Em tempos da pandemia da COVID-19, o Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Nacional de Educação (CNE) respaldaram as atividades escolares no país. Assim, todas as escolas públicas optaram pelo ensino remoto. Neste cenário, a presente pesquisa do tipo descritiva, de abordagem qualitativa, objetivou analisar a compreensão dos professores quanto à precarização da sua prática pedagógica e o que foi pertinente e impertinente no contexto do ensino remoto. Participaram dessa investigação, por meio de um questionário on-line, seis professoras que atuam em uma escola da Rede Municipal de Ensino de Porto Velho-RO. Os resultados evidenciam que todas as professoras compreendem que o ensino remoto precarizou sua prática pedagógica e alegam dificuldades atinentes às condições de trabalho. Sobre as pertinências, mencionam que a relação entre família e escola melhorou e os alunos não ficaram totalmente sem aulas. Quanto às impertinências, a ênfase recai sobre a falta de formação tecnológica para a utilização das ferramentas digitais. Conclui-se, portanto, que para mudanças abruptas como as que ocorreram na prática pedagógica dos professores, a formação destes deve receber especial atenção.
Avanços impulsionados pelas lutas populares sugerem a necessidade de um debate em prol de uma formação que atenda à realidade dos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Nesse contexto, este estudo teve por objetivo analisar como a formação dos alunos da EJA pode contribuir para a sua participação ativa nas questões sociais. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, realizada no período de 2018 a 2019. Em relação ao tratamento dos dados foi utilizada a análise de conteúdo, dessa forma foram criadas categorias a priori e a posteriori em consonância com os objetivos da pesquisa e de acordo com a similaridade das respostas dos participantes. Os sujeitos da pesquisa foram alunos e professores da EJA, de escolas da Rede Municipal de Educação de Porto Velho-RO. Os resultados evidenciaram que o conhecimento sistematizado poderá proporcionar aos alunos da EJA a participação ativa em situações que envolvam seus direitos e deveres. Nessa perspectiva, conclui-se que é necessário que a formação destes se efetive com a problematização dos conteúdos, alinhada à realidade sociocultural real dos alunos e com a melhoria das condições materiais de trabalho nessa modalidade de ensino.
Este artigo se propõe discutir as possibilidades de implementação de uma proposta pedagógica e educacional que tenha como orientação o trabalho como princípio educativo. Para tanto, serão exploradas as contradições presentes no modo de produção capitalista e o papel desempenhado pelos trabalhadores na produção material da sociedade, buscando ampliar a estratégia de sua superação, considerando que a educação materializada na escola é resultado de uma construção histórica, determinada socialmente, mas possível de ser transformada pela ação do homem. Para alcançarmos tal proposta, utilizamos como referencial metodológico, as principais contribuições de Marx (1998, 2004, 2007, 2011) além de autores identificados com as proposições marxianas, tais como Saviani (2005, 2012), Gramsci (1998), Mészáros (2005) e Snyders (2005), entre outros. Por intermédio deste confronto, ressaltamos o papel da educação escolar na luta pela superação da sociedade capitalista.
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