O presente trabalho tem por objetivo evidenciar as relações entre o pensamento de Raymundo Faoro e de Fernando Henrique Cardoso no que tangem ao papel da burocracia estatal no desenvolvimento da nação. Analisando a obra “os donos do poder” de Faoro e um conjunto mais amplo de trabalhos de Cardoso, buscamos evidenciar as semelhanças e dissimilitudes no pensamento dos dois autores. Percebemos que, a despeito de discordarem com relação à autonomia da burocracia frente às classes, o conceito de “estamento burocrático” de Faoro se aproxima às categorias de “burguesia de Estado” e “anéis burocráticos” de Cardoso, de modo que ambos concordam com a impossibilidade de se compreender o desenvolvimento capitalista no Brasil sem levar em consideração as forças políticas que dominam a nação.
Este artigo tem como objetivo principal verificar a eficiência do regime de Metas de Inflação proposto pela abordagem teórica dominante do mainstream. Para tanto, percorreremos o caminho desenvolvido historicamente pela estrutura teórica de onde emergiu esse regime a fim de evidenciar a fonte de seus pilares. Em seguida, verificamos o comportamento de sua execução para uma dada quantidade de países que adotam e não adotam o regime a fim de observar o diferencial conquistado em algumas de suas variáveis como taxas de inflação, crescimento do produto e desemprego. Por fim, apresentamos as conclusões alcançadas a fim de evidenciar se há vantagens no uso de uma política monetária como o regime de Metas de Inflação, que priorize a manipulação de uma variável, ou se políticas monetárias mais ativas, que levem em conta a instrumentalização de outras variáveis, poderão alcançar resultados mais satisfatórios para a política econômica como um todo. O principal resultado obtido é que, ao mesmo tempo em que não podemos afirmar que o regime de Metas de Inflação é o modo mais eficiente para controlar a elevação do nível de preços, ele parece penalizar o desempenho de outras variáveis macroeconômicas, tais como crescimento do produto e nível de emprego, sobretudo para o caso dos países em desenvolvimento.
Esta obra é licenciada por uma Licença Creative Commons: Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional -(CC BY-NC-ND 4.0). Os termos desta licença estão disponíveis em: . Direitos para esta edição cedidos à Pimenta Cultural. O conteúdo publicado s u m á r i o Marxismo. APRESENTAÇÃO Entre os dias 23 e 27 de novembro de 2020, o Netsib-Ufes -Núcleo de Teoria Social e Interpretação do Brasil organizou o II Seminário de Pensamento Social Brasileiro -Intelectuais, cultura e democracia.Neste evento foram apresentadas mais de uma centena de comunicações divididas em áreas temáticas, mesas redondas, além das conferências de abertura e encerramento. Os apresentadores de trabalho e conferencistas vieram das mais diversas regiões do país interessados em debater estes temas candentes do pensamento social brasileiro e do contexto social e político em que vivemos.Este livro é fruto dos debates realizados durante o evento, cujos autores, gentilmente, se dispuseram a encarar o desafio de compartilhar suas reflexões com público mais amplo. Os textos foram divididos em 4 volumes que compõem a Coleção
Este trabalho tem por objetivo apresentar uma compreensão sobre a dinâmica da produção intelectual no ciclo do capital industrial. Buscaremos visualizar como o conhecimento, na forma da propriedade intelectual, pode ser apreendido no processo de produção capitalista e quais os impactos do mesmo no circuito de acumulação. Procuraremos com isso desvendar como se determina seu preço. A teoria do valor de Marx, a partir de categorias como a mais valia extra e a renda da terra, se mostrará como ferramenta eficaz para o desenvolvimento de tal compreensão.
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