Trata-se de uma pesquisa avaliativa, do tipo estudo de caso único, de abordagem quantitativa e qualitativa. O componente quantitativo foi realizado a partir de um estudo exploratório, descritivo, utilizando um banco de dados de pacientes em hemodiálise (o SISMEDEX) assistidos de 2009 a 2011; análise documental e observação direta. O componente qualitativo foi realizado a partir de entrevistas com gestores, médicos e farmacêuticos, envolvidos no tratamento da anemia com eritropoetina em pacientes assistidos no serviço de hemodiálise de PetrolinaPernambuco. Foram incluídos neste estudo 35 pacientes cujo tratamento com eritropoetina não estava enquadrado nos critérios de inclusão estabelecidos no Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica (PCDT) do Ministério da Saúde. O grau de observância do PCDT na assistência clínica foi 75% do esperado (Parcialmente Satisfatória) e na assistência farmacêutica 37% (Inexistente). A inobservância do PCDT pelos médicos se acentuou com o passar do tempo, chegando à condição insatisfatória a partir do 3º trimestre de tratamento (do 1º trimestre ao 1º ano, para adequar o tratamento com alfaepoetina as necessidades do paciente, a não observância do PCDT aumentou 325%). Considerando a soberania da clínica as doses solicitadas foram dispensadas, resultando a condição inexistente para a assistência farmacêutica. Propõese que o PCDT e a Portaria que regulamenta o uso da eritropoetina sejam revisados, permitindo aos prescritores medicar segundo as necessidades clínicas de cada usuário e aos dispensadores a realidade de uso desse medicamento.
No Brasil, o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) é a estratégia utilizada para acesso aos medicamentos especializados. O tratamento da anemia na Insuficiência Renal Crônica consiste na administração de alfaepoetina, que deve ser utilizado em todos os pacientes com níveis de hemoglobina abaixo de 11g/dL, independentemente do estágio da doença. Analisou-se neste estudo prescrição, dispensação e uso efetivo da alfaepoetina em pacientes em hemodiálise atendidos pela Farmácia de Pernambuco, Unidade Sertão do São Francisco (FPUSSF) em Petrolina-Pernambuco, no período 2009 a 2011. Realizou-se: uma análise documental; um estudo exploratório, descritivo, com informações elaboradas a partir de um banco de dados da FPUSSF; observação direta e entrevistas com gestores e profissionais de saúde (médicos e farmacêuticos) envolvidos no tratamento dos referidos pacientes. Foram incluídas informações de 35 pacientes em hemodiálise, que a partir da solicitação do tratamento com alfaepoetina não estavam enquadrados nos critérios de inclusão estabelecidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). O grau de observância do PCDTAlfaepoetina FPUSSF foi classificado, no global, inexistente, com 37% do esperado, com indícios de melhora a partir do 3º trimestre. As razões referidas pelos entrevistados para esse resultado foram: as doses dispensadas ao paciente se estabilizam, geralmente até o primeiro mês, mas só são alteradas a cada trimestre; e como a soberania da clínica é sempre considerada, as doses solicitadas pelos médicos são dispensadas para não prejudicar o paciente. A necessidade de revisão, adequando-se as diretrizes do CEAF ao PCDT ficou evidente no presente estudo
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