Na primeira metade da década de 1940, o jovem estudante de antropologia Octávio da Costa Eduardo, formado pela Escola Livre de Sociologia e Política, aprofundou sua formação no Departamento de Antropologia da Northwestern University, nos EUA, sob a orientação de Melville J. Herskovits. Em sua pesquisa de campo no estado do Maranhão, realizada entre novembro de 1943 e junho de 1944, ele encaminhou, periodicamente, cartas a seu orientador, nas quais relatava o avanço da pesquisa e informava sobre questões de ordem pessoal. Esta introdução tem como objetivo contextualizar a trajetória acadêmica, as atividades profissionais e a produção intelectual de Costa Eduardo durante o período, a fim de municiar os leitores para o conjunto de vinte cartas que seguem reproduzidas nesta edição.
rior do Governo do Estado de São Paulo (atualmente integrado à Unesp), ocorrida entre 1958 e 1960, destacando a importância do período em sua trajetória intelectual e acadêmica. Apesar de breve, e pouco comentada, a transferência para Assis foi decisiva na: a) passagem profissional do campo da sociologia para a área de literatura; b) na estruturação de uma plataforma de ensino que será retomada na direção do curso de Teoria Liter ária e Literatura Comparada na FFLC/USP; c) no estímulo para a elaboração dos primeiros escritos da fase madura de sua produção crítica, marcada pela preocupação com o processo de redução estrutural.
Esta entrevista foi realizada com Kevin A. Yelvington, professor do Departamento de Antropologia da Universidade do Sul da Florida (USF), Tampa (EUA). Especialista na região etnográfica do Caribe, autor de livros e artigos sobre etnicidade, relações de gênero e condição de classe em Trinidad, Yelvington tem se debruçado, entre outros projetos de pesquisa, sobre a trajetória intelectual e a produção intelectual de Melville J. Herskovits, o principal estudioso da África e da Afro-América na antropologia norte-americana na primeira metade do século XX.1 A partir do levantamento de informações em arquivos norte--americanos e no exterior (incluindo o Brasil) e entrevistas com ex-alunos e pessoas próximas a Herskovits, Yelvington vem reconstruindo os fundamentos teórico-conceituais, as influências e débitos intelectuais, a rede de contatos e interlocutores, a inserção institucional e as atividades formativas, as críticas sofridas e o legado deixado por Herskovits.A entrevista se divide em três partes. Na primeira, a conversa gira em torno da biografia, da formação acadêmica e do projeto intelectual de Herskovits, com especial ênfase nas pesquisas de campo realizadas por ele. Em seguida, na segunda, sobressai a contribuição e o legado de Herskovits para a constituição de uma agenda de estudos antropológicos no Caribe, seja por meio de sua própria produção, seja por meio da obra de seus alunos e discípulos. Por fim, na terceira se avança para os principais temas antropológicos de pesquisa que marcaram os estudos dedicados ao Caribe, dos anos 1980 ao momento atual.
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