Risco reprodutivo e renda familiar: análise do perfil de gestantesReproductive risk and family income: analysis of the profile of pregnant women
This paper aimed to analyze the healthcare itineraries of women with histories of hypertensive syndromes during pregnancy. The method used was to study oral reports, and the results from 35 interviews were grouped into four thematic categories: comprehension of health and illness; perceptions of risk; institutional interactions; affective and family interactions involved in seeking care. Multiple situations of vulnerability affect the care itinerary, including difficulties in accessing specialized services and relationships with healthcare professionals. Knowledge and healthcare practices shared within the community are important resources in constructing care, which can also be affected positively or negatively by the dynamics of interactions within the affective-family network and by the social support received.
Objetivos: Analisar o perfil sociodemográfico e de risco reprodutivo de gestantes com história de síndromes hipertensivas, assim como condições clínicas e obstétricas e características da assistência prestada, durante o pré-natal, parto e pós-parto, em maternidade de alto risco. Método: Estudo transversal, quantitativo, utilizando prontuários de 164 gestantes. Resultados: Predominam mulheres adultas, negras, com escolaridade e renda baixa, multigestas e com múltiplos fatores de risco reprodutivo. Observou-se insuficiente acompanhamento clínico e nutricional no pré-natal, níveis pressóricos altos no momento do parto e pouca atenção ao planejamento reprodutivo no pós-parto. Discussão: Os cuidados dispensados na maternidade são insuficientes para atender as necessidades de saúde das mulheres, indicando fragmentação e descontinuidade. Para uma maioria, são evidenciadas situações combinadas de vulnerabilidade individual, social e programática. Conclusão: Atender as necessidades de saúde reprodutiva destas mulheres exige: integração, coordenação e continuidade dos cuidados; capacitação profissional para manejo dos riscos; transformação das situações de vulnerabilidade.
Resumo A anencefalia é uma malformação caracterizada pela ausência total ou parcial do encéfalo e o Brasil é o quarto colocado em número de nascimentos de fetos anencéfalos no mundo. Existe associação entre anencefalia fetal e maior número de complicações maternas. A partir de 2012 a mulher com gestação de anencéfalo poderá manter ou interromper a gestação, se assim o desejar, sem necessidade de autorização judicial. Objetivos: compreender as vivências das mulheres de fetos com anencefalia e identificar os fatores determinantes para a escolha de interromper ou não interromper a gestação. Estudo qualitativo e método das narrativas de vida, com 12 mulheres, maiores de 18 anos e com diagnóstico de feto anencéfalo, que realizaram a interrupção da gestação ou o parto em uma maternidade pública do Rio de Janeiro. A coleta dos dados foi entre junho e novembro de 2016 e encerrada quando os padrões narrativos alcançaram a saturação progressiva, a partir das recorrências. Os enunciados emergidos após leitura flutuante e aprofundada foram articulados em Núcleos Narrativos e realizada análise comparativa e compreensiva dos dados. Os relatos trouxeram à tona as vivências intensas dessas mulheres, como também as fragilidades existentes em relação ao cuidado e a problemática da interrupção da gestação.
A anencefalia é uma malformação congênita caracterizada pela ausência total ou parcial do cérebro, resultando em incompatibilidade com a vida extrauterina do feto, não sendo incomum relatos de violências sofridas por mulheres que deram à luz a tais fetos. Os objetivos deste trabalho foram identificar as violências sofridas pelas gestantes de fetos anencéfalos e discutir a violência experienciada por mulheres em gestações e partos de fetos anencéfalos. O método foi composto por Narrativas de Vida, sendo o estudo realizado entre junho e novembro de 2016 em uma maternidade do Rio de Janeiro com 12 mulheres com diagnóstico de feto anencéfalo. Após análise compreensiva e comparativa dos dados, a violência obstétrica surgiu predominantemente na forma de julgamento moral das escolhas das mulheres, má assistência, abusos, utilização de jargões, entre outras. Nessas experiências permeadas por sofrimentos e perdas, a violência obstétrica amplia a situação de vulnerabilidade das mulheres, havendo a necessidade de um debate mais aprofundado.
ESTUDO DE REFLEXÃO Endometriose e adolescência: atraso diagnóstico e o papel da enfermagem Endometriosis and adolescence: diagnostic delay and the role of nursingEndometriosis y adolescencia: retraso diagnóstico y papel de la enfermería A endometriose (EDM) é uma doença ginecológica crônica que afeta entre 5 e 15% das mulheres em idade fértil, sendo caracterizada pela presença ectópica do endométrio. É considerada progressiva, imuno e estrógeno-dependente. Na EDM os focos de células endometriais são encontrados em lugares atípicos como: peritônio, ovário, reto, tuba uterina, entre outros. Esses focos possuem um suprimento vascular que possibilita o seu crescimento e que, durante a menstruação, sangram desencadeando uma reação inflamatória, mediada por prostaglandinas, com subsequente fibrose e aderência aos órgãos adjacentes. As mulheres acometidas pela EDM podem apresentar quadro clínico diversificado, em alguns casos sendo assintomáticas. Contudo, grande parte delas apresenta sintomas de intensidade variada, tais como: dismenorreia, dor ovulatória, fadiga e o transtorno da dor gênitopélvica/penetração, chamada também de dispareunia 1-3 .
Anencephaly – a congenital malformation characterized by total or partial absence of the brain, resulting in incompatibility with the extra uterine life of the fetus and reports of violence suffered by these women are usual. Objectives: Identify the violence suffered by pregnant women with anencephalic fetuses and discuss the violence experienced by women in gestations and births of anencephalic fetuses. Method: Life Narratives, being the study conducted between June and November of 2016 in a maternity in Rio de Janeiro, with 12 women diagnosed with anencephalic fetus. After a comprehensive and comparative analysis of the data, obstetric violence arose predominantly in the form of moral judgment of women's choices; bad assistance; abuses; use of jargon; among others. In these experiences permeated by suffering and loss, obstetric violence increases the vulnerability of women. There is a need for a more in-depth debate
Resenha-se o livro Mulheres na luta: 150 anos em busca de liberdade, igualdade e sororidade (título original: KVINNER I KAMP: 150 ÅRS KAMP FOR FRIHET, LIKHET, SØSTERSKAP!), traduzido do norueguês por Kristin Lie Garrubo e publicado no Brasil, no ano de 2019, pela Editora SCHWARCZ S.A, após acordo com Nordik Literary Agency, França. Propõe-se, no hardbook, com 128 páginas, sob a égide da ludicidade, abordar um século e meio da história de luta das mulheres acerca de liberdade, igualdade e sororidade.
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