This article aims to analyze the discursive construction of the movement Gays com Bolsonaro through its Twitter profile (@gaycombolsonaro). From their discursive practices, we illuminate their alliances with elements of heterocisexism (BORRILLO, 2010; JUN, 2018) and the consequent legitimation of this ideology. Based on the Discourse Analysis (ROCHA, 2014) and on the tweets and retweets of this self-titled “new LGBT movement”, we point out how the formation of this online discursive network – constitutive of this movement – has, as one of its bases, the polemic negation (DUCROT, 1987) that it establishes in relation to the previous movements. In this sense, we note the construction of a type of nationalist discourse that is produced in opposition to the discussions and agendas of the LGBTI movement, contributing to its erasure.
Resumo Este artigo busca refletir sobre a construção discursiva do movimento Gays com Bolsonaro (GcB) por meio de seu perfil no Twitter (@gaycombolsonaro). A partir de suas práticas discursivas, iluminamos suas alianças com elementos do heterocissexismo (BORRILLO, 2010; JUN, 2018) e a consequente legitimação dessa ideologia. Tendo como base a Análise do Discurso (ROCHA, 2014) e como corpus os tweets e retweets deste autointitulado “novo movimento LGBT”, apontamos como a formação dessa rede discursiva on-line – constitutiva desse movimento – tem como uma de suas bases a negação polêmica (DUCROT, 1987) que estabelece em relação aos movimentos anteriores. Nesse sentido, assinalamos a construção de um tipo de discurso nacionalista que é produzido em oposição às discussões e pautas do movimento LGBTI, contribuindo para o seu apagamento.
Resumo: Este artigo tem por objetivo abordar dois contos presentes na coletânea de contos e crônicas Olhos de azeviche: dez escritoras negras que estão renovando a literatura brasileira (2017), publicada pela editora Malê. Os contos são "Das águas", de Cristiane Sobral, e a "A Pretinha e o Pretinho", de Taís Espírito Santo, os quais tratam de questões como a construção da identidade pela mulher negra. Para tanto, buscamos refletir sobre o campo da literatura brasileira, focalizando na vertente da literatura afro-brasileira ou negro-brasileira. Nesse sentido, discutimos como vozes de mulheres negras estão ecoando no contexto literário brasileiro, denunciando o predomínio da branquitude nesse cenário e construindo novas epistemologias. Como arcabouço teórico, utilizamos os pensamentos de Hall Abstract: This article aims to approach two short stories of the anthology of short stories and chronicles Olhos de azeviche: dez escritoras negras que estão renovando a literatura brasileira (2017) [Jet-Black Eyes: Ten Black Female Writers Who Are Renewing Brazilian Literature] published by Malê publishing house. The short stories are "Das águas" [From the Waters], by Cristiane Sobral, and "A Pretinha e o Pretinho" [The Little Black Girl and The Little Black Boy], by Taís Espírito Santo, which deal with issues such as the construction of identity by Black women. Therefore, we seek to reflect upon the field of Brazilian literature, focusing on the field of Afro-Brazilian or Black Brazilian literature. In this sense, we discuss how Black women's voices are echoing in the Brazilian literary context, denouncing the predominance of whiteness in this scenario and building new epistemologies. As a theoretical framework, we use the thoughts
Em conferência intitulada “The Master’s Tool Will Never Dismantle The Master’s House” (1984), a escritora afro-americana Audre Lorde declara ser preciso forjar novas ferramentas que contribuam para a desconstrução do racismo que, historicamente, subalterniza diversos grupos sociais. Partindo dessa proposta, utilizamos o referencial da Análise do Discurso de Maingueneau e Bakhtin, