Trata-se de um relato de experiência de natureza descritiva realizado de 2018 a 2019, com o objetivo de relatar a experiência de um projeto de educação em saúde com trabalhadores de uma universidade pública. Participaram do projeto 15 profissionais da saúde e educação, em encontros mensais com duas horas de duração, com 50 horas de atividades no total. A abordagem dialógica, e os 10 passos da metodologia RENASCERES@ oportunizaram espaço de discussão sobre estilo de vida e qualidade de vida. Entre os relatos destacam-se: que as atividades proporcionaram melhoria na prática de exercícios físicos, na alimentação, reflexões sobre a busca de resiliência no cotidiano pessoal e profissional; a obtenção de um estilo de vida mais saudável com influência na qualidade de vida. As intervenções realizadas contribuíram para a promoção da saúde com possibilidades de melhoria da literacia para a saúde nos servidores participantes.
Resumo: Literacia para a saúde (LS), ou literacia em saúde, pressupõe o conhecimento, a motivação e as competências dos indivíduos para acessarem, compreenderem, avaliarem e aplicarem as informações sobre saúde, a fim de fazer julgamentos e tomar decisões na vida diária, relacionadas aos cuidados de saúde, à prevenção de doenças e à promoção de saúde, para manter ou melhorar a sua qualidade de vida. O objetivo foi medir o nível de LS e seus fatores associados: sexo, idade, escolaridade, renda, cor da pele, autoavaliação do estado de saúde, tipo de diabetes e presença de comorbidades. Foram avaliados 107 adultos portadores de diabetes acompanhados em um ambulatório público, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Não foram incluídos pacientes de primeira vez, pacientes sem diagnóstico de diabetes ou com limitações de visão ou audição. A LS foi avaliada pela versão brasileira do questionário European Health Literacy Survey (HLS-EU-BR). Modelos de regressão logística ordinal simples e múltiplos foram construídos, considerando-se, como variável dependente, os quatro níveis de LS. As associações foram expressas na forma de odds ratio (OR). Cerca de 95% da amostra apresentou nível de LS ruim ou limitado (94,8%; IC95%: 90,3-99,3). Sexo feminino, idades mais avançadas e menor escolaridade estiveram associados a uma menor chance de ter um nível de LS excelente. No modelo ajustado, apenas a variável escolaridade permaneceu estatisticamente significativa em relação ao seu efeito sobre a LS (OR ajustado = 0,41; IC95%: 0,17-0,98; p < 0,05). Escolaridade foi a característica que esteve mais fortemente relacionada ao nível de LS.
Este é um estudo de revisão integrativa, realizado no segundo semestre de 2019, na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde com os descritores: não vacinação, letramento, alfabetização, health literacy AND vaccination e literacia, considerando o período de 2009 a 2019, com o objetivo de conhecer as publicações acerca da não vacinação em crianças e adolescentes. Apenas o primeiro descritor retornou resultado (35.002 artigos) e, após utilizar os critérios de inclusão, considerou-se quatro trabalhos para análise. Nestes verificou-se enfoque na dimensão Acesso como fator mais apontado entre os motivos para não vacinação dos filhos, apesar disto, apenas disponibilizar e acessar informações não garantem aumento do nível de Literacia para a Saúde. Esta ampliação, e consequentemente, a escolha pela vacinação dos filhos faz-se necessário para que a população adquira competências e habilidades também para Compreensão, Avaliação e Investimento rumo à melhoria da saúde. Sugere-se mais estudos para se compreender os elementos culturais envolvidos na não vacinação, bem como a mensuração da Literacia em Saúde e que, o aumento desta ocorra com a implantação de ações de educação em saúde, com promoção de espaços de diálogo, reflexão, desenvolvimento de competência, habilidades e troca de conhecimento.
Esta é uma reflexão realizada em setembro de 2019, com o uso de documentos e resoluções, com o objetivo de desvelar a formação profissional do Assistente Social na Residência Multiprofissional em Saúde, na relação com os desmontes no Sistema Único de Saúde. Considerou-se no estudo 15 referências e, se organizou em três áreas temáticas, a saber: A Contrarreforma na política de saúde, Residência Multiprofissional em Saúde, e Serviço Social e Residência Multiprofissional em Saúde. No contexto da contrarreforma da saúde em que as residências em saúde se efetivam em busca de romper com a lógica da fragmentação entre as profissões, com foco na complementaridade entre práticas, saberes e construção de competências compartilhadas. A formação do Serviço Social nos programas de Residência Multiprofissional articula-se com o projeto ético-político da profissão, e deve alinhar-se com as propostas e defesa de uma saúde pública, estatal e socialmente referenciada, bem como trabalhar com outras categorias, com vistas a questionar e resistir aos ataques à saúde que traz prejuízos não apenas aos profissionais, mas para todo o conjunto de trabalhadores.
