Este artigo é fruto de uma pesquisa qualitativa realizada com idosos de baixa renda que trabalham informalmente nas ruas de Belo Horizonte. As condições de escassez material fazem com que a coabitação seja recorrente entre estes indivíduos, contudo, esta estratégia para diminuir o impacto da pobreza permite às famílias estabelecer também trocas intergeracionais. Se, de um lado, existe o conflito devido à intensa convivência entre várias gerações, de outro, existe a solidariedade e o amparo mútuo dos familiares. Os idosos trabalhadores ocupam papel econômico central na vida das famílias em que os mais jovens estão desempregados ou subempregados, e, assumindo o papel de provedores do domicílio, os idosos mantêm o poder de negociação com as demais gerações com que convivem.
Os objetivos foram: investigar o percurso universitário de alunos cotistas após o ingresso nos cursos de graduação presenciais da UFOP; comparar o perfil acadêmico dos estudantes cotistas e da ampla concorrência e investigar oportunidades aproveitadas no percurso universitário pelos alunos. Utilizamos métodos quantitativos: estatística descritiva e testes de comparação de médias. As variáveis utilizadas foram: nível socioeconômico, nota do ENEM, coeficiente geral da UFOP, reprovação, evasão e oportunidades acadêmicas. Participaram 247 alunos (71 cotistas e 176 da ampla concorrência), ingressantes no primeiro semestre de 2013, pertencentes a seis cursos: Medicina, Nutrição, Engenharia Civil, Engenharia de Computação, Direito e Serviço Social. Dentre os principais resultados, destacamos: a maioria dos estudantes cotistas, embora tenha uma nota menor na pontuação do ENEM ao ingressar, tem desempenho acadêmico similar ao dos estudantes da ampla concorrência. Diversos resultados encontrados, de maneira geral, estão nesse mesmo sentido. Por exemplo: na amostra como um todo, ao compararmos a reprovação e a proporção de evasão de estudantes cotistas e de ampla concorrência, não encontramos diferença estatisticamente significativa. A política de cotas tem colaborado para o acesso de uma parcela significativa de estudantes de camadas populares no Ensino Superior, sobretudo nos cursos de maior prestígio.
Resumo Este artigo trata do envelhecimento humano sob a perspectiva histórica e sociológica ressaltando a importância do olhar analítico e crítico do pesquisador sobre a construção da velhice como problema social e da generalização do fenômeno. Fruto de uma pesquisa qualitativa sobre o cotidiano do trabalho e da família dos idosos trabalhadores de baixa renda em Belo Horizonte, este estudo traz algumas propostas metodológicas de abordagem sociológica do envelhecimento e levanta questões importantes a serem esclarecidas antes e durante a pesquisa deste tema construído histórica e socialmente, mas que também está diretamente ligado à realidade individual de finitude do corpo.
Para contribuir para o debate sobre a chegada dos jovens ao ensino médio, esta pesquisa analisou um grupo de estudantes de um distrito que, após a conclusão do ensino fundamental na escola local, passou a estudar na sede do município. Para compreender como percebiam seus processos de transição para o ensino médio, a pesquisa de campo foi realizada com base em entrevistas reflexivas com oito jovens e o material gerado foi analisado por meio de perfis de configuração com informações organizadas individualmente. Constatou-se que a transição para o ensino médio, especialmente para jovens do interior, é um momento no qual se amplia a rede de sociabilidade e surgem complexos desafios. Espera-se que os resultados da pesquisa contribuam para as discussões sobre os sentidos do ensino médio para jovens das camadas populares, sobretudo associados ao que planejam para o futuro.
RESUMO -Eu Não Queria Estar Aqui: juventude, ensino médio e deslocamento 1 . O ingresso no ensino médio significa, para muitos estudantes, um momento importante para o processo de constituição de suas identidades. Este artigo é fruto de um estudo que buscou compreender como jovens de um pequeno distrito que passaram a se deslocar diariamente para a sede do município para cursar o ensino médio perceberam esse processo de transição. Para a pesquisa, foram ouvidos oito jovens, e seus depoimentos foram analisados por meio de perfis de configuração. Constatou-se que, para eles, assim como para outros na mesma situação, o ingresso no ensino médio é um momento delicado de transição que, além da mudança de escola, exige alterações em suas rotinas, interfere em suas relações com o espaço e em seus laços de sociabilidade. Palavras-chave: Juventude. Ensino Médio. Escola.ABSTRACT -I Didn't Want to Be Here: youth, high school education and displacement. Entering the high school means, for many students, an important moment for the establishment of their identity. This article is the result of a study that sought to understand how young people from a small district that started to travel daily to the municipal center to study at the High School realized this transition process. Eight young people were heard, and their statements were analyzed using configuration profiles. It was found that, for them, as well as for others in the same situation, entering the High School is a delicate moment of transition that, besides the change of school, requires changes in their routines and interfere in their relations with the space and their sociability ties.
Este artigo é fruto de uma pesquisa realizada em Mariana, uma cidade do interior de Minas Gerais, Brasil, e que teve como principal proposta investigar as representações da escola feitas por três gerações na mesma família, ou seja, avós, pais e netos. Por meio de uma pesquisa de abordagem qualitativa, foram aplicados questionários a 96 jovens concluintes do Ensino Médio, de ambos os sexos, de duas escolas públicas da cidade e que convivem com os pais e os avós. Também foram ouvidos cinco pais e cinco avós de alunos selecionados a partir do questionário, com o objetivo de conhecer as mudanças ocorridas ao longo do tempo nas relações geracionais e nas expectativas profissionais e de formação do jovem. Observou-se, entre outras coisas, que a escola é uma instituição valorizada pela família, principalmente, porque é vista como um meio eficaz para se conseguir um bom emprego, embora haja divergências na visão do papel da escola entre diferentes gerações da mesma família. Para a geração dos pais, o foco está no indivíduo, isto é, o sucesso escolar e profissional é considerado mérito do estudante, que precisa ter interesse e determinação para realizar seus objetivos. Para os avós, a escola é o centro da Educação e a grande responsável pelo desempenho de um aluno na sua vida escolar e também profissional. Palavras-chave: Relação família e escola. Gerações. Ensino médio.
O final do Ensino Médio é um período de difícil transição para a vida adulta. Com o intuito de compreender como diferentes esferas de socialização influem nessa fase crucial de decisão e planejamento perante o futuro, foram selecionados para esta pesquisa alunos de quatro escolas públicas de Minas Gerais, duas delas localizadas em Belo Horizonte e outras duas em Mariana. A metodologia selecionada foi a qualitativa, e as técnicas utilizadas foram o questionário e a entrevista. O questionário visou identificar as tendências e fazer um panorama descritivo dos jovens egressos e suas famílias. As entrevistas contribuíram para uma análise da realidade cotidiana e dastransmissões intergeracionais entre avós, pais e jovens. Assim, essa pesquisa discute como as diferentes gerações presentes em um mesmo espaço doméstico enfrentam o ingresso no mercado de trabalho, como constroem suas estratégias e planos frente ao futuro e como se relacionam com outras esferas de socialização do jovem
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