Apresentamos neste artigo dados sobre desenvolvimento de um sistema de instrumentação virtual que possibilita o controle e coleta de dados de experimentos através da internet, para o uso em atividades de ensino de física experimental a distância. O sistema é composto por um conjunto interativo de softwares e hardwares. Foram criados três tipos diferentes de softwares: Cliente, Servidor de Comunicação e Servidor de Controle. Estes softwares foram desenvolvidos com o uso das linguagens de programação Object Pascal e C++. Foram construídos circuitos eletrônicos de interface para a comunicação entre computador e experimento. Testes de comunicação e controle/coleta de dados foram realizados com a utilização de um experimento básico de física moderna.
Resumo:A inclusão dos alunos com deficiência auditiva e dos alunos com surdez nas escolas brasileiras exorta por pesquisas que abordem, por exemplo, a diversidade linguística em ambientes educacionais bilíngues. Apresentamos um estudo em que buscamos verificar o compartilhamento de significados entre a Língua Portuguesa e a Libras para enunciados explicativos sobre dois conceitos fundamentais no ensino de Física: velocidade e aceleração. Tais enunciados foram apresentados por um interlocutor de Libras atuante em aulas de Física. Considerando algumas ideias presentes nas teorias de Bakhtin, verificamos as significações assumidas pelos principais sinais apresentados pelo interlocutor. Verificamos que os sinais apresentados pelo interlocutor podem assumir significados diversos, o que, em alguns casos, divergem do significado físico-científico. Percebemos que cabe ao interlocutor reconhecer os sinais mais adequados, mas tal reconhecimento passa por um entendimento correto do conteúdo de física que será interpretado, o que remete a uma necessária preparação conjunta com o professor.Palavras-chave: Inclusão escolar. Deficiência auditiva. Surdez. LIBRAS. Ensino de Física. Abstract:The inclusion of students with hearing impairment and students with deafness in Brazilian schools calls for research, for example, involving linguistic diversity in bilingual educational environments. We present a study in which we seek to verify the sharing of meanings between the Portuguese Language and the Brazilian Sign Language for explanation of two fundamental concepts in physics teaching: velocity and acceleration. The explanations were presented by an interlocutor of Libras who worked in physics classes. Using some ideas of Bakhtin, we check the significance assumed by the main signs presented by the interlocutor. We verified that the signals presented by interlocutor may assume various meanings, in some cases, different from the scientific meaning. We note that the interlocutor needs to recognize the most appropriate signs, but such recognition needs a correct understanding of the content of physics, which requires joint preparation with the teacher.
Neste trabalho é apresentada uma discussão acerca da construção de um recurso bilíngue que possa ser utilizado em turmas inclusivas de física que tenham alunos com deficiência auditiva. O objeto de estudo da pesquisa, o vídeo bilíngue, foi também desenvolvido durante a pesquisa. Foram construídos seis vídeos que enfatizaram alguns dos conceitos da física relacionados às leis de Newton. O recurso desenvolvido utilizou a língua brasileira de sinais, a língua portuguesa escrita e falada, e imagens dinâmicas que representam situações cotidianas em que os conceitos discutidos podem ser observados. A análise do recurso desenvolvido em um contexto inclusivo de ensino de física ocorreu com o objetivo de avaliar o recurso, verificando se este era de fato uma ferramenta potencial para promover a inclusão, e se o recurso favorecia a aprendizagem dos conceitos de física discutidos. Participaram desta pesquisa dezoito alunos de uma escola estadual de nível médio localizada no interior de São Paulo. Os resultados da pesquisa apontam que, ainda que muitas variáveis estejam presentes no contexto inclusivo, o uso de um recurso bilíngue pode tornar a aula mais inclusiva.
Neste artigo é apresentada uma discussão sobre a inclusão de pessoas com deficiência visual na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Buscou-se identificar as necessidades de adaptação curricular que o aluno com deficiência visual (baixa visão) incluído nas turmas da EJA precisa. A pesquisa contou com a participação de dois alunos com baixa visão matriculados na EJA, um no segundo ano do ensino fundamental (EF) e o outro, no segundo ano do ensino médio (EM).
