Resumo O presente artigo tem como objetivo discutir acerca da autonomia reprodutiva da população trans segundo perspectivas críticas de direitos humanos, epistemologias transfeministas e teorias biopolíticas. Para isso, analisam-se os efeitos políticos de discursos presentes no Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais de 2009 (PNCDH/LGBT) e em normas jurídicas atinentes à questão. Em linhas gerais, argumenta-se que, apesar da importância dos direitos humanos para a efetivação da cidadania integral de pessoas LGBT, persistem sentidos de invisibilidade e silenciamento que colaboram para a esterilização física e simbólica da população trans.
Este artigo resulta de um projeto de intervenção e se insere em um campo de pesquisa mais amplo acercada temática de gênero e sexualidade na educação. Com base nisso, apresentamos uma experiênciade utilização do Teatro do Oprimido enquanto uma pedagogia transgressora para a problematizaçãodos marcadores corporais, afetivos e cognitivos da masculinidade. Por meio da inserção no grupo FlowHomens, coletivo dedicado à construção de masculinidades alternativas em Aracaju/SE, realizamos umexercício por meio de jogos teatrais e a criação de uma peça que compôs uma oficina que durou trêsdias. A realização desse projeto de intervenção demonstrou a potencialidade do Teatro do Oprimidoa partir de sua característica de exercício corporal, cognitivo e afetivo utilizada enquanto uma estratégiapedagógica capaz de fazer com que sujeitos repensem, em espaços de educação formal ou informal,modelos de comportamentos discriminatórios.
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