Este manuscrito resulta de investigação realizada junto a professores e professoras rurais no estado de Rondônia, região amazônica no Norte do Brasil. As narrativas que compõem o artigo foram extraídas de entrevistas com professores e professoras que atuaram ou atuam em escolas rurais no Vale do Jamari, Zona da Mata e Cone Sul, sub-regiões do estado de Rondônia. A indagação inicial é a seguinte: o que dizem professoras e professores sobre suas atribuições na escola rural? Um dos objetivos da pesquisa foi identificar e analisar parte dos processos de inserção, formação e atuação de professoras e professores em escolas rurais a partir dos anos de 1980 (século XX) ao início do século XXI. Em termos metodológicos, utilizamos prioritariamente fontes orais, coletadas por meio de entrevista semiestruturada. Os dados recolhidos foram sistematizados pelos investigadores com auxílio do software MaxQda. Entre os diversos teóricos, fundamentamo-nos em Barros e Ferreira (2020), Lima (2019), Matias (2019), Meihy (2005), Nunes (2019) e Silva (2019), entre outros. A pesquisa de cunho histórico em educação prioriza contextos de escolas rurais e corrobora para o melhor entendimento sobre os fazeres de docentes.
O artigo objetiva analisar os percalços e desafios enfrentados por professoras e professores para o exercício da profissão docente no meio rural entre as décadas de 1980 a 1990 em Ariquemes – RO, região Norte do Brasil. Entre as indagações destacamos: de que modo o magistério rural estava organizado em termos de carreira e grau de instrução de professoras e professores? Quais as atribuições das professoras e professores nos cotidianos das escolas rurais? Em termos metodológicos utilizamos fontes históricas diversas, entre elas declarações; discursos governamentais e fontes orais coletadas por meio de entrevistas semiestruturadas com professoras e professoras que exerceram e/ou ainda exercem o magistério no meio rural. Compreende-se a partir da investigação que o ingresso na carreira docente ocorria por meio de indicação da comunidade e que a prática docente nas escolas rurais eram de modo multisseriado. As quatro primeiras séries do primeiro grau dividiam o mesmo espaço da escola e as professoras e professores rurais enfrentavam várias dificuldades, alguma delas: percorrer longínquas distâncias para lecionar, tripla e quádrupla função, entre outras funções. Por estes artifícios as professoras e professores representavam o modelo social do intelectual cidadão e lecionar nas escolas rurais não representava um serviço, tampouco uma inserção no mercado de trabalho, mas uma ajuda a sua própria comunidade.
O presente artigo foi elaborado a partir de atividades desenvolvidas no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). Seu objetivo foi apresentar uma análise da aplicação de um planejamento, baseado na Pedagogia histórico-crítico (PHC) sobre literatura infantil, em uma turma do 2º ano do Ensino fundamental de uma escola pública de Ariquemes/RO. A base teórica que deu sustentação ao estudo se pautou em autores como Saviani (2008, 2011) e Gasparin (2012). Eles defendem uma educação pública que possibilite a apropriação dos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade. Foi possível constatar que a aplicação da PHC é possível nos anos iniciais e que possibilita apropriação de conhecimentos científicos a partir do que os alunos já conhecem.
O estudo em foco é apresentado como relato de experiência, sendo resultado das atividades desenvolvidas no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID) no decorrer do ano de 2016. O trabalho objetiva refletir os resultados da aplicação de um planejamento histórico-crítico sobre leitura e escrita em uma escola municipal de Ariquemes/RO, com uma turma do terceiro ano do Ensino Fundamental. Inicialmente fez-se uma revisão bibliográfica pautada na pedagogia histórico-crítica, tendo como principais autores Saviani (2008, 2011) e Gasparin (2012). Na sequência foi realizada uma entrevista semiestruturada com a professora da sala e 32 horas de observações auxiliando a professora da turma. Após o reconhecimento dos alunos e dos conhecimentos já adquiridos por eles sobre a temática, elaborou-se o planejamento interdisciplinar de 32 horas. A partir das atividades desenvolvidas, considera-se que a pedagogia histórico-crítica é um método inovador para as instituições de ensino, pois possibilita a apropriação de conhecimentos científicos sem desconsiderar sua relação com os conhecimentos cotidianos. As ações docentes desenvolvidas com base em tal pedagogia demonstraram sua eficiência no ensino-aprendizagem, perceberam-se melhorias na qualidade da leitura e da escrita da maioria das crianças, além de maior interesse delas pelas aulas.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.