O presente relato objetiva descrever a experiência vivenciada por membros do Grupo de Estudos e Pesquisa Promoção em Comunicação, Educação e Literacia para a Saúde no Brasil (ProLiSaBr) na execução de atividades de educação em saúde, junto a graduandos de uma Universidade no Triângulo Mineiro. As atividades de educação em saúde ocorreram por meio de curso de extensão, em diálogos abrangendo saúde, qualidade de vida e estilo de vida saudável, respaldados no paradigma salutogênico. O curso foi realizado virtualmente, através do Google Meet, em cinco encontros, no período de 15 a 19 de junho de 2020, pela equipe organizadora composta por 12 membros do grupo ProLiSaBr, um especialista do tema em cada dia e 77 universitários. Neste contexto, abordaram-se os temas resiliência, atividade física, nutrição, água, sol, confiança, equilíbrio, repouso, sono, empoderamento e sentido de coerência. A educação em saúde oportunizou reflexões acerca da concepção de saúde, promoção da saúde e qualidade de vida. Esse curso propiciou também o compartilhamento de vivências coletivas no processo de desconstrução e construção de perspectivas, frente aos impactos da pandemia da Covid-19 no contexto universitário, e, como produto, um canal no YouTube.
Objetivos: Este artigo apresenta o relato da experiência do curso/workshop RENASCERES®: saúde e qualidade de vida dos universitários em tempos de pandemia”, realizado em uma universidade federal no Estado de Minas Gerais (MG), que teve o objetivo de criar espaço de diálogo, acolhimento, escuta e de construção de alternativas mediante demandas discentes, decorrentes do período de pandemia de COVID-19. Objetivou também fomentar propostas para a ampliação das condições de saúde e da qualidade de vida dos universitários e de suas famílias. Métodos: O curso foi estruturado em cinco encontros virtuais, com formato de workshop, fundamentados na metodologia dialógica e no método de Círculo de Cultura, articulando o conteúdo teórico aliado às atividades práticas e ao cotidiano dos participantes. Resultados: Participaram do curso 77 pessoas, incluindo universitários de diferentes cursos de graduação e profissionais. As reflexões sobre saúde e qualidade de vida e o atual contexto de pandemia, bem como as atividades práticas geraram espaço de acolhimento, escuta-ativa, cuidado, acesso e troca de informações/novos conhecimentos. Conclusões: O curso/workshop possibilitou o reconhecimento da necessidade de investimentos em Promoção de saúde e qualidade de vida pelos participantes. Constatou-se, nesta atividade, a essencialidade do Método RENASCERES® como alternativa para dar suporte aos participantes nos cuidados em saúde, mudanças em suas rotinas e pilar para que as pessoas possam alcançar estilos de vida saudáveis.Palavras chave: Educação para a saúde; Promoção da saúde; Qualidade de vida; Covid-19; Saúde Coletiva; Comunicação em saúde.
Conceito transdisciplinar novo no cenário acadêmico brasileiro, a literacia em saúde, ou literacia para a saúde (LS), vem atraindo crescente interesse de pesquisadores de diversas áreas. A partir da experiência como coordenadora do grupo de estudos e pesquisa Promoção em Comunicação, Educação e Literacia para a Saúde no Brasil (ProLiSaBr), vinculado à Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), a professora e pesquisadora Rosane Aparecida de Sousa destaca a importância do tema para a promoção da saúde da população. Em entrevista à Reciis, ela esclarece que o desenvolvimento de habilidades para buscar, acessar, compreender e avaliar as informações sobre saúde, aplicando-as para melhorar a qualidade de vida, pode ser também um caminho para o exercício da cidadania. “À medida que a população tem maior nível de literacia para a saúde, ela também tem maior capacidade e interesse de participação social, ela se reconhece como sujeito de direito”. Seja como recurso para combater a desinformação ou como ferramenta de trabalho para profissionais da saúde, a LS desponta como opção para a construção de novos caminhos na saúde pública brasileira, destaca. Rosane Aparecida de Sousa possui pós-doutorado em Serviço Social pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, é colaboradora do Programa de Residência Integrada e Multiprofissional em Saúde (RIMS) da UFTM e atuou como editora associada da Reciis de setembro de 2017 a dezembro de 2018.
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