Agradeço especialmente e em primeiro lugar ao Professor Flávio Villaça, pela generosa orientação. Aos professores Jaime Waissman e Csaba Deák, que participaram da Banca de Qualificação, onde recebi valiosas sugestões. Aos professores das disciplinas do curso de Pós-Graduação que colaboraram para as reflexões sobre o tema, em particular a Antônio Carlos Robert de Moraes, Maria Lucia Refinetti Martins, Nabil Bonduki e Wilson Edson Jorge. Aos colegas do grupo de estudos orientado pelo Professor Flávio Villaça, com quem pude compartilhar o desafio sempre instigante da pesquisa e a reflexão sobre a cidade, quero expressar além dos agradecimentos a amizade recebida. Agradeço aos colegas e amigos com quem participei em grupos de pesquisa, aulas e projetos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie pelo apoio e companheirismo recebido, especialmente no período em que me dediquei à elaboração dessa tese. Agradecimentos especiais devem ser registrados aos professores Nádia Somekh, Candido Malta Campos e Volia Kato com quem compartilhamos os primeiros projetos de pesquisa e extensão na FAU Mackenzie, e aos professores Angélica Alvim,
O maniqueísmo do título deste artigo antecipa o interesse em aqui analisar as particularidades da polarização da zona costeira em uma escala espacial mais abrangente. Tal análise é feita sob a ótica do ordenamento territorial, da abordagem ecossistêmica e da governança ambiental, e considera os fluxos e dinâmicas incidentes sobre a zona costeira em um contexto de desenvolvimento sustentável. Por meio do estudo de caso da Macrometrópole Paulista (MMP), seu Plano de Ação 2013-2040, e as ações propostas para seu litoral, reconhece-se que, tão perto da metrópole expandida, o litoral macrometropolitano segue longe de um caminho sustentável e socialmente justo. Argumenta-se que o planejamento espacial e a governança deste território demandam uma ampla revisão dos paradigmas que amparam os instrumentos setoriais e multissetoriais de gestão. Novos paradigmas devem considerar diferentes escalas espaciais, como a zona costeira, a zona econômica exclusiva e regiões metropolitanas adjacentes. Nesse sentido, faz-se necessário que o planejamento da MMP considere novos arranjos de governança que abarquem a dinamicidade do território e suas dimensões socioambientais e ecossistêmicas. Devem, ainda, incorporar macroprocessos tanto do ponto de vista administrativo e territorial quanto do ponto de vista socioambiental, incluindo os atores apropriados a essa escala e, em especial, garantindo a participação da sociedade civil.
O objetivo deste artigo é analisar, a partir dos conceitos bourdieusianos de campo, habitus e capital, como processos de reestruturação na economia, na política e na própria sociedade geraram uma série de desafios e oportunidades para a formação e atuação no planejamento do espaço e dos territórios no Brasil. Argumenta-se que as transformações no período pós-1970 produziram novas competências e habilidades para o planejamento que transbordaram a formação tradicional. Ao mesmo tempo, observase que o complexo brasileiro de instituições responsáveis pela formação e atuação profissional ainda está desarticulado e com alcance limitado para absorver as novas demandas que cercam o planejamento do país. É apresentada, sinteticamente, uma experiência em andamento na Universidade Federal do ABC (UFABC): um bacharelado interdisciplinar em planejamento territorial a partir da implantação da pósgraduação em planejamento e gestão dos territórios. Conclui-se com uma reflexão sobre a necessidade de uma agenda nacional pautada nesse tema.
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