O artigo apresenta algumas considerações sobre a análise dos discursos sobre os segmentos raciais negros e brancos em livros didáticos de Ensino Religioso de 5ª e de 8ª séries do ensino fundamental, publicados entre 1977 e 2007. A análise foi produzida nos contextos interpretativos da teoria da ideologia (THOMPSON, 1995) e dos estudos contemporâneos sobre discursos racistas. Além disso, manteve-se como foco os possíveis impactos da movimentação em torno do tema na produção de discurso racista em livros didáticos de Ensino Religioso, procurando contemplar publicações produzidas de acordo com os três modelos tradicionalmente presentes em diversas escolas do Brasil, a saber: as concepções denominadas Confessional, Interconfessional e a Fenomenológica. A análise formal ou discursiva consistiu na avaliação interna das próprias formas simbólicas, à qual se buscou integrar técnicas de análise de conteúdo. Para análise quantitativa, obteve-se uma amostra de 432 personagens nas ilustrações retiradas de 20 livros didáticos de Ensino Religioso de 5ª e de 8ª séries do ensino fundamental.
RESUMO Este artigo parte da reflexão dos efeitos da colonialidade na reprodução da desigualdade e das violências num contexto de ruptura do pacto social e de ameaça à democracia no Brasil. A partir de uma concepção crítica e decolonial em direitos humanos, busca-se relacionar o aprofundamento da desigualdade social, étnico-racial e de gênero, com a colonialidade que age nas instâncias do ser, do saber e do poder e, nessa lógica, conduz as estruturas e sistemas de poder. Por meio de uma pesquisa teórica sobre colonialidade, decolonialidade e desigualdade, são indicados desafios centrais que reposicionam o papel histórico da sociedade civil, das formas de resistência, das lutas sociais, na materialização dos direitos humanos, na direção emancipatória.
Este artigo apresenta a hermenêutica de profundidade (HP) de Thompson (2005) como ferramenta estratégica para as discussões das políticas educativas nacionais e internacionais. A partir das categorias dissimulação, unificação e legitimação pretende-se aprofundar os atuais debates sobre as políticas educacionais que enfocam a performatividade dos envolvidos no ato de educar a partir de avaliações “standarts” e homogeneizadas, sem enxergar a diversidade de problemas que envolvem os educadores, os educandos e as escolas, principalmente em um país continental como o Brasil. Para esse debate, buscam-se aportes em Thompson (2005), Bárcena e Mélish (2000), Sacristán (2011), Gareschi (2000), entre outros.
El artículo presenta algunas consideraciones sobre el análisis de los discursos en los segmentos racial blanco-negro en los libros de texto de Educación Religiosa de quinto y octavo grado, publicados entre 1977 y 2007. El análisisse produce en el contexto de la teoría interpretativa de la ideología (Thompson 1995) y estudios sobre los discursos contemporáneos racista. Por otra parte, se centra en los posibles efectos del discurso racista en la producción delibros de texto para la educación religiosa, y para ello se analizan los libros de texto que cubren estos hechos de acuerdo con los tres modelos que tradicionalmente se encuentran en varias escuelas en Brasil, a saber: las concepciones denominadas confesionarias, interconfesional y la fenomenología. El análisis formal o discursivo consistió en un análisis de las propias simbologías, que buscan integrar las técnicas de análisis de contenido. Para el análisis cuantitativo se analizó una muestra de textos de 467 caracteres tomados de 20 de los libros de texto de Educación Religiosapara los grados quinto y octavo de la escuela primaria.
Apresento, neste artigo, uma revisão sobre os estudos e as pesquisas das religiões de matriz afro-brasileira no pensamento social brasileiro e sobre estereótipos, perseguições, preconceitos em relação a essas matrizes. Aporia, em que tudo aquilo que no cotidiano da vida prática se manifesta como sendo senso comum, outrora foi senso. A extensão dessa aporia relaciona-se com a necessidade de traçar um quadro sócio-histórico aprofundado acerca das teorias raciais no Brasil e das religiões afro-brasileiras, buscando sua análise e as interseções entre os temas na descrição sobre o constructo do racismo epistemológico e a violação dos direitos humanos. O artigo utilizará as pesquisas antropológicas, históricas, jornalísticas e psicanalíticas de importantes pensadores do fi nal do século XIX e início do XX, que se destacaram na história do pensamento sociorracial brasileiro por estabelecerem uma linha de análise em torno dos estudos que envolvem relação racial, religiões de matriz afro-brasileira e intolerância religiosa.
Tivemos o privilégio de conhecer o Prof. Dismas A. Masolo durante as atividades da segunda edição do Anthropocene em 2018. A partir de uma conversa informal surgiu a ideia de uma entrevista, que se realizou por via telefônica no ano seguinte e que é agora publicada em tradução portuguesa. O Prof. Masolo, que nasceu e passou parte da sua vida no Quênia sob dominação colonial britânica, obteve doutorado em Filosofia pela Università Gregoriana (Itália) e lecionou em várias universidades na África e nos Estados Unidos da América. Hoje é professor de filosofia na University of Louisville (EUA) e uma das principais referências internacionais na área da Filosofia Africana. Entre as suas publicações vale a pena mencionar Self and community in a Changing World (2010) e African Philosophy in Search of Identity (com I. Karp, 2000). A entrevista é a abordagem tanto de um ponto de vista da afrocentricidade e ancestraliade epistemilógico, quanto da perspectiva para o ensino dispórico. As perguntas foram provocadas pelo grupo de estudos relações étnicorraciais.
O presente artigo foi originalmente publicado no ano de 1959 por Frantz Fanon (1925-1961) durante a Revolução Argelina (1954-1962) no livro que ganha o título de Sociologie d’une Révolution (L’An V de la Révolution Algérienne). No presente texto, Fanon nos oferece uma narrativa sobre o cotidiano da população argelina durante esse contexto, enfatizando a maneira na qual houve a apropriação e ressignificação dos aparelhos de rádio, como contrapartida aos veículos midiáticos da colônia francesa.
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