Resumo: Este artigo visa aproximar o conceito de mito, como definido por Roland Barthes em sua obra Mitologias, da noção de studium estabelecida em seu outro livro, A câmara clara, uma vez que essa noção barthesiana acena com a possibilidade de compreensão a partir de uma espécie de remanejamento daquele conceito de mito para o campo do fotográfico.Trabalhamos com a hipótese de que esses operadores barthesianos podem ainda ser úteis para pensar as imagens na contemporaneidade dos estudos de visualidade.Palavras-chave: imagem; studium; mito; punctum; fotografia; Roland Barthes.Abstract: How to read images? The Roland Barthes's lesson -This paper aims to bring together the concept of myth as Roland Barthes has defined it in his work Mythologies; as well as the notion of studium established in another of his books, The camera lucida, since this Barthesian notion beckons with the possibility to be understood as a sort of rehandling of this concept of myth to the field of photography. We work with the hypothesis that these Barthes's operators can still be useful in the analysis of images in the contemporary studies of visuality.Keywords: image; studium; myth; punctum; photography; Roland Barthes.
Notas introdutóriasPassados pouco mais de trinta anos do acidente de Barthes em 1980 1 , o estado de arte de sua obra avolumou-se consideravelmente e nos permite, com o distanciamento do tempo, desconfiar que, ainda que quisesse ser esse "sujeito incerto" e "impuro", em que cada atributo seria combatido pelo seu contrário, como nos fazia saber em 1 Sabe-se, desde a publicação da biografia de Jean-Louis Calvet (1993)
Do signo ao mito -uma análise semiológica das capas de revistaMen's Health e G Magazine
Abstract:This work"s main goal is to develop a reading of the verb-visual elements on the cover of the Brazilian male magazines Men's Health and G Magazine From the theoretical model proposed by Roland Barthes in his bookMythologies. Despite being the later directed to a homosexual public and the former to a heterosexual one, it"s possible to note a rather similar structure on the cover of these publications. On both there"s a picture of a well built athletic man displaying his naked thorax and surrounded by headlines.
Resumo: O presente artigo constitui-se numa resenha e numa pequena exegese de alguns dos mais notáveis textos de comentadores internacionais, notadamente aqueles ainda não traduzidos em língua portuguesa, a se consagrar ao derradeiro livro de Roland Barthes publicado em vida do autor: A câmara clara. O que aqui se propõe é oferecer subsídios para uma melhor elucidação dessa importante obra, que, a trinta anos de seu surgimento, continua pouco estudada, sendo assim desperdiçada sua enorme contribuição às ciências da comunicação e, sobretudo, às reflexões em torno do papel da imagem fotográfica no mundo contemporâneo. Sustentamos a hipótese de que, sendo um semioclasta, mais que um iconoclasta, Barthes estava em melhor posição para ler e entender imagens.
Resumo Este ensaio busca reler O Império dos signos, em que Barthes elabora, à sua maneira, uma espécie de etnografia da cultura oriental, especialmente a arte de vida japonesa, que será para ele como a revelação de uma estética muito pessoal, que ele parece ter intuído desde O Grau zero da escritura: a estética do vazio. Essa estética encontra, por hipótese, conclusão sob o nome de Neutro, essa utopia da linguagem que suspende toda a significação. A meio caminho entre O Grau zero da escritura e O Neutro, O Império dos signos será o pivô desta pesquisa.
Este artigo busca, por um lado, apresentar em grandes linhas o agricultor-fotógrafo nipo-londrinense Haruo Ohara, e, por outro, demonstrar que sua produção fotográfica está em plena consonância com as características estéticas que definem a fotografia moderna brasileira.
A extensa obra de Roland Barthes, apesar da aparente incoerência teórica, apontou sempre para uma conjunção, para um norte. No extremo desse caminhar, encontramos no fim de sua carreira como escritor o conceito do Neutro, conceito esse que funciona como uma espécie de bússula emotiva, na busca do escape dos paradigmas. Baseando-nos na última década de sua produção intelectual, mais especificadamente no curso ministrado no Collège de France, chamado O Neutro (1977-1978), buscamos nesse artigo justificar um possível entendimento do conceito do Neutro na escritura barthesiana. Conceito esse formulado buscando uma fuga às significações cristalizantes, tão constantes em nosso mundo. O presente trabalho é uma forma de percorrer rapidamente esse conceito, para colocar em discussão essa possibilidade, que a obra de Barthes nos permite como pesquisadores.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.