RESUMODescolonizar o pensamento é uma luta fundamental dos movimentos de educação do campo, é um modo de resistência e re-existência de saberes e modos de vida. Considerando que a subalternização dos saberes do campo é produzida pelo monopólio e visibilidade do saber euro-ocidental, assim como pela desqualificação e invisibilização do saber campesino, este artigo se debruça sobre os livros do Programa Nacional dos Livros Didáticos (PNLD) de educação no campo, atentando para os conhecimentos e modos de vida que ali se apresentam e como se apresentam. Por meio da seleção e análise de acontecimentos imagéticos e textuais significativos, são discutidas hierarquias de saberes e modos de vida nos materiais em questão. O artigo resulta de uma pesquisa sobre raça e gênero no PNLD de educação no campo, lançado em 2013. Analisando todos os livros do programa, a pesquisa dá a ver dois acontecimentos centrais nos modos em que raça e gênero performam nesses livros: a colonialidade do saber e o estilo politicamente correto.PALAVRAS-CHAVE colonialidade; politicamente correto; livro didático; educação do campo.
As críticas ao sujeito da interioridade e às filosofias da consciência, que reputam a um indivíduo unificado e coerente a fonte de ação, têm atribuído a uma outra grande agência unificada a origem de toda ação. A linguagem, os discursos, a sociedade, a cultura, a história substituem o lugar do sujeito como agência. No entanto, continuam sendo instâncias purificadas às quais atribui-se o privilégio da ação. Abandona-se o sujeito, mas há uma continuidade idealista na qual a agência só pode estar no campo dos humanos-entre-eles. É contra essa atribuição da agência apenas aos humanos-entre-eles que está estruturado este texto, defendendo os híbridos, os coletivos sócio-técnicos e as máquinas. Este trabalho irá explorar conceitos de Gilles Deleuze, Félix Guattari, Bruno Latour e Pierre Lévy, articulando-os para a abordagem de uma concepção de subjetivação que escape da agência reputada unicamente aos humanos-entre-eles.
RESUMO -MateriaisDidáticos Escolares e Injustiça Epistêmica: sobre o marco heteronormativo. As questões de gênero e sexualidade são pautas oficiais das políticas de educação em direitos humanos do Ministério da Educação. Implementar nas escolas públicas uma educação em direitos humanos requer a criação de condições para que as pessoas que não se enquadram nos marcos normativos de gênero e sexualidade possam viver livres da violência e da injúria. Uma transformação nos modos de representação e figuração sobre gênero e sexualidade é fundamental para a promoção da igualdade, sendo o principal desafio ético a desconstrução do marco da heteronormatividade, um registro discriminatório presente nas iniciativas pedagógicas do MEC, em particular nos livros e filmes didáticos. Neste artigo, a discussão desenvolve-se a partir da apresentação de duas pesquisas sobre os materiais didáticos distribuídos pelo MEC, livros e filmes, em que a heteronorma é um marco epistêmico. Palavras-chave: Heteronormatividade. Igualdade. Discriminação. Educação. Materiais Didáticos.ABSTRACT -Pedagogical Tools and Epistemic Injustice: on the heteronormative framework. Gender and sexuality are official curriculum at the national agenda in human rights for the Ministry of Education. To implement a human rights perspective to education requires new conditions to allow people who are out of the hegemonic sexual frame to express themselves free of violence and injury. As a consequence, to transform the ways of represen t and figurate gender and sexuality is essential to promote equality. This is the main ethical challenge to the heteronormative frame of the pedagogical initiatives of the Ministry of Education, mainly in the books and films distributed by the federal public policy. In this article the analysis is conducted from two different approaches on didactic materials distributed by the Ministry of Education, books and films, in which heteronormativity is the dominant episteme.
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