Resumo O sound designer americano Alan Splet (1939-1994) participou da produção de 25 filmes. Com o diretor David Lynch, criou efeitos sonoros e ambiências mais livres de vínculos com a verossimilhança. Eles trabalharam juntos no curta-metragem The grandmother (1970) e nos longas-metragens Eraserhead (1977), O homem elefante (The elephant man, 1980), Duna (Dune, 1984) e Veludo azul (Blue velvet, 1986). A forte influência surrealista na filmografia de Lynch estimulou soluções de Splet que se assemelham ao trabalho de som do gênero cinematográfico do horror, o que se reconhece até na recente temporada de 2017 da série de TV Twin Peaks, com direção e sound design do próprio cineasta. Este artigo aborda os procedimentos de edição de som mais usuais na filmografia desse gênero, comparados à edição de efeitos sonoros desse sound designer.
artists, mainly surrealist and expressionist ones, are some of the elements we observe. We intend to demonstrate how it is possible to produce quality mediatic entertainment.
Este artigo trata dos aspectos do cinema de David Lynch. David Lynch é um cineasta de reconhecida importância no atual quadro da produção audiovisual mundial. Seus filmes, como Eraserhead, Veludo azul, A estrada perdida, entre outros, trabalham com alguns temas recorrentes e apresentam algumas características que se repetem, o que permite qualificá-los como traços autorais.
Este trabalho trata do filme de horror australiano Host (Rob Savage, 2020), realizado para o canal de streaming Shudder, no primeiro semestre de 2020, durante a quarentena que paralisou o planeta por causa da pandemia da COVID-19. Dirigido a distância para emular uma sessão espírita organizada por seis amigos via aplicativo Zoom, o filme, encenado por seis atrizes e um ator com câmeras caseiras, traz ao primeiro plano o mal-estar do confinamento mediado pelos computadores e celulares. A partir de uma análise de Host, buscaremos observar como esse filme de horror nos oferece reflexões sobre a primeira experiência global de quarentena permeada pelas mídias digitais e pela internet.
Este artigo tem como objetivo analisar como o cinema de Luis Buñuel lida com a devoção de protagonistas no exercício de algum grau no sacerdócio, especialmente o cristão, permeado pelo ateísmo do cineasta e pelo surrealismo em sua obra, já que os infortúnios da religiosidade são recorrentes como tema em sua filmografia. A partir dos conceitos de surrealismo e suas estratégias na construção audiovisual da desarticulação racional, três filmes com protagonistas sacerdotais são analisados em termos de quanto eles se alinham ou diferem daqueles atributos do movimento surrealista, em busca de particularidades. Os filmes são Nazarin (de 1959), Viridiana (de 1961) e Simão do deserto (de 1965). Eles também são comparados entre si e com as características surrealistas específicas e críticas da religião, recorrentes no trabalho do cineasta espanhol, a fim de observar em que medida elas se aplicam a cada um deles. Em todos os três filmes, as adversidades dos protagonistas reforçam a sensação de que sua devoção e seu sacrifício não podem tornar os beneficiários melhores nem realizar seus próprios planos. Na prática, a perspectiva supostamente isenta defendida pelo diretor reitera a inutilidade da fé, numa construção lógica que se afasta do princípio subconsciente surrealista, estratégia que somente Simão do deserto (de 1965) recupera claramente, embora mantendo a mesma tese.
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