Empreendimento, comunidade e território: três objetos de incubação em economia solidária

Abstract

Resumo: O presente artigo se propõe a construir uma referência conceitual para as ações de incubadoras universitárias em economia solidária, a partir da diferenciação de objetos e de objetivos que essas incubadoras apresentam em relação às incubadoras tradicionais, e das diferentes formas de avaliar os resultados das ações de extensão desenvolvidas nessas incubadoras. Observa-se que diferente das incubadoras tradicionais, o desenvolvimento de empreendimentos não se configura como o objetivo principal da incubadora, mas sim o desenvolvimento de espaços comunitários e articulações territoriais que possibilitem o fomento de práticas de busca de soluções coletivas para problemas econômicos, baseados na solidariedade e gestão coletiva. Palavras-Chave: Incubadoras Universitárias. Economia Solidária.Abstract: This article proposes to construct a conceptual reference for the actions of university incubators in solidarity economy, from the differentiation of objects and goals that these incubators in relation of traditional incubators, and the different ways of evaluating the results of extension actions developed in these incubators. It is observed that, unlike traditional incubators, the development of entreprises is not the main objective of the incubator, but rather the development of community spaces and territorial articulations that allow the search of collective solutions for economic problems, based on the solidarity and collective management.

“A incubadora resgatou a imagem da cooperativa na sociedade”: Estratégia como prática e memória social na incubadora de empreendimentos solidários da Universidade La Salle

“…Assim, além de atender às pessoas de classe mais baixa, fornecendo subsídios para geração de renda e realocação social, os empreendimentos da economia solidária têm um papel fundamental dentro da economia, servindo muito além de motor de mercado, mas como um exemplo da gestão solidária que move barreiras e agrega valor econômico e social (PIRES, 2017).…”

Entraves e perspectivas de um curso de formação sobre Economia Solidária em universidades: relato de caso

“…Frente à perspectiva de perda de financiamento para novos editais e projetos, o curso foi estruturado para buscar fortalecer parceria com o poder público municipal, ou outras entidades públicas, que poderiam desenvolver soluções para suas demandas tendo a economia solidária como uma de suas alternativas. Para fortalecer essas parcerias, intencionava-se capacitar técnicos dessas entidades de forma a disseminar um maior conhecimento sobre a economia solidária e sobre as possibilidades de incubação dos empreendimentos e processos solidários (PIRES, 2017). Com isso, esperava-se que, a partir da maior compreensão da economia solidária e de sua aplicação em processos de desenvolvimento econômico e inserção social, os agentes ligados ao poder público pudessem melhor visualizar projetos a partir dessas perspectivas e estruturar demandas a serem direcionadas à ITESS, que se estabeleceriam por meio de parcerias.…”