Nos últimos anos, mais e mais estudos têm apontado para as limitações das explicações do sucesso eleitoral dos partidos populistas radicais de direita pelo lado da demanda. Eles argumentam que fatores do lado da oferta também precisam ser incluídos. Embora os autores anteriores tenham feito essas reivindicações com base em argumentos puramente empíricos, este artigo fornece uma argumentação (meta)teórica para a importância das explicações do lado da oferta. O artigo discorda da visão dominante sobre a direita radical populista, que a considera um ser estranho aos valores dominantes nas democracias ocidentais contemporâneas - a “tese da patologia normal”. Em vez disso, argumenta que a direita radical populista deve ser vista como uma interpretação radical dos valores dominantes, ou mais semelhante a uma normalidade patológica. Este argumento é fundamentado com base em uma análise empírica das ideologias partidárias e atitudes de massa. O deslocamento paradigmático proposto tem profundas consequências para a forma como a direita radical populista e a democracia ocidental se relacionam, além de como a direita radical populista é melhor estudada. Mais importante, torna a demanda por políticos populistas radicais de direita mais uma suposição do que um quebra-cabeça, e direciona o foco principal de pesquisa para a luta política sobre questões de destaque e posições (posicionamentos), e para o papel dos partidos populistas radicais de direita nessas lutas.
O trabalho analisa a participação do grupo financeiro Itaúsa no financiamento eleitoral nas eleições de 2012 e 2014. Um dos maiores do país, configura-se com empresas financeiras e industriais, destacando-se o Itaú Unibanco. Utilizaram-se os dados do TSE e recursos da Análise de Redes Sociais (ARS). Constatou-se uma doação total declarada de R$ 52 milhões, distribuída entre 26 partidos e 359 candidatos, mas concentrada em dois partidos (PSDB e o PT) e nos postulantes à presidência, incluindo o candidato do PSB em 2014. Neste ano, o Grupo ampliou as doações para candidatos à Câmara Federal e aquelas destinadas a alguns estados do Nordeste. As doações parecem seguir três estratégias complementares: a) pulverização seletiva e concentrada das doações; b) financiamento focado em candidatos homens, brancos, com escolaridade superior e reconhecido capital político. c) apoio ampliado aos partidos de oposição ao governo nas eleições de 2014.Palavras-chave: Eleições Brasil, Financiamento Eleitoral, Grupo Financeiro, Itaúsa.
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