Este artigo discute, a partir da perspectiva da Análise do Discurso, propriedades gerais da antologia, enquanto gênero paradigmático da escrita compilada. Distinções (como coletânea/antologia) e características gerais atribuídas ao gênero (por exemplo, a descontextualização de textos) são problematizadas, discutindo-se, também, efeitos discursivos da representação geopolítico-cultural em antologias de múltiplos autores e didáticas. A tese principal é que conceber as antologias como discurso permite avançar na compreensão da materialidade e do funcionamento do gênero. As ilustrações decorrem, principalmente, do âmbito dos Estudos Hispânicos, mas faz-se referência, também, a outros contextos. Propõe-se a análise discursiva comparativa como via para aprofundar a compreensão do funcionamento da antologia enquanto lugar de memória, veículo de crítica e capital simbólico. Apresentam-se resultados de um estudo de caso sobre antologias bilíngües de poesia argentina, no qual se examinam ressonâncias discursivas de fontes secundárias - prólogos, posfácios, etc. Nas conclusões, é salientada a relevância das antologias bilíngües em relação à noção de trans-nacionalidade cultural.
Nesta tese é articuledo o tratamento de dois temas principais.Um deles, de natureza teórica, consiste no r e e ã m e , à luz dos desenvolvimentos recentes d.?. Análise do Discur-so, da CAPITULO !.
Para prestar nossa homenagem ao colega John Schmitz, recentemente aposentado, nós, seus colegas de Departamento, escolhemos tratar das suas múltiplas entradas nos espaços da Lingüística Aplicada, tal qual ele as deixou registradas no seu Memorial, elaborado por ocasião de seu concurso para professor titular na Unicamp, realizado nos dias 18 e 19 de maio de 1998. Nascido em Nova York, "local onde várias culturas co-existem", cedo em sua vida acadêmica, já manifestou preferência pela diversidade e abertura a múltiplas perspectivas e interesses. Sua primeira escolha acadêmica, o estudo de espanhol, é por ele considerada, segundo relata no memorial, "como uma abertura para o mundo externo que realmente possibilitou confrontos e comparações" que atendiam a uma vontade própria de lidar com a diversidade: "Em nosso caso, essa mudança na leitura de mundos diferentes e a aceitação de outras "ideologias" ocorreram espontaneamente e plenamente de acordo com a nossa vontade".A atuação profissional de John Schmitz na área de línguas estrangeiras teve suas origens na sua aprendizagem de uma outra língua, nos seus questionamentos sobre o papel da linguagem na formação identitária. Como ele diz em seu Memorial 1 : O estudo de espanhol em nível de graduação nos marcou profundamente. Na realidade trocamos, no nível intelectual, Dickens por Galdós e Shakespeare por Calderón e num nível popular, Elvis Presley e os Beatles por pasodobles e boleros. Na verdade o estudo sério de uma língua estrangeira, 1 Todas as citações sem indicação de autor foram retiradas do Memorial.
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