UFV RESUMO O cuidado com a pessoa com transtorno mental vem sendo um tema bastante emergente nos últimos anos, inserindo especialmente a família nesta discussão devido aos movimentos da reforma psiquiátrica. Com o fechamento de grandes hospitais psiquiátricos e as novas propostas de tratamento aberto, as famílias passaram a assumir o cuidado de seus entes transtornados, ainda que esse cuidado possa gerar algum impacto no bem estar daqueles que precisam lidar com esta realidade. Assim, o objetivo geral desta pesquisa é analisar o bem estar dos cuidadores familiares de pessoas com transtorno mental e conhecer seus aspectos sócios demográficos. Os sujeitos desta pesquisa são os cuidadores familiares de pessoas com transtorno mental grave, em acompanhamento há três anos ou mais no CAPS I da cidade de São Francisco do Glória-MG. 15 familiares foram selecionados, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa com aplicação de métodos como o questionário, a entrevista semiestruturada para entender os discursos que permeiam a questão do cuidado, além da escala Likert para avaliação do bem estar dos cuidadores familiares. Os resultados tratados por meio da análise de conteúdo de Bardin (2011), mostraram que a maioria dos cuidadores são do sexo feminino, tem entre 33 e 70 anos de idade, vivem com renda de até um salário-mínimo e apesar de terem demonstrado altos índices gerais de bem estar, costumam não ter momentos livres para descanso ou lazer. Pelo exposto infere-se que os cuidadores familiares de pessoas com transtorno mental requerem mais respaldo dos serviços e das políticas públicas, no sentido de melhorar suas condições de bem estar.
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