ResumoO que é a superexploração da força de trabalho? Como a superexploração funciona? Quais são seus impactos para a classe trabalhadora? O presente artigo busca responder a essas questões, demonstrando como a categoria introduzida por Ruy Mauro Marini pode ser compreendida em acordo com a teoria marxista do valor, e como ela se articula com a determinação do valor da força de trabalho. O texto foi elaborado tendo em vista tanto contribuir para uma compreensão mais ampla dessa categoria quanto para apresentá-la àqueles que não são conhecedores do debate sobre a dependência. Palavras-chave: Superexploração; Teoria da Dependência; Teoria do Valor. Abstract What is superexploitation?What is the superexploitation of labour power? How does superexploitation operate? What are its impacts on the working class? This paper aims to answer these questions, showing how the category introduced by Ruy Mauro Marini can be comprehended in accordance with the Marxist theory of value and how it relates to the determination of the value of labour power. The text has been written in order to contribute both to a broader understanding of this category and to present it for those who are not knowledgeable about the dependency debate. Introdução"O fundamento da economia dependente é a superexploração do trabalho" (Marini, 1972, p. 101, tradução própria). Com essa frase, a difusão da teoria da dependência na versão dada por Ruy Mauro Marini tem atingido patamares cada vez mais significativos, desde o seu surgimento há aproximadamente 50 anos. Hoje, a teoria da dependência é um dos mais influentes aportes teóricos de orientação marxista que buscam analisar as relações econômicas no mercado mundial, de forma que quem pretende compreender o funcionamento do modo de produção capitalista em escala global não se pode dar ao luxo de desconhecê-la. E para conhecê-la, tendo em vista a afirmação que abre esse textode autoria daquele que atualmente é tido como o maior expoente desse campo teórico -, é preciso entender o que é a superexploração do trabalho.Segundo Marini (1972, p. 42), a superexploração do trabalho corresponde a uma situação na qual os salários pagos aos trabalhadores são inferiores ao valor da força de trabalho,
FHC é marxista ou weberiano? Ao analisar o debate sobre a teoria da dependência, encontramo-nos na confusa situação de ver nos textos datados de 1970 e 1980 a afirmação de que esse autor seria marxista, mas na literatura atual ele é claramente apontado como weberiano. O presente artigo busca esclarecer essa questão por meio da análise tanto dos argumentos recentes sobre sua aproximação à Weber quanto do método empregado em seus estudos. O resultado a que chegamos é que devemos reconhecer o marxismo como a principal base teórica desse autor.
Este artigo tem como objetivo principal verificar a eficiência do regime de Metas de Inflação proposto pela abordagem teórica dominante do mainstream. Para tanto, percorreremos o caminho desenvolvido historicamente pela estrutura teórica de onde emergiu esse regime a fim de evidenciar a fonte de seus pilares. Em seguida, verificamos o comportamento de sua execução para uma dada quantidade de países que adotam e não adotam o regime a fim de observar o diferencial conquistado em algumas de suas variáveis como taxas de inflação, crescimento do produto e desemprego. Por fim, apresentamos as conclusões alcançadas a fim de evidenciar se há vantagens no uso de uma política monetária como o regime de Metas de Inflação, que priorize a manipulação de uma variável, ou se políticas monetárias mais ativas, que levem em conta a instrumentalização de outras variáveis, poderão alcançar resultados mais satisfatórios para a política econômica como um todo. O principal resultado obtido é que, ao mesmo tempo em que não podemos afirmar que o regime de Metas de Inflação é o modo mais eficiente para controlar a elevação do nível de preços, ele parece penalizar o desempenho de outras variáveis macroeconômicas, tais como crescimento do produto e nível de emprego, sobretudo para o caso dos países em desenvolvimento.
Resumo: O artigo sistematiza as principais indicações de Karl Marx sobre sua compreensão a respeito do funcionamento do mercado mundial. Inicia-se pela análise da composição desse mercado mundial à época de Marx, observando que o mesmo consistia em um amálgama de sociedades dominadas por distintos modos de produção. Após aprofundar na forma como Marx via a divisão internacional do trabalho, o artigo se volta para o fluxo de valor entre nações que se depreende das trocas internacionais e para o papel que a expansão do mercado mundial desempenha como resolução temporária das contradições imanentes à acumulação capitalista e suas crises.
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