Em "Linguagem e denúncia da interioridade em Nietzsche e nas Investigações Filosóficas de Wittgenstein", Krieger (2022) pretende aproximar Wittgenstein e Nietzsche. À primeira vista, uma proposta desse tipo soa estranha, pois esses dois filósofos não parecem possuir nada em comum, do ponto de vista filosófico. Como o próprio título mostra, porém, há um elemento em comum entre eles. Na verdade, há dois aspectos em comum, que são a linguagem e a denúncia da interioridade. Isso o leitor infere, a partir do título do artigo. Nesse sentido, é uma virtude do mesmo, pois um título que torna claro o que o autor apresentará é muito importante.
RESUMO:Neste artigo, complemento uma intuição de Ian Proops para o qual a sintaxe lógica no Tractatus Logico-Philosophicus é teoria do simbolismo. A teoria do simbolismo é a teoria da figuração. Esta é um conjunto de sete condições que uma proposição elementar deve satisfazer. Desse modo, se a teoria do simbolismo é a teoria da figuração, e se a teoria da figuração é um conjunto de condições, então a sintaxe lógica é um conjunto de condições. Estas condições mais a noção de operação formal fornecem o que é necessário para obter-se proposições complexas a partir de proposições elementares. Com isso, também esclareço alguns aspectos da discussão entre Cora Diamond e Peter Hacker sobre a sintaxe lógica no Tractatus. PALAVRAS-CHAVE: sintaxe lógica, teoria da figuração, operação. ABSTRACT: On this paper, I intend to complement the Ian Proop's insight whichTractatus Logico-Philosophicu's logical syntax is the theory of symbolism. The theory of symbolism is the theory of representation. This is set of seven conditions that an elemental proposition need obey. According to this, if the theory of symbolism is the theory of representation and if the theory of representation is a set of conditions, then the logical syntax is a set of conditions. This conditions plus the notion of truth-operation give what is necessary to get complex propositions from the elemental propositions. From this, I clarify some points in the discussion between Cora Diamond and Peter Hacker about Tractatus's logical syntax. KEY-WORDS: logical syntax, theory of representation, operation.
A comunidade filosófica africana possui um interessante, profícuo e importante debate sobre a linguagem. Por um lado, há os filósofos essencialistas cuja tese principal é o uso das línguas nativas para o ensino e prática filosófica. Por outro lado, há os filósofos não essencialistas que não se opõem ao uso de línguas estrangeiras para o ensino e prática filosófica. Neste artigo apresento os principais pontos deste debate a partir do quadro desenhado por Fayemi e argumento que da tese ideológico-política dos essencialistas não se segue a tese metafísica da impossibilidade de se expressar determinados aspectos da realidade.
É com muita satisfação que apresentamos este dossiê Interfaces da Filosofia Africana como edição especial da Voluntas: Revista Internacional de Filosofia. Antes de qualquer coisa, agradecemos ao editor principal, Vilmar Debona, que prontamente concordou em conceder esse número a uma tendência crescente nos estudos filosóficos brasileiros: a filosofia africana. A leitora ou o leitor podem estranhar que tal dossiê esteja presente em uma revista que historicamente se reservou a ser um espaço de discussão da filosofia do alemão Arthur Schopenhauer. Contudo, no interior do percurso teórico desse filósofo, sabemos que ele influenciou vários estudos que relacionaram Ocidente-Oriente a partir da filosofia vedanta. Uma influência iniciada no próprio Schopenhauer, pois fez do conhecimento dos Vedas base para os princípios de sua filosofia, a qual tinha o Nada como impulso da Vontade. Seguindo esse caminho, o primeiro dossiê em uma revista de filosofia reservada à filosofia africana ser justamente na Voluntas possui uma proximidade com esse aspecto biográfico da filosofia schopenhaueriana: um diálogo com outras filosofias. Para uma melhor condução da leitura dividimos os artigos que compõem o dossiê em temáticas: Ancestralidade e corpo; Conversas filosóficas; Filosofia Política; e Filosofia Antiga. Com isso os 16 artigos apresentam as diferentes Interfaces que a filosofia africana possui e contribui para o pensamento filosófico.
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