Palavras-chave: Interlocutor, L ıngua de sinais, Inclusão, Ensino de F ısica.Com a inclusão escolar no Brasil, muitos estudantes surdos têm ingressado no ensino regular. A legislac ßão brasileira concede a estes alunos o direito de terem o auxílio de um int erprete de Língua Brasileira de Sinais na sala de aula. No estado de São Paulo, com a carência destes profissionais, têm sido contratados outros profissionais: os interlocutores. Neste trabalho, buscamos investigar o papel do interlocutor no contexto da sala de aula de Física, e conhecer algumas das estrat egias e pr aticas desenvolvidas por um profissional que exerce essa func ßão. Para isso, entrevistamos um interlocutor de Libras atuante na rede estadual p ublica do estado de São Paulo, e a partir das respostas fornecidas e das an alises efetuadas, verificamos a forma como ele exercia sua func ßão, as dificuldades por ele enfrentadas e as formas como buscava super a-las, e o entendimento que o interlocutor possuía sobre alguns dos conceitos de Física que interpretava.Introduc ßão Em dispositivos legais e em programas p ublicos de diferentes pa ıses, tem-se tornado evidente uma nova visão sobre a relac ßão entre a sociedade e seus integrantes que possuem necessidades especiais. Nesta visão, assume-se que não mais as pessoas com necessidades especiais e que devem se adaptar a uma sociedade que rejeita as especificidades, mas sim a sociedade que deve estar preparada para integrar estas pessoas, efetuando as adaptac ßões necess arias para que isso ocorra de forma efetiva.Nesta linha, tem-se assumido uma educac ßão escolar mais inclusiva, em que as escolas devem estar prontas para oferecer aos alunos com necessidades especiais as condic ßões necess arias para que estes possam acompanhar as aulas, mas tamb em, condic ßões para que possam interagir com os demais integrantes do contexto escolar (BRASIL, 2007). No Brasil, desde 2001 temos definidas as Diretrizes Nacionais para a Educac ßão Especial na Educac ßão B asica, que entre outras garantias, assegura aos alunos com necessidades especiais o direito de se matricularem na escola regular, estarem inseridos em classes comuns e devidamente preparadas, apoio pedag ogico especializado em salas de recursos, entre outros (BRASIL, 2001). Surdez e inclusãoConsiderando que leitura do mundo por vias visuais e a expressão por sinais e um relevante aspecto relacionado a cultura surda, algumas mudanc ßas vêm ocorrendo na legislac ßão brasileira no sentido de valorizar e promover o uso da L ıngua Brasileira de Sinais (Libras) como meio de comunicac ßão na educac ßão regular.
Neste trabalho é apresentada uma discussão sobre a inclusão de alunos surdos na aula de Física. Busca-se discutir como construir um plano de aula para o ensino de primeira lei de Newton em um ambiente inclusivo de ensino. Utilizando uma proposta de ensino bilíngue é desenvolvido um plano de aula que conta um vídeo bilíngue, situações problemas para introduzir as discussões e um questionário fechado para avaliar a aprendizagem. Participaram da pesquisa dezoito alunos do segundo ano do ensino médio de uma escola estadual do interior do estado de São Paulo. Os resultados mostram que foi desenvolvida uma proposta inclusiva, uma vez que esta conseguiu assegurar a possibilidade de aprendizado a alunos com e sem deficiência auditiva, ao respeitar os ritmos e estilos de aprendizagem foi criada uma proposta que conseguiu ensinar a todos os alunos o mesmo conceito, ao mesmo tempo.
This study analyses the use of audio description in teaching physics concepts, aiming to determine the variables that influence the understanding of the concept. One education resource was audio described. For make the audio description the screen was freezing. The video with and without audio description should be presented to students, so that the potential of each video could be tested. The sequence of presentation of the videos was alternated to ensure better analysis. The proposal was tested in three moments: first with a group of 14 people who were blind or had low vision. In a second step, the video with audio description was tested with a group of adult education that had a student with low vision included. The third time, the video was used with students of the second year of high school; none of the students of this stage had visual impairment. The results show that audio description made in times when the screen is frozen can be a solution to make audio description of videos ready.
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