Doenças transmitidas por alimentos (DTA) são aquelas causadas pela ingestão de alimentos e/ou água contaminados. Existem mais de 250 tipos de DTA no mundo, sendo que a maioria delas são infecções causadas por bactérias e suas toxinas, vírus e outros parasitas. DTA corresponde a síndrome que geralmente é constituída de anorexia, náuseas, vômitos e/ou diarreia, acompanhada ou não de febre. É considerado surto de DTA quando duas ou mais pessoas apresentam doença ou sintomas semelhantes após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem, normalmente em um mesmo local. Com base na análise exposta, o presente trabalho teve por escopo apresentar o perfil epidemiológico de surtos de doenças transmitidas por alimentos no Brasil no período de 2008 a 2018. Entre janeiro de 2008 a dezembro de 2018 o Brasil registrou 7.543 ocorrências de surtos, onde 696.148 pessoas foram expostas, dessas expostas, 130.923 ficaram doentes e 17.801 precisaram ser hospitalizadas, com 125 pessoas vindo a óbito por DTA e o quesito letalidade se fez em 0,09%. O mapeamento das DTA fornece subsídios para o desenvolvimento de medidas políticas, educativas, legislativas, priorização de áreas de pesquisa e avaliação de programas de controle de surtos de origem alimentar. São desafios das equipes de vigilância de DTA criar medidas que padronizem os relatos em todas as regiões brasileiras, reduzir as diferenças entre os sistemas de vigilância entre diferentes países e minimizar o tempo entre a comunicação do surto e o início das investigações.
Há um amplo consenso de que proteger a eficácia dos medicamentos antimaláricos é uma prioridade de saúde global. O trabalho foi desenvolvido por meio do levantamento de um total de 925 estudos de eficácia terapêutica conduzidos e documentados pela OMS acerca da eficácia de antimaláricos aplicados às espécies de plasmódio supracitados entre o período de 2010 a 2018. O número de estudos sobre a eficácia terapêutica para antimaláricos aplicados para P. falciparum resultam em artemeter-lumefantrina que inclui 317 estudos realizados em 50 países. Artesunato-amodiaquina incluiu 122 estudos em 26 países. Artesunato-mefloquina incluiu 53 estudos em oito países. Artesunato-pironaridina incluiu 23 estudos realizados em sete países. Diidroartemisinina/piperaquina incluiu 148 estudos conduzidos em 25 países. Os resultados da eficácia terapêutica para antimaláricos aplicados para P. vivax resultam em análise que incluiu 103 estudos de Cloroquina (CQ) e 21 estudos de CQ + primaquina (PQ). A análise de medicamentos à base de artemisinina para P. vivax incluiu estudos de artemeter-lumefantrina (15), artesunato-amodiaquina (3), artesunato-mefloquina (5), artesunato-pironaridina (5) e diidroartemisinina/piperaquina (13). O monitoramento da eficácia dos medicamentos antimaláricos apoia a detecção precoce de mudanças no funcionamento dos tratamentos recomendados; isso permite uma ação rápida para mitigar qualquer impacto de resistência e prevenir sua propagação.
A leptospirose é uma doença ou infecção naturalmente transmissível entre os animais vertebrados e o homem. O presente estudo traça um perfil epidemiológico da leptospirose em humanos na região Sul do Brasil, no período de 2017 a 2019 evidenciando a importância que os animais têm como reservatório. Realizou-se um estudo com abordagem quantitativa, derivada de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2017 a 2019. As variáveis analisadas foram notificações por região do Brasil, taxa anual da região Sul, casos notificados dos estados que integram a região Sul, faixa etária, quantitativo por gênero, zona de residência, local de contaminação e evolução dos casos. Constatou-se que a região Sul é a quarta mais prevalente, sendo a zona urbana mais acometida. A população masculina é a mais afetada pela patologia e a faixa etária mais vulnerável foi dos 40 aos 59 anos. Diante disso ressalta-se a necessidade da importância da vigilância epidemiológica na identificação dos casos, intensificação das ações de controle e orientações adequadas do profissional de saúde quanto ao tratamento, prevenção e promoção da saúde.
As práticas e saberes populares são empregados por muitos criadores, fazendeiros ou veterinários a fim de prevenir ou tratar enfermidades em rebanhos ou em animais de estimação. O uso desses conhecimentos e crenças populares, relativas à saúde animal, é denominado etnoveterinária, que pode ser definida como uma investigação teórica sistemática e aplicação prática do conhecimento popular veterinário. O número de profissionais que vem aderindo à fitoterapia é expressivo atualmente, interesse que se reflete no consumo de medicamentos fitoterápicos no Brasil. Consequentemente, isso aumenta também o interesse de maior investimento em pesquisa e desenvolvimento nesta área. Como a utilização de fitoterápicos em humanos já é bastante difundida, neste trabalho, através de levantamentos bibliográficos aborda-se o uso de fitoterápicos de interesse em Medicina Veterinária, elucidando a possibilidade do seu uso na terapêutica clínica. Encontrou-se na literatura importantes pesquisas que indicam a possibilidade da utilização da fitoterapia na rotina clínica de animas de companhia, como por exemplo em patologias gastrointestinais, dermatopatias, entre outras. Com a necessidade de novas alternativas para tratamentos, aliado a redução da poluição ambiental, a etnoveterinária vem se destacando e trazendo soluções sustentáveis com alta eficácia, como opção para o tratamento de diversas patologias.
Introdução: A dor é frequente na cliníca de pequenos animais afetando diretamente no bem-estar dos pacientes. Diversas pesquisas acerca de novas opções para o controle da dor vêm se expandindo. Com isso, a mobilização de estudos sobre o Cannabis como opção analgésica vem ganhando destaque em virtude dos benefícios promovidos. Objetivo: O presente estudo busca analisar trabalhos acerca da utilização da Cannabis e suas aplicações para analgesia em pequenos animais. Métodos: Realizou-se estudo descritivo com análise de 16 artigos científicos na literatura obtidos através das bases de dados Google Acadêmico, Elsevier, PUBMED e SciElo. Resultados: Através da escala de dor foi perceptível diminuição da mesma em animais diagnosticados com osteoartrite, ao utilizar 2 mg/kg de um óleo canabidiol (CBD) derivado de cânhamo. Para redução da dor crônica em cães, foi utilizada uma dieta suplementada com administração de comprimidos no qual continham ingrediente naturais, onde cada tablete de 1,2g continha 10,08 mg de Cucumis melo, 35,64 mg de óleo de semente de cânhamo, 150mg Boswellia serrata e 2,4mg de Canabidiol 99,9% puro. Em outro estudo foram observadas reduções significativas na dor ao administrar 50mg/dia de CBD puro e 20 mg/dia de canabidiol lipossomal. Ainda ao utilizar este composto, de 32 cães, 10 suspenderam o uso de Gabapentina e 13 não pararam com o uso, sendo associadas as duas medicações. Conclusões: A utilização do CBD mostrou-se eficaz, tanto seu uso associado como isolado, mostrando-se uma nova alternativa no controle da dor em pequenos animais.
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