Pesquisa realizada nos CAPS da cidade de Goiânia, com o objetivo de analisar as principais características da intervenção profissional da Educação Física. A pesquisa foi realizada a partir de observações participantes de professores de Educação Física que trabalham no CAPS e de relatos de experiência de três profissionais vinculados há pelo menos um ano a esta instituição, concedidos em forma de entrevista semiestruturada. Os resultados indicam que há aproximações do trabalho desenvolvido pelos professores de Educação Física com os princípios do CAPS e que apesar de avanços relevantes, os profissionais ainda estão aprendendo a lidar com os novos desafios.
Este artigo analisa os desafios dos CAPS para a consolidação de intervenções de cuidado que utilizam recursos do território. A pesquisa foi realizada em oito CAPS do município de Goiânia com o objetivo de compreender as dificuldades encontradas pelos profissionais de educação física para o desenvolvimento de atividades no território. Para tanto, realizamos entrevistas com 18 profissionais que foram analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo. Os resultados indicam que os principais desafios podem ser sintetizados em duas categorias inter-relacionadas: (1) desinstitucionalizar o cuidado; e (2) institucionalizar parcerias. Concluímos que a desinstitucionalização do cuidado requer superação de dificuldades relacionadas a estigmas, preconceitos e inseguranças, presentes na sociedade e que ainda reverberam entre os profissionais de saúde mental investigados. A institucionalização de parcerias aponta para a necessidade de enfrentamento das precárias condições de trabalho e da fragilidade das políticas de gestão que dificultam a formalização de parcerias interinstitucionais e comprometem a consolidação da Rede de Atenção Psicossocial. Portanto, concluímos que o processo de desinstitucionalização do cuidado ainda encontra-se como grande desafio para o movimento de Reforma Psiquiátrica em Goiânia, especialmente na construção do cuidado ao usuário com utilização de recursos do território.
O objetivo da pesquisa foi compreender a rotina de trabalho dos professores de Educação Física nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), com a identificação de suas ações cotidianas e das práticas que dão identidade à Educação Física. A metodologia se desenvolveu a partir de pesquisa de campo de caráter exploratório, realizada em sete CAPS da cidade de Goiânia/GO, com observação da rotina semanal de trabalho de 17 professores de Educação Física. Como resultado, identificamos duas categorias interligadas que auxiliam na compreensão da rotina do trabalho: o cuidado terapêutico, com 63,8%, e o planejamento, organização e avaliação do cuidado terapêutico, com 36,2%. A maior parte das oficinas terapêuticas envolvia práticas corporais, o que demonstra que a identidade da Educação Física encontra-se contemplada.
O objetivo deste artigo é explicitar as contradições da defesa dos serviços oferecidos pelas academias de ginástica como essenciais à saúde em momentos de intensificação de casos da Covid-19. Analisou-se o modo como a concepção hegemônica que relaciona exercício físico e saúde é utilizada para justificar a reabertura destes estabelecimentos em momento de ascensão de casos e óbitos. Buscamos evidenciar como esse discurso assume um caráter ideológico. Apesar de ser uma necessidade, o exercício físico, produzido como mercadoria, apresenta seu valor de uso subsumido ao valor de troca, ou seja, é produzido prioritariamente para responder à necessidade de acumulação de capital. Reiteramos nossa concordância com a importância do exercício físico à saúde, mas problematizamos que deve ser considerado como uma necessidade historicamente produzida, portanto, articulada à particularidade de determinado momento histórico.
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