Atualmente, nessa primeira década do século XXI, existem no país aproximadamente 55 mil leitos psiquiátricos. Pelo menos 20 mil são ocupados por pacientes considerados crônicos ou que, abandonados por suas famílias, se transformaram em “moradores” de instituições hospitalares. A partir da reforma psiquiátrica no Brasil, em 2001, a desinstucionalização não se restringe mais a simples substituição de modelos de tratamentos dentro do hospital, envolve também, questões sócio-culturais. Há um deslocamento das práticas psiquiátricas clássicas para práticas de cuidado realizadas na comunidade, e mais especificamente a família. Com base nessa perspectiva, o presente artigo tem por objetivo proporcionar uma reflexão critica sobre questões referentes a reforma psiquiátrica, que colocou um “ponto de interrogação” sobre o método curativo do saber médico e no estigma do “louco” presente na sociedade, bem como. A discussão inicia-se a partir do fato de que o portador de transtorno mental é entregue a família sem o devido conhecimento das reais necessidades e condições da mesma, especialmente em termos materiais, psicossociais, de saúde e qualidade de vida, aspectos esses profundamente interligados. Nesse sentido, no presente trabalho conclui-se que é necessário realizar a (re) inserção do portador de transtorno mental na família, desde que a mesma seja preparada para tanto, do contrário, o simples encaminhamento do portador de transtorno mental de volta para casa, em pouco contribuirá para o seu pleno restabelecimento junto a sociedade.
Book Review: Children: an Option or a Duty?de ordenar o dest no fem n no que se tornou, mu tas vezes, mprev sível. Nesse sent do, as mulheres, estão d ante da poss b l dade de se auto-nventarem cada vez ma s e, no jogo de espelhos soc ocultura s, produz sr magens néd tas, nas qua s, nex stem modelos pré-determ nados de certo e errado, ex st ndo sso s m, le turas ambíguas e d vergentes dessas magens.Da segunda metade do século XX em d ante -com a nserção defin t va da mulher no mercado de trabalho; o acesso à formação profiss onal e às at v dades antes exclus vamente mascul nas, o domín o sobre a procr ação e o prazer resultante do advento da pílula ant -concepc onal, as alterações da organ zação fam l ar e do vínculo conjugal -foram romp dos ant gos padrões e rev stas númeras conv cções (estudo, profissão, carre ra, casamento, filhos). Ao ser desv tal zado o deal da mulher no lar, a relação entre os sexos começa a ser redefin da e as mulheres percebem que essa magem fixa da matern dade-fecund dade, moldada pela b olog a, não necessar amente lhes convém, po s a estr ta c rcunscr ção no papel materno promove a exclusão de outros espaços, cons derados por elas ma s mportantes no atual momento de suas v das. Com sso, permanecer sem filhos s gn fica v ver uma d ferença s gn ficat va em relação à comun dade e, sobretudo, a comun dade das mulheres-mães.No l vro, Mansur apresenta a perspect va de o to mulheres, res dentes na reg ão central, e pertencentes aos segmentos soc a s méd os da c dade de São Paulo. Todas com formação un vers tár a, econom camente ndependentes, das d versas áreas de trabalho, com fa xa etár a entre 40 e 50 anos, e que, por sua vez, optaram por permanecer sem filhos, uma vez que a matern dade para elas representava uma l m tação da l berdade e dos objet vos pessoa s e profiss ona s. As mulheres que buscaram uma nserção soc al v nculada à não-matern dade (cujo exercíc o mpl car a em encargos e comprom ssos cons derados por elas l m tadores de seus objet vos pr or tár os) se d ferenc aram da "sentença b ológ ca", e demonstraram ter uma percepção de s mesmas como pessoas produt vas e real zadas -ndependente de suas escolhas reprodut vas. Em cada exper ênc a das mulheres entrev stadas é possível encontrar uma s ngular dade part cular, que remete d retamente à complexa questão da matern dade.Nos relatos, a não-matern dade é v sta de vár as mane ras e tem vár as just ficat vas, desde a mposs b l dade orgân ca Poder ter filhos, s gn fica necessar amente desejar, consegu r ou dever tê-los? Questões como estas surgem no cot d ano de mulheres que, por opção ou c rcunstânc a não possuem filhos. O tema da não-matern dade mob l za emoc onalmente vár as mulheres, po s, não ter filhos mpl ca em não real zar um potenc al, em desv ar-se de um padrão construído soc almente, sendo que, a fem n l dade para a ma or a da soc edade, está assoc ada à matern dade. No entanto, escapando à concepção l near de fem n l dade/ matern dade, a v da das mulheres contemporâneas pode ter d mensões var adas e sat sfatór as, como: ca...
Atualmente, nessa primeira década do século XXI, existem no país aproximadamente 55 mil leitos psiquiátricos. Pelo menos 20 mil são ocupados por pacientes considerados crônicos ou que, abandonados por suas famílias, se transformaram em “moradores” de instituições hospitalares. A partir da reforma psiquiátrica no Brasil, em 2001, a desinstucionalização não se restringe mais a simples substituição de modelos de tratamentos dentro do hospital, envolve também, questões sócio-culturais. Há um deslocamento das práticas psiquiátricas clássicas para práticas de cuidado realizadas na comunidade, e mais especificamente a família. Com base nessa perspectiva, o presente artigo tem por objetivo proporcionar uma reflexão critica sobre questões referentes a reforma psiquiátrica, que colocou um “ponto de interrogação” sobre o método curativo do saber médico e no estigma do “louco” presente na sociedade, bem como. A discussão inicia-se a partir do fato de que o portador de transtorno mental é entregue a família sem o devido conhecimento das reais necessidades e condições da mesma, especialmente em termos materiais, psicossociais, de saúde e qualidade de vida, aspectos esses profundamente interligados. Nesse sentido, no presente trabalho conclui-se que é necessário realizar a (re) inserção do portador de transtorno mental na família, desde que a mesma seja preparada para tanto, do contrário, o simples encaminhamento do portador de transtorno mental de volta para casa, em pouco contribuirá para o seu pleno restabelecimento junto a sociedade.
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