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A experiência da maternidade por adoção de um grupo de irmãos pode se configurar como um desafio no pós-adoção, mas a literatura sobre o assunto é escassa. Pensando nisso, o objetivo do presente estudo foi compreender como se construiu a relação mãe-filhos, em um caso de adoção de grupo de irmãos, ao longo de dez sessões de psicoterapia de referencial teórico psicanalítico e da teoria do apego. Utilizou-se a Análise Temática nas transcrições das sessões para buscar aspectos específicos da adaptação mãe-três filhos e identificar padrões de temas e subtemas. Os resultados ressaltaram um período de idealização dos filhos mais novos, sustentado por dificuldades na adaptação com o filho mais velho. Essas dificuldades iniciais foram superadas na medida em que a mãe pode ver com os filhos mais novos de forma menos idealizada e pode construir uma identificação com o mais velho. Foi necessário um período de intensa disponibilidade emocional materna às necessidades individualizadas dos seus três filhos, como se fossem trigêmeos de idades diferentes. Ressaltou-se a importância prévia da preparação da família para a adoção de irmãos e a necessidade de um cuidado maior com o filho que desempenhou o papel parental com o grupo de irmãos antes da adoção.
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