ResumoO objetivo deste texto é contribuir, com base em dados de pesquisa qualitativa, para o entendimento da materialização, no âmbito escolar, do currículo integrado presente no Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos-PROEJA. Analisam-se as concepções de currículo integrado por parte de dirigentes e professores e como ocorre a integração do ensino médio com o técnico nos cursos do PROEJA. A discussão é feita tendo como eixo norteador o conceito de currículo integrado em documentos oficiais e em estudos nas áreas de Trabalho e Educação e de Currículo. Evidencia-se que para a efetiva implantação do PROEJA alguns desafios devem ser superados. Estes desafios envolvem o estabelecimento de metas específicas para que o PROEJA se torne uma política de Estado que ocorra, de fato, nas escolas, como uma modalidade inclusiva, fundamentada no campo do direito coletivo à educação.Palavras-chave: Currículo Integrado; Educação de Jovens e Adultos-EJA; PROEJA; Formação Profissional. AbstractThe goal of this text is to contribute, based on qualitative research findings, to the understanding of the materialization, in school settings, of the integrated curriculum proposal that is presented in the National Program for the Integration of Technical Education with Basic Education in the Modality of Youth and Adult Education -PROEJA. Conceptions of integrated curriculum in the voices of principals and teachers are analyzed as well as the ways by which secondary education and technical education content knowledge can be integrated. The discussion is guided by the conception of integrated curriculum in official documents and studies in the area of Work and Education and Curriculum. It becomes evident that to make the implementation of PROEJA effective some challenges need to be addressed. These challenges include the establishment of specific goals aimed at transforming PROEJA in State policy and an inclusive modality, rooted both in school settings and in the field of collective educational rights.A proposta do PROEJA abrange oferta de cursos, mas também de programas de Educação Profissional articulados ao ensino médio, a partir de um único projeto pedagógico integrado. Segundo o Documento Base PROEJA, essa integração é caracterizada como a seguir.
Este artigo teve como objetivo analisar a presença de professoras negras nos programas de pós-graduação stricto sensu da UFMG, tendo em vista a necessidade de estudos que mapeiem a presença de mulheres negras em espaços institucionalizados de produção de conhecimento e a atualização do debate acerca da falta de diversidade étnico-racial nas universidades brasileiras. Para alcançar o objetivo proposto, realizou-se um mapeamento do corpo docente nos sítios eletrônicos dos programas e, posteriormente, a identificação do pertencimento racial das professoras, segundo a autodeclaração informada no Currículo Lattes. Os dados obtidos evidenciam exclusão e segregação de mulheres negras no âmbito da pós-graduação stricto sensu. Analisados à luz da interseccionalidade, verifica-se uma complexa dinâmica que estrutura e opera as relações sociais neste contexto de atuação profissional.
O convite feito às pesquisadoras e pesquisadores para submeterem trabalhos para compor este CADERNO TEMÁTICO: Políticas de Ação Afirmativa: análises e proposiçõesintegrante da edição v.13 n. Ed. Especial | Abril 2021, da Revista da ABPN, resultou nas contribuições que ora apresentamos. Como regularmente ocorre nestas ocasiões, a exiguidade de tempo e espaço nos priva de partilhar outros achados e pesquisas tão referenciais como as aqui apresentadas. Diante de uma abrangente gama de possibilidades analíticas pudemos fazer a seleção e conseguimos cobrir diferentes regiões
Resumo: Objetiva-se discutir o ensino de Ciências da Natureza e políticas de ação afirmativa a partir das "controvérsias" que este tema suscita. Analisa-se uma 1 Graduada em Ciências Biológicas (UEMG), Mestranda em Educação Tecnológica (CEFET-MG), Doutoranda em Educação e Ciências (UFMG). Coordenadora Executiva do Projeto Afrociências (CNPq-Programa Ciências na Escola), integrante da Coordenadoria de Gênero, Raça, Ações Afirmativas e Identidades (CGRAI/CEFET-MG), pesquisadora associada ao Núcleo de Pesquisa e Estudos Afro-Brasileiro (NEAB/CEFET-MG).
