IntroduçáoPor que, quando e o que mudar? Como mudar? Como avaliar a mudança? Nas últimas décadas, estas são perguntas constantes para os profissionais envolvidos com educação médica e atenção à saúde em todo mundo.Huberman (1973, p.18) considera que mudar em educação é "a ruptura do hábito e da rotina, a obrigação de pensar de forma nova em coisas familiares e a de tornar a pôr em causa antigos postulados".Esses questionamentos tomam proporções cada vez maiores quando se constata no dia-a-dia a falência dos modelos tradicionais em relação à qualidade de vida e de saúde das pessoas.Em 1997, a Faculdade de Medicina de Marília -Famema -promoveu uma reforma curricular no curso médico e após cinco anos do desenvolvimento de um currículo centrado no estudante, baseado em problemas e orientado à comunidade, pode-se identificar algumas conquistas, mas também vários desafios a serem enfrentados nessa proposta de mudança na formação médica.
Por que mudar?A contradição entre o crescente desenvolvimento tecnológico de um lado e a baixa resolução de problemas de saúde prevalentes de outro denota a limitação das concepções tradicionais de educação médica e do modelo brasileiro de atenção à saúde.Parte deste insucesso pode ser atribuído aos custos crescentes decorrentes da incorporação tecnológica, à política de distribuição e acesso aos serviços de saúde, à redução da clínica aos aspectos biológicos e à ausência ou deterioração do papel do Estado na defesa da vida e da saúde das pessoas.Challenges in the development of an innovative curriculum: the experience of the Marília Medical School espaço aberto
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