Resumo: Este artigo está estruturado em três seções. Na primeira procuro mostrar como a busca por uma concepção alternativa de normatividade prática na filosofia moral contemporânea guarda afinidades com o projeto nietzschiano de crítica da moralidade. Na segunda seção examino os mé-ritos e as limitações da tentativa de Brobjer de filiar Nietzsche à tradição grega da ética das virtudes. Na terceira seção examino as distintas motivações da crítica de Nietzsche à solução moral para o problema da normatividade prática e defendo a tese de que esta diversidade de motivações torna sua posição instável, oscilando entre uma versão consequencialista e uma não consequencialista do perfeccionismo. Não discuto exaustivamente, mas sugiro que a versão não consequencialista é mais consistente com alguns compromissos importantes da filosofia de Nietzsche.
Palavras-chave:Nietzsche -filosofia moral -normatividade prática -perfeccionismo -consequencialismo -ética das virtudes
I. A presença difusa de Nietzsche na filosofia moral contemporâneaObjeto de uma desconfiança generalizada na primeira metade do século XX, questões relacionadas à normatividade (moral, polí-tica, prudencial, epistêmica) voltam a ocupar um lugar de destaque
Resumo: O objetivo deste artigo é mostrar que o modo como Pascal reage à tentativa de Montaigne de retomada da filosofia como forma de vida a partir de uma releitura de certos elementos da tradição cética terá um impacto considerável no modo como o próprio Nietzsche, mais de dois séculos depois, procura retomar este mesmo projeto em suas obras do período intermediário (seção III). Segundo o diagnóstico de Nietzsche, a crise do cristianismo no início da modernidade não significou o desenvolvimento de uma vida contemplativa emancipada das ilusões religiosas, mas a degradação, para não dizer a supressão pura e simples, do ideal da vida contemplativa e a imersão no ativismo moderno (cf. GC 359, ABM 58). A conhecida trilogia consagrada aos espíritos livres é em grande medida uma tentativa de se contrapor a essa tendência e recuperar um sentido não religioso da vida contemplativa no improvável contexto da sociedade burguesa da segunda metade do século XIX. O que tentarei mostrar é que partir de Aurora, Pascal se converterá em seu mais ilustre oponente. Mas inicialmente, (I) apresento o modo como Montaigne transforma a herança do ceticismo antigo, e na sequência (II) ofereço uma exposição de como Pascal reage à sua própria época, em especial ao projeto de retomada do ideal de vida contemplativa sem a tutela do cristianismo, projeto este que encontra em Montaigne seu principal representante. Palavras-chave: ceticismo -vida contemplativa -MontaignePascal -integridade intelectual.
RESUMO: Na mina subterrânea Pilar, de propriedade da Jaguar Mining Inc., a instabilidade do hangingwall é um desafio constante, sendo refletido em valores consideráveis de overbreak. Um dos fatores responsáveis por essa instabilidade é o contato entre a formação ferrífera e o xisto carbonoso, ao longo de todo hangingwall da lavra. Diversas ações foram tomadas em conjunto pelas áreas de Operação, Planejamento, Mecânica de Rochas e Geologia, buscando melhorar a estabilidade dos realces, sendo uma delas o abandono temporário de pilares parciais ao longo da lavra, sendo os mesmos recuperados na etapa de enchimento do subnível. Após o início da adoção dessa medida, foram obtidos valores satisfatórios de estabilidade e overbreak, tornado essa prática um procedimento padrão.
Resumo: Este artigo é uma homenagem à trajetória de André Itaparica na pesquisa Nietzsche brasileira. Feita de um ponto de vista sobretudo pessoal, esta homenagem não poderia deixar de mencionar algumas das virtudes que se sobressaem em seu trabalho e que no meu entendimento conferem exemplaridade às suas contribuições para os estudos Nietzsche no Brasil. Entre essas virtudes destaco por fim a gentileza, que curiosamente não costuma figurar no catálogo das virtudes intelectuais. O trabalho de André Itaparica é um convite para que essa negligência seja revista.
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