A presente edição da Revista Interritórios chega a público ao final desse primeiro ano de atravessamento dos tempos pandêmicos do século XXI. A pandemia do COVID-19 no início do ano de 2020 mergulhou o mundo inteiro num labirinto de incertezas. A doença e as desiguais formas de se proteger contra ela, ceifou a vida de milhares de pessoas, no Brasil e no mundo, expondo e agravando as desigualdades sociais, educacionais e raciais que estruturam nossas relações. A luta da população negra longo da história tem sido uma luta por sua existência: seja física ou simbólica. O enfrentamento e o combate ao racismo por parte dessa população que foi sistematicamente invisibilizada, no Brasil e em outros contextos afrodiásporicos, é um combate em legítima defesa de suas vidas, de suas existências e de suas re-existências. Assim, abordar o Pensamento Negro é refletir sobre direitos e sobre as tentativas de sua negação.
RESUMOO presente texto retoma questões relevantes sobre o pensamento negro em educação no Brasil. Por meio desta entrevista aprofundamos como 23 anos depois da publicação do livro que inaugurou os debates a esse respeito, as questões sobre o pensamento negro brasileiro coerentemente reverberam, desafiam e interpelam a Educação das Relações Étnico-Raciais no alvorecer do século XXI. Profa. Petronilha afirma que tal pensamento veio com os povos Negros africanos escravizados e que na Diáspora foram sendo recriados e refeitos, particularmente por meio das experiências dos/as professores/as negros/as, especialmente das professoras negras, durante todo o século XX. Foram destacados durante a entrevista elementos como a relevância e atualidade de uma práxis pedagógica antirracista e propostas do movimento Negro, das instituições Negras e dos projetos e pesquisas que assumem um compromisso visceral e dialógico com a história e perspectiva do povo Negro. Por meio de suas memórias familiares e escolares a entrevistada nos lembra que, por mais escolarizadas/os que sejamos, não podemos prescindir do pensamento que é construído nos núcleos familiares, nas comunidades, nos espaços religiosos de matriz africana e pelo movimento Negro. É importante ter presente que existe um pensamento Negro em educação em todas as áreas da vida. Ainda que importantes organizações do movimento Negro tenham se articulado nos anos 1970, é anterior a este período a formulação do pensamento Negro em educação. Este pensamento antecede o movimento Negro organizado como nós o conhecemos. Ele foi, de fato, iniciado pelas professoras Negras do antigo Ensino Primário, hoje Ensino Fundamental.Educação. Pensamento Negro. Professoras Negras. Movimento Negro.ABSTRACT This text takes up relevant questions about black thought in education in Brazil. Through this interview we went on to deepen how 23 years after the publication of the book that inaugurated the debates in this regard, questions about Brazilian black thought consistently reverberate, challenge and question the Education of Ethnic-Racial Relations at the dawn of the 21st century. Professor Petronilha affirms that such thought came with the enslaved African Black people and that in the Diaspora they are being recreated and remade, particularly through the experiences of Black teachers, especially Black female teachers, throughout the 20th century. Elements such as the relevance and timeliness of an anti-racist pedagogical praxis and proposals from the Black movement, Black institutions, projects and research that assume a visceral and dialogical commitment to the history and perspective of the Black people were highlighted during the interview. Through her family and school memories, the interviewee reminds us that, no matter how schooled we are, we cannot do without the thought that is built in family nuclei, in communities, in religious spaces of African base and by the Black movement. It is important to keep in mind that there is a Black thought in education in all areas of life. Although important organizations of the Black movement were articulated in the 1970s, the formulation of Black thought in education predates this period. This thought precedes the organized Black movement as we know it. It was, in fact, initiated by Black teachers from Primary School, today known as Elementary School.Education. Black Thought. Black Teachers. Black Movement.RESUMENEste texto retoma cuestiones relevantes sobre el pensamiento negro en la educación en Brasil. A través de esta entrevista pasamos a profundizar cómo 23 años después de la publicación del libro que inauguró los debates al respecto, las preguntas sobre el pensamiento negro brasileño reverberan, desafían y cuestionan consistentemente la Educación de las Relaciones Étnico-Raciales en los albores del siglo XXI. Profa. Petronilha afirma que este pensamiento llegó con los negros africanos esclavizados y que en la Diáspora fueron recreados y rehechos, particularmente a través de las experiencias de los maestros negros, especialmente los maestros negros, a lo largo del siglo XX. Durante la entrevista se destacaron elementos como la relevancia y actualidad de una praxis pedagógica antirracista y propuestas del movimiento negro, instituciones y proyectos negros e investigaciones que asumen un compromiso visceral y dialógico con la historia y perspectiva de los negros. A través de sus recuerdos familiares y escolares, la entrevistada nos recuerda que, por muy escolarizados que estemos, no podemos prescindir del pensamiento que se construye en los núcleos familiares, en las comunidades, en los espacios religiosos de origen africano y por el movimiento negro. Es importante tener en cuenta que existe un pensamiento negro en la educación en todos los ámbitos de la vida. Aunque en la década de 1970 se articularon importantes organizaciones del movimiento negro, la formulación del pensamiento negro en la educación es anterior a este período. Este pensamiento precede al movimiento negro organizado tal como lo conocemos. De hecho, fue iniciado por profesores negros de la antigua Escuela Primaria, hoy Escuela Primaria.Educación. Pensamiento negro. Maestros negros. Movimiento negro.SOMMARIOQuesto testo riprende questioni rilevanti sul pensiero nero nell'educazione in Brasile. Attraverso questa intervista siamo passati ad approfondire come 23 anni dopo la pubblicazione del libro che ha inaugurato i dibattiti a questo proposito, le domande sul pensiero nero brasiliano riverberano, sfidano e mettono in discussione costantemente l'Educazione alle Relazioni Etnico-Razziali all'alba del 21° secolo. Profa. Petronilha afferma che questo pensiero è venuto con i neri africani ridotti in schiavitù e che nella diaspora sono stati ricreati e rifatti, in particolare attraverso le esperienze di insegnanti neri, specialmente insegnanti neri, per tutto il XX secolo. Durante l'intervista, sono stati evidenziati durante l'intervista elementi come la rilevanza e la tempestività di una prassi pedagogica antirazzista e proposte dal movimento nero, istituzioni e progetti neri e ricerche che assumono un impegno viscerale e dialogico per la storia e la prospettiva del popolo nero. Attraverso i suoi ricordi familiari e scolastici, l'intervistata ci ricorda che, per quanto scolarizzati, non possiamo fare a meno del pensiero che è costruito nei nuclei familiari, nelle comunità, negli spazi religiosi di origine africana e dal movimento negro. È importante tenere presente che c'è un pensiero nero nell'educazione in tutti gli ambiti della vita. Sebbene importanti organizzazioni del movimento negro siano state articolate negli anni '70, la formulazione del pensiero negro nell'educazione è anteriore a questo periodo. Questo pensiero precede il movimento nero organizzato come lo conosciamo. Fu, infatti, iniziato da insegnanti neri della ex scuola elementare, oggi scuola elementare.Istruzione. Pensiero nero. Insegnanti neri. Movimento nero.
Objetiva-se com este artigo que as reflexões sobre a interseccionalidade de raça e gênero possam promover a articulação dessas categorias com o contexto socioeconômico e do mundo do trabalho, para elevá-las a um lugar sacramental nas discussões sobre esses marcadores. Esses marcadores são tomados, também, como categorias, por serem mais do que simplesmente ferramentas analíticas. Devem ser capazes de desvelar o racismo estrutural e institucional, para construção de um discurso que não se contente com visões parciais e dicotômicas no tratamento das diferenças. São interseccionalidades afloradas porque excitam e tensionam a realidade em que jovens negras trabalhadoras são protagonistas de suas experiências, no contexto de relações sociais que produzem subjetividades estruturadas a partir de processos renovadores de construções identitárias de raça e gênero.
This is the third book in the EPT Teaching, Research and Extension Collection. The purpose of the seminar is to dialogue with researchers in the field of EFA, enabling the exchange of interinstitutional experiences. The organization of this work consists of a transcript of the opening conference given by the respected professional education researcher, Prof. Dr. Dante Henrique Moura (IFRN), who provided master students, teachers and other participants, a class on the advances and setbacks in EPT. The exquisite debate of the researcher professor, Dr. Alexandre Ferry (Cefet-MG) was also transcribed, which in a very didactic way, provides a better understanding of the terminological inaccuracies that make up the EFA. The other texts that consolidate the collection are the results of research carried out by teachers and students, the Master in Technological Education (Cefet-MG) and the Master in Professional and Technological Education (ProfEPT) from IFMG and IF Sudeste de Minas. And, also, by professors from the Federal University of Uberlândia (UFU), from other courses at Cefet-MG, as well as from other institutions such as Faculdade Pitágoras and Puc-Minas. The themes that make up this volume are quite variable and broad, as is the field of professional and technological education. The idea of the subtitle: multidisciplinary views, translates well the meaning of the work. It is a network of knowledge that gets mixed up in a hybrid connection, showing the reader that science is not linear, nor is it watertight.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.