The present study focuses on the artistic-cultural expression of graffiti approached from a research initiated in the city of Brasília. Among the objectives, the search for assimilation of this modality of expression in cities, in the public spaces of their urban landscapes and, more recently, in private environments stands out. As a method of qualitative approach adopted in conducting the study, an investigative guideline was systematized that, initially, permeated the theoretical framework used on the thematic object with an identification and categorization of three distinct social groups with regard to their relationship with the interventions carried out in the public and private space through graffiti expressions; then, a mixed questionnaire aimed at the assimilation of graffiti by the three groups of social actors in question was elaborated and, finally, the application of this tool and the subsequent analysis of its data supported by the theoretical contribution initially used allowed the reach of expected results, such as the identification of similarities and distinctions regarding the assimilation of graffiti by the groups of actors participating in the research. In addition to the reflections linked to both the specialized literature on the subject of graffiti and its regulations in our study location, we consider that the complementary reflections that we were able to add to the study through the responses of the participating public were also substantial for directing the investigation. allowed us to go beyond the objectivity of a study on the subject at present or in a locality and perceive it from the subjective nuances of the groups of actors that, in some way, transform and are transformed by this field and that were sensitive to the attention to them requested under circumstances as specific and difficult as those experienced by everyone since 2020.
Planejados como pontos centrais da cidade de Brasília, o Setor de Diversões Sul (SDS)e Setor de Diversões Norte (SDN) foram pensados como duas áreas idênticas, com omesmo uso e a mesma tipologia de edificações. Porém, esses dois setores foram sediferenciando até chegaram ao que são hoje: Espaços esteticamente diferentes,frequentados por grupos distintos e vistos pela maioria dos brasilienses de formasopostas. Diante dessa questão, esta pesquisa buscou compreender como essadisparidade entre os dois setores se deu. Por comporem a cidade de Brasília, capitaldo país e patrimônio cultural, a pesquisa traz uma importante contribuiçãoacadêmica acerca dos espaços da capital. Além disso, o trabalho se mostranecessário por gerar estudos sobre um shopping center - o Conjunto Nacional, noSDN - , local pouco analisado academicamente. O estudo do Conic (conjunto deedifícios que compõe o SDS) também confere necessidade ao trabalho, cujas análisespossibilitam um novo olhar para esse espaço, que acabou se tornando estigmatizadona cidade. Para fundamentar a pesquisa, foram utilizados autores que estudaram oespaço urbano e arquitetônico e suas diversas apropriações: Bruno Zevi, FrancisChing, Gordon Cullen, Kevin Lynch e Roberto Lobato Corrêa. Cada autor observa oespaço sob uma visão diferente, o que possibilitou a análise do SDS e SDN sobdiversas perspectivas. Além dos autores, o histórico do Conic e Conjunto Nacionaltambém foram estudados, para que se compreendesse como os edifícios setornaram o que são hoje. Perante o exame da morfologia e apropriações do Conic edo Conjunto Nacional sob a visão dos autores citados e com o histórico dos setorescomo base, os edifícios foram analisados e comparados. Feitos os estudos e ascomparações dos espaços analisados, conclui-se que as formas do Conic e ConjuntoNacional são semelhantes: a tipologia e a forma básica são as mesmas, porémelementos como fachadas, implantação e entorno se diferem. A circulação interna doshopping é mais coesa e clara, enquanto que a do Conic é labiríntica, já que essesespaços se deram de forma não planejada, mas como um negativo da área dosprédios que compõem o SDS. O contexto histórico e os atores que participaram daconcepção dos setores se diferem, o que gerou uma visão oposta entre os doisespaços. Diante de tais questões, o Conjunto Nacional é visto, no geral, de formamais positiva que o Conic. Porém, atualmente grupos buscam revitalizar e criar umanova identidade para o local. Com uma renovação não somente de infraestrutura,mas de significado, será possível aproximar os dois setores.
Seguindo os rastros dos processos de gentrificação -fenômeno global que atualmente se reveste dos mais distintos formatos em várias partes do mundo -este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa ainda exploratória que vem sendo realizada desde 2019, no Mercado Novo, em Belo Horizonte, Brasil. O principal objetivo é o de compreender o modo como o processo em curso no Mercado Novo revela os efeitos da «supermodernidade» nos espaços, em suas dimensões física e social. Ancorados no método etnográfico, os dados coletados revelam como histórias e memórias são criadas a partir de uma "autenticidade calculada", transformando o espaço em uma mercadoria cultural. Em síntese, este trabalho fomenta a discussão acerca das consequências dos processos de gentrificação na produção do espaço, sejam «não-lugares», conforme conceituação de Marc Augé, sejam «nódulos de conectividade internacional», segundo expressão de Doreen Massey, na medida em que configuram espaços de base relacional internacionalizada e pouco diversificada.
Resumo Nos contemporâneos processos de transformação das grandes cidades, os mercados públicos têm sido um dos alvos espaciais que induzem mudanças nas práticas sociais e nos perfis de seus usuários e consumidores. Em Belo Horizonte, o Mercado Central e o Mercado Novo revelam essas tendências e tornam-se objetos privilegiados de estudo de caso. Esta pesquisa, realizada entre 2017 e 2019, buscou identificar transformações, resistências e tensões, em curso, nesses tradicionais espaços comerciais. As análises buscaram ultrapassar uma perspectiva simplista ou generalista de gentrificação, esquadrinhando lógicas de caráter segregacionista e a alteração das práticas sociais, econômicas e culturais, devido a processos ainda anteriores, como os de patrimonialização, gourmetização e turistificação, caracterizados pela exploração de atividades culturais dirigidas a um público solvente e rotativo. Utilizando observações etnográficas, entrevistas e documentos, este estudo analisa como as dimensões - história, rede de relações e identidade - são configuradas cotidianamente. Esta pesquisa mostra como os processos identitários e os sentimentos de pertencimento são diferentes em cada espaço. No Mercado Central preservam-se os padrões tradicionais de propriedade individual e longevidade das lojas. Já a iniciativa “Velho Mercado Novo” busca a “autenticidade calculada” e reforça indiscriminadamente a perspectiva do consumo do lugar.
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