida e na obra da cantora Clara Nunes (1943 -1982), mostrando o sentido que ela atribuía a seu ofício. Entendia-se como uma missionária que, com seu canto, pretendia aliviar o sofrimento do povo, com o qual se identificava. Assim sendo, pode-se perceber seu ofício como uma contribuição para a saúde da população, pelo menos, dos que, de algum modo, eram tocados por sua música. Entendo por saúde um estado de bem-estar físico, mental e social que, se nunca é completo -tal como aparece na definição da Organização Mundial da Saúde, de 1946 -pode ser almejado e relaciona-se à percepção dos próprios sujeitos sobre sua condição (RIOS, 1987). Dessa forma, saúde não é compreendida, aqui, como uma oposição à enfermidade. Também não é pensada como um estado meramente individual, mas de forma ampla, como uma questão social. Para o desenvolvimento do artigo, analiso a obra da cantora, a partir de algumas músicas por ela gravadas, mostrando como seu fazer artístico encontrava-se vinculado a suas experiências religiosas, marcadas por trânsitos, sobretudo, entre o catolicismo, a umbanda, o kardecismo e o candomblé. O Canto como Missão Quando eu canto É para aliviar meu pranto E o pranto de quem já tanto sofreu Quando eu canto Estou sentindo a luz de um santo Estou ajoelhando aos pés de Deus Canto para anunciar o dia Canto para amenizar a noite Canto pra denunciar o açoite Canto também contra a tirania Canto porque numa melodia Acendo no coração do povo A esperança de um mundo novo E a luta para se viver em paz Do poder da criação Sou continuação E quero agradecer Palavras-chave missão; trânsitos religiosos; Clara Nunes; Música Popular Brasileira
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