IntroduçãoO sistema renal é de fundamental importância para a manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e metabólico do organismo. Para tanto, os rins são responsáveis por tornar o meio extracelular constante para o funcionamento celular normal, através da excreção de produtos do metabolismo (uréia, creatinina, ácido úrico) e de eletrólitos e água obtidos da ingesta alimentar. Mantém-se assim uma constante entre a excreção e a soma da ingestão com a produção endógena (1).Várias são as doenças e agravos que podem acometer o sistema renal, como glomerulonefrite crônica, doença renal policística, pielonefrite crônica, hipertensão maligna primária e nefropatia diabética, gerando prejuízos à sua função (2) . A insuficiência renal surge quando os rins não são capazes de realizar a remoção dos produtos da degradação do organismo e de executar suas funções reguladoras. Com isso, há acúmulo de substâncias nos líquidos corporais e comprometimento de funções endócrinas, metabólicas, hidroeletrolíticas e de equilíbrio ácido-base (3) . A Insuficiência Renal Crônica (IRC) refere-se a um diagnóstico caracterizado por perda progressiva e quase sempre irreversível da função de filtração glomerular. De acordo com este grau de perda, pode-se ter a classificação de leve, moderada, grave e terminal. Costuma-se utilizar a depuração de creatinina endógena para sua determinação (3) . Inicialmente, frente ao diagnóstico de IRC, o paciente será tratado de forma convencional, que é o tratamento conservador, com a utilização de medicações e restrições alimentares (4) . Conforme a evolução da doença, o paciente passará às demais formas de terapia. Dentre os tratamentos, as opções de escolha serão: diálise peritonial, hemodiálise e transplante renal. A escolha da melhor modalidade de tratamento deve contemplar a análise das condições clínicas, psicológicas e financeiras do paciente (3) . O transplante renal é a forma de tratamento mais adequada para a IRC. Este procedimento pode ser considerado recente, mas que passou por grandes avanços nos últimos anos, principalmente quanto ao entendimento da imunologia envolvida e os esquemas imunossupressores utilizados (5) . Com isso, foi comprovado estatisticamente um aumento da sobrevida do paciente transplantado em relação àqueles que permanecem em procedimentos dialíticos (6) . Até 1997 não havia legislação específica quanto à realização de transplantes, existindo apenas regulamentações regionais a respeito. Neste referido ano foi criada a Lei dos Transplantes (Lei n° 9434, de 4 de fevereiro de 1997), dispondo a respeito da remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano destinadas a transplantes. Foi criado o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), no âmbito do Ministério da Saúde, trazendo as atribuições de desenvolvimento de captação e distribuição de tecidos, órgãos e partes moles para fins terapêuticos e de transplante. Com estas medidas, deu-se início ao processo de organização de Listas Únicas de Receptores, criação de Centrais Estaduais de Transplante, cadastramento de serviços e equip...
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