In the context of reorganization of production in the sugar and alcohol industry, mechanization of sugar cane harvesting has been justified as a protective measure for the environment and workers. This article focuses on the consequences of organization of work in mechanization of sugar cane harvesting with regard to the harvester operators' health. Based on data gathered through interviews and direct observation at the workplace, changes implemented in the technological base and division of labor and organization were analyzed, identifying the work load inherent to the process and how it affects workers' health. While harvesters help decrease the physical, chemical, and mechanical work load, they increase the physiological and psychological work load. There is evidence of significant change in the pattern of work-related accidents, entailing a decrease in their frequency and increase in severity. The pattern of illness among harvester operators is similar to that of manual sugar cane cutters, with a highlight on psychosomatic illness related to the organization of work in shifts and increased tempo due to use of machinery.
Condições de vida e saúde do trabalhador em assentamento ruralLife and health conditions of a worker in a rural settling
RESUMO: O artigo trata do significado da cooperação e do cooperativismo no processo organizativo de assentamentos rurais no estado de São Paulo. Compreendendo cooperação e cooperativismo como processos sociais distintos, discuto os motivos do movimento de institucionalização de cooperativas na sua relação com o declínio das formas de cooperação tradicionalmente desenvolvidas no mundo rural brasileiro. Analiso o significado da cooperação e os problemas decorrentes da sua institucionalização no interior dos assentamentos rurais organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), procurando identificar os elementos que indicam mudanças e permanências em relação ao tradicional cooperativismo rural. Procuro refletir sobre os motivos da atual tendência existente entre os assentados para refutar a cooperativa como modelo organizacional, mas valorizar a cooperação como modo de organização da vida econômica e societária. PALAVRAS-CHAVE: Cooperação; cooperativismo; assentamentos rurais. ABOUT COOPERATION AND COOPERATIVISM IN RURAL SETTLEMENTSABSTRACT: This article deals with the meaning of cooperation and cooperativism in the organizational process of rural settlements in the state of São Paulo considering cooperation and cooperativism as distinct social processes. I discuss the motive why the movement headed for cooperative institutionalization in relation to the decline of the traditional ways of cooperation developed in the Brazilian rural world. The meaning of cooperation was studied as well as subsequent problems due to its institutionalization within the rural settlements organized by MST -Landless Workers Movement, trying to identify the elements that show change and permanence related to traditional rural cooperativism. I seek to reflect upon the motives of the current trend among settlers to reject the cooperative as an organizational model, despite the fact they appraise cooperation as a way to organize their social and economic life. KEYWORDS: cooperation, cooperativism, rural settlement.Diante da busca de alternativas para a crise de emprego, a problemática da organização e gestão de assentamentos rurais com base no associativismo tem sido objeto de investimento das políticas públicas e, sobretudo, campo de disputa de projetos de desenvolvimento econômico-social (Leite, Heredia, Medeiros, Palmeira & Cintrao, 2004;Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2000).Ao estudar as relações de trabalho e as contradições do processo organizativo em um assentamento organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizado na região de Ribeirão Preto-SP, depareime com um complexo e contraditório universo de sentidos atribuídos pelos assentados à cooperação e às cooperativas (Scopinho et al, 2005). No âmbito das relações de trabalho, a cooperação significa, por um lado, a ampliação da capacidade de sobrevivência econômica através da obtenção de renda monetária, direta e/ou indireta, maior (gerada, principalmente, pelo aumento da produtividade do trabalho e da redução dos custos de produç...
Entre os assalariados rurais canavieiros predominam concepções e práticas em saúde de natureza individual, biologicista e curativa. O artigo analisa a política de gestão de recursos humanos no setor sucroalcooleiro paulista, procurando refletir sobre as suas implicações para os trabalhadores, no que se refere à compreensão da saúde-doença como processo bio-psicossocial e um direito básico de cidadania. A análise focaliza o processo de reestruturação produtiva em curso no setor, que se vale de um conjunto de inovações tecnico-organizacionais, especialmente na implantação dos programas que visam à qualidade total, como estratégias gerenciais para obter aumento de produtividade, melhora na qualidade e redução dos custos de produção. A política de gestão de recursos humanos, aparentemente humanista e participativa, não supera os mais tradicionais métodos de gestão do trabalho, não se traduz em melhorias reais na qualidade de vida, e ainda contribui para dificultar o processo organizativo dos trabalhadores. As práticas empresariais em saúde e formação de recursos humanos objetivam o controle e adequação do trabalho às exigências de produtividade e qualidade.
Diante das transformações do mundo do trabalho rural, a organização de assentamentos rurais com base na agroecologia e no associativismo aparece como possibilidade para garantir a reprodução social dos trabalhadores rurais. Que caminhos percorrem esses sujeitos no traçado de suas vidas ao procurem atender tanto as exigências formais dos projetos de assentamento, quanto as suas necessidades de sobrevivência? O artigo trata essa questão a partir de um recorte específico: o de refletir sobre os motivos, os critérios e os valores que informaram a configuração da estrutura organizativa -a formação dos núcleos de trabalhadores -no momento da legalização de um determinado assentamento. Entendendo identidade como preparação e confrontando informações obtidas por meio de análise documental, da realização de observações diretas e de entrevistas individuais e coletivas, analisei o processo de nucleação considerando as características do projeto de assentamento e as dos trabalhadores rurais assentados e procurando perceber a existência de prováveis relações com os sentidos atribuídos pelos trabalhadores à cooperação.Palavras-chave: Trabalho rural, Cooperação, Modos de identificação, Assentamento rural. Searching for the "lost links": settlement project and identification ways amongst settled rural workersIn view of the transformations of the rural labor world, the organization of rural settlements based on agro-ecology and associativism surges as a possibility to ensure the social reproduction of rural workers. What are the ways those individuals follow when designing their lives, trying to meet the requirements of settlement projects as well as survival needs? This article discusses that issue, starting from a specific assumption: understanding the reasons, criteria and values which informed the workers about the organizational structure configuration -the formation of groups of workers -at the moment of legal constitution of a determinate settlement. By understanding identity as a preparation process and by cross-checking information obtained through document analysis, and carrying out direct observations and collective and individual interviews, I analyzed the dynamics of the nucleation process considering the characteristics of the settlement project as well as the settled rural workers', and trying to understand the existence of probable relations with the meanings attributed to cooperation by the workers.
ResumoEste artigo analisa as representações sociais de cuidadoras, sobre o trabalho de cuidado, em um serviço de acolhimento institucional para crianças e jovens. Com base na noção de trabalho do care e na Teoria das Representações Sociais, foram identificados os dispositivos legais e as políticas que regulam o funcionamento cotidiano da instituição, buscando compreender como está configurado o trabalho das cuidadoras, os significados que elas atribuem ao trabalho e a forma como o realizam em relação aos seus sentimentos e motivações. Ancoradas na identidade e nas habilidades consideradas tipicamente femininas e culturalmente difundidas na sociedade, as representações das cuidadoras apontam as contradições do trabalho de cuidado nos abrigos institucionais, cuja trama subjetiva intrínseca tanto lhe é essencial quanto pode colidir com as normas que o regulamentam e, ainda, reproduzir um modelo de divisão do trabalho que estabelece conexão direta entre cuidado e gênero feminino. Palavras
Resumo: Este artigo se propõe a refletir sobre como, no Brasil, as formulações políticas e legais acerca das ações afirmativas de cunhos social e racial no ensino superior articulam e estão articuladas a partir de distintas representações sobre os sujeitos e os lugares que eles ocupam na estrutura social. Partimos da breve caracterização dos dispositivos legais e das políticas implantadas a partir do século XX sobre o tema; analisamos a literatura que aborda as representações sociais sobre a recente implantação das políticas de ação afirmativa; e, por fim, discutimos duas concepções opostas de ação afirmativa, a Lei de cotas e o PIMESP. Pontuamos que tais medidas respondem a diferentes formas de representar desigualdades, merecimento e excelência acadêmica. Discute-se ainda, a suficiência da tradicional acepção de merecimento, o mérito pessoal, para julgar e determinar quem e como deve ingressar na universidade pública.Abstract: This article aims to reflect on how, in Brazil, the political and legal formulations about social and racial affirmative action in higher education, articulate and are articulated from different representations about the subjects and the places they occupy in the social structure. The starting point was a brief description of the legal provisions and policies implemented from the twentieth century on the topic. Then, we analyzed the literature addressing the social representations about the recent implementation of affirmative action. And finally, we discussed two opposing conceptions of affirmative action, Quotas Law and PIMESP. We pointed out that these measures respond to different ways of representing inequality, worthiness and academic excellence. It was also discussed the sufficiency of the traditional sense of worthiness, personal merit, to judge and determine who and how someone should join the public university.
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