Este artigo tem como objetivo discorrer acerca do processo de formação e instrumentalização do professor/pesquisador nos ambientes educacionais distintos, o Centro Universitário de Anápolis e a escola da rede pública municipal através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Nessa proposta, a metodologia adotada foi a abordagem qualitativa, relato de experiência, a análise documental e pesquisa bibliográfica explorando os saberes acerca dos patrimônios históricos e culturais de Anápolis/GO. Assim, durante os 18 (dezoito) meses de projeto, os “pibidianos” desenvolveram pesquisas sobre os bens tombados de Anápolis para a produção de materiais didáticos e instrumentos pedagógicos que seriam utilizados nas intervenções na escola-campo. A partir dessas ações e da regência em sala de aula, pode-se perceber que os acadêmicos da UniEVANGÉLICA, através da pesquisa e instrumentalização desenvolvidos, levaram inovação e aperfeiçoamento para a comunidade escolar da escola-campo e a sociedade em geral.
Em 1925, através do Decreto Federal n. 16. 782 – A, os ensinos primários e secundários ganharam novas diretrizes. Essas diretrizes previam, dentre outras coisas, maior articulação entre os grupos escolares e o ensino normal, bem como a criação da cadeira de Instrução Moral e Cívica. Em Goiás, através da Lei n. 782 de 21 de junho de 1925, tanto o Lyceu como a Escola Normal de Goiás tiveram seus currículos mudados com a nova exigência. A reorganização em coerência com o decreto primeiramente citado, efetivou-se na Escola Normal goiana com o Decreto n. 829 de 25 de fevereiro de 1926.
Neste artigo analisamos os discursos dos presidentes da Província de Goiás para a construção da feminização do magistério no século XIX. As discussões se baseiam principalmente nas contribuições de Bretas (1991), Brandão (2012), Charaudeau e Maingueneau (2012), Maingueneau (2008a/, 2008c), Bakhtin (2010), Fairclough (2001) e Ramalho e Resende (2011). Trata-se de uma investigação qualitativa, com objetivo exploratório e procedimentos bibliográfico e documental. Os resultados apontam, entre outros, que não havia uma tendência a inserir as mulheres no exercício do magistério, bem como o debate sobre gênero não estava posto, mas, ao que tudo indica, havia segregação pautada na norma moral da época. Nesse sentido, a feminização do magistério na Província de Goiás foi uma construção fomentada no decorrer do Brasil Império.
O grupo escolar Antensina Santana: criação, denominação e a arquitetura escolar Resumo O objetivo desta pesquisa é analisar a criação, a denominação e a arquitetura do grupo escolar Antensina Santana. O período delimitado deste estudo é o que ocorre entre 1925 e 1945. A primeira data abriu o caminho a uma nova forma escolar, à criação do grupo escolar e à construção de sua primeira sede e a segunda foi o momento em que o grupo escolar foi (re)inaugurado, passando a ter uma nova sede. Elegemos para o desenvolvimento deste estudo a pesquisa bibliográfica, a análise documental e a análise projetiva. E os dados foram complementados por meio de uma entrevista com uma ex-aluna e ex-professora da escola. A entrevistada fez o curso primário na unidade de ensino entre 1930 e 1931 e foi professora na instituição entre 1950 e 1983. A criação do Grupo Escolar de Anápolis se insere no contexto de criação e expansão dos Grupos Escolares em Goiás, bem como no contexto de desenvolvimento econômico da cidade. No que se refere à denominação da escola, hoje na memória das pessoas da cidade, está presente o primeiro nome e o atual. Pouquíssimas pessoas se lembram que a unidade de ensino um dia foi denominada de "24 de Outubro". A arquitetura do Grupo Escolar Antensina Santana, quando comparado aos grupos escolares feitos no resto do país, pode ser considerada como menos onerosa e monumental.
O Colégio Auxilium de Anápolis/GO (atualmente extinto) foi criado em 1937, quando as Irmãs Salesianas assumiram a Escola Normal de Annapolis – unidade de ensino privada mista, criada em 1931 – que passou a ser denominada de Escola Normal Nossa Senhora Auxiliadora, permanecendo uma instituição privada, mas de ensino feminino. Ao iniciar suas atividades, a Escola Nossa Senhora Auxiliadora oferecia, além do ensino normal, outras duas modalidades de ensino: o Oratório Festivo Dominical e a Escola Noturna de Alfabetização e Educação Profissional, sendo estes últimos ofertados gratuitamente (ANDRADE, 2018). Em 1943, a Escola Nossa Senhora Auxiliadora tornou-se um estabelecimento de ensino secundário ao implementar o ensino ginasial. Diante isso, adequou-se ao Decreto-Lei n. 4.244, de 9 de abril de 1942, passando a ser denominada Ginásio Auxilium de Anápolis. O Ginásio tornou-se, assim, um sucessor desta escola e incorporou seu patrimônio de “[...] Cr. $ 500,00, valor dos seus bens imóveis e instalações” (GINÁSIO AUXILIUM, 1943), tornando-se responsável por todos seus bens e encargos, assumindo a administração de todos os seus recursos, inclusive aqueles advindos do poder público (GOIAZ, 1943). O início de suas atividades ocorreu no dia 15 de março de 1943 (COLÉGIO AUXILIUM, 1988). Ao se tornar um Ginásio, essa unidade escolar ofertava, além do curso ginasial, os cursos: primário, complementar, preparatório ao ginásio e normal, com regime de internato, semi-internato e externato. Nessa época, a instituição passara a disponibilizar gratuitamente a Escola Doméstica, além de manter as obras beneficentes já mencionadas.
O processo de avaliação da aprendizagem no Grupo Escolar Dr. Brasil Caiado (atual Colégio Estadual Antensina Santana), de Anápolis-GO, no período de 1926 a 1929, foi normatizado pelo Regulamento de instrução primária, de 27 de janeiro de 1900 e pela Lei n. 613, de 02 de agosto de 1918, do estado de Goiás. Na referida legislação chama a atenção inicialmente a ausência do termo “avaliação” ou “avaliação da aprendizagem” em seu conteúdo. No entanto, isso não significa que o processo de avaliação da aprendizagem não existisse. Nestes termos, a questão central e o objetivo desta pesquisa foram descrever e analisar o processo de avaliação da aprendizagem do grupo escolar Dr. Brasil Caiado entre os anos de 1926 e 1929. A delimitação do período justifica-se pelo fato da primeira data ser o ano de fundação da unidade de ensino e 1929 o último ano em que o Regulamento de 1918 esteve em vigência, uma vez que a partir de 1930 passa a vigorar novo regulamento de instrução, que altera as disposições regulamentares do ensino em Goiás. Foram utilizadas a pesquisa bibliográfica e a análise documental, privilegiando a legislação e os livros de atas dos exames do grupo escolar. Os mecanismos de avaliação da aprendizagem nos grupos escolares em Goiás davam-se pelo cômputo das faltas às aulas, análise da disciplina (aqui entendida como comportamento e aplicação) e os exames (de promoção e final) que definiam os aprovados e os reprovados. O fracasso escolar era marcante na unidade de ensino, no período estudado.
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