Este artigo pretende contribuir para uma fundamentação teórica, a partir da experiência em Incubadoras de Empreendimentos de Economia Solidária, sobre a manutenção, dentro do processo de incubação, de mecanismos defensivos frente ao trabalho adaptados às experiências anteriores dos trabalhadores em empreendimentos de lógica capitalista heterogestionária. É analisado teoricamente como a manutenção desses mecanismos defensivos pode ocorrer a partir da noção de compulsão à repetição e perlaboração pensada a partir da psicanálise, da teoria crítica e da psicodinâmica do trabalho, bem como das ações voltadas para a superação desses mecanismos defensivos inadequados para o contexto atual do trabalhador da economia solidária.
Resumo. Trata-se, neste artigo, de colocar em discussão as noções de autogestão e de autonomia, tanto do ponto de vista teórico como metodológico, no contexto dos empreendimentos de autogestão. Procuramos, portanto, propor neste trabalho, a necessidade de se identificar as relações entre os seguintes níveis de análise: jurídico-econômico, político-administrativo e psicossocial, na tensão que se faz sentir entre os processos de autonomia e de heteronomia. Poderíamos pensar o sujeito na sua relação com "o outro" em um novo terreno de "co-laboração"? Nestas novas configurações sócio-autogestionárias, o laço social não poderia estar se realizando sob a forma de "dádiva"? O presente artigo é, em grande parte, produto das discussões realizadas pelo grupo de pesquisa sobre autogestão e processos psicossociais, do Núcleo de Estudo Sobre o Trabalho Humano (NESTH) da UFMG, que conta com a participação Palavras
Resumo: O presente artigo se propõe a construir uma referência conceitual para as ações de incubadoras universitárias em economia solidária, a partir da diferenciação de objetos e de objetivos que essas incubadoras apresentam em relação às incubadoras tradicionais, e das diferentes formas de avaliar os resultados das ações de extensão desenvolvidas nessas incubadoras. Observa-se que diferente das incubadoras tradicionais, o desenvolvimento de empreendimentos não se configura como o objetivo principal da incubadora, mas sim o desenvolvimento de espaços comunitários e articulações territoriais que possibilitem o fomento de práticas de busca de soluções coletivas para problemas econômicos, baseados na solidariedade e gestão coletiva. Palavras-Chave: Incubadoras Universitárias. Economia Solidária.Abstract: This article proposes to construct a conceptual reference for the actions of university incubators in solidarity economy, from the differentiation of objects and goals that these incubators in relation of traditional incubators, and the different ways of evaluating the results of extension actions developed in these incubators. It is observed that, unlike traditional incubators, the development of entreprises is not the main objective of the incubator, but rather the development of community spaces and territorial articulations that allow the search of collective solutions for economic problems, based on the solidarity and collective management.
Procurou-se com este artigo estruturar a noção de Legado, em sua articulação com o trabalho. Partindo das noções de conhecimento tácito, de Polanyi, da Teoria da Dádiva de Mauss, e de conceitos da psicanálise, procurou-se mostrar que o Legado se estrutura como um saber oriundo de uma síntese pessoal, que se insere em uma situação de circulação de um Dom, articulando ao mesmo tempo a dimensão pessoal do sujeito, e a dimensão social, em relação à qual o conhecimento foi estruturado.
O presente artigo apresenta uma pesquisa realizada com intuito de analisar a resistência ao processo de incubação em um empreendimento de economia solidária (EES) no ramo cultural na ITESS/UFGD. Partindo dos pressupostos da psicanálise e da psicossociologia, a resistência ao processo de incubação foi analisada levando em conta as possibilidades de manifestação do desejo nas instituições produtivas, bem como a resistência à manifestação do mesmo. Para isso, foram realizadas entrevistas individuais e grupos de discussão com os membros do EES, e observação de campo das atividades do empreendimento, buscando identificar a função que o EES desempenhava na estruturação de processos psíquicos do grupo e de seus membros e o modo como o empreendimento era utilizado pelos mesmos para consecução de seus interesses. Percebeu-se que, para além da dimensão econômica, o EES, cumpria também a função de intermediação de processos identitários e de dinâmicas relacionais entre os seus membros, elementos esses que se mostravam prioritários em relação aos aspectos econômicos. Conclui-se que a resistência ao processo de incubação, e principalmente ao processo de formalização do EES, se dava em função do mesmo se orientar para atividades econômicas do EES, o que, por sua vez, ocorria em prejuízo de suas funções identitárias e sociais. Palavras-chave: Economia solidária. Incubação. Desejo. Mecanismos de defesa.
Analisa-se um caso de resistência ao processo de formalização de um EES do ramo de produção cultural em incubação em uma incubadora universitária de tecnologias sociais. O EES já existia anteriormente, sendo sustentável tanto econômica quanto tecnicamente, mas sem conseguir se estruturar formalmente, o que gerava uma série de dificuldades de acesso a recursos e de definição interna de atribuições. Durante a etapa de incubação voltada para a formalização do empreendimento, verificou-se uma série de resistências. A partir da análise dessas foram encontradas duas fontes principais. A primeira, de base objetiva/jurídica, atrelada à dificuldade de regulação das dinâmicas já existentes no EES pela estrutura jurídica da Associação, principalmente em função da multiplicidade de fontes de renda dos membros, e da variedade de formas de produção de valores. A segunda, de base psicossocial, relacionada à resistência à mudança na dinâmica de regulação dos investimentos afetivos dentro da organização, e principalmente em função da desestruturação na construção de valores relacionais.
ResumoA Terapia Leiga foi um modelo de organização de tratamento do alcoolismo, desenvolvida nos EUA na primeira metade do século vinte. Devido ao caráter muitas vezes inédito de suas concepções teóricas e técnicas e à pluralidade de formas de sua institucionalização, a Terapia leiga foi um modelo de grande influência para os modelos posteriores de abordar o tratamento do alcoolismo, tanto em instituições religiosas ou de ajuda mútua, quanto em modelos de atenção clínica ou social sobre o assunto. Procurou-se nesse artigo explicitar suas principais contribuições para o tema por meio das teorias de seus principais autores, bem como o processo de mudança pela qual o movimento passou nas suas diferentes formas de institucionalização.Palavras chave: Terapia Leiga; Alcoolismo; Movimento Emmanuel; Doze Passos. AbstractThe theoretical assumptions of psychology underlying Lay Therapy and its forms of institutionalization.The Lay Therapy was a alcoholism model of treatment, developed in the USA in the first half of the twentieth century. Due to the often unprecedented feature of its theoretical and technical conceptions and to the plurality of forms of its institutionalization, Lay Therapy was a model of great influence for the later models to approach the treatment of alcoholism, either in religious institutions or of mutual aid, As well as models of clinical or social attention on the subject. This article explores the main contributions to the theme through the theories of its main authors, as well as the process of change through which the movement has gone through its different forms of institutionalization.
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