Resumo: Este artigo busca analisar como se deu o surgimento da Medicina Social a partir da visão dos autores sobre as fases apresentadas por Michel Foucault acerca do conceito de Medicina Social. A partir disso, Foucault (1984b) trouxe dados sobre a Medicina de Estado, a qual se preocupou com a organização do Estado, observando o desenvolvimento da prática médica; já a Medicina Urbana se preocupou em aumentar a população sem observar a saúde; quanto a Medicina da Força de Trabalho buscou o controle da saúde do corpo dos mais pobres para que pudessem trabalhar e não contaminassem a classe mais rica da sociedade. A pesquisa, então, mostra uma estruturação da sociedade, a interferência da medicina na sua organização política e social, uma vez que essa medicina acaba exercendo poder de normalização dos corpos e das condutas sociais por meio de seu discurso tomado como verdade. Assim, ao falar de medicina social, Foucault mostra o corpo como realidade biopolítica e a medicina como estratégia biopolítica para manipular o corpo. A Medicina Social sempre existiu, mas com uma crise na prática social da medicina e no exercício da profissão médica. A pesquisa adota uma metodologia de estudo bibliográfica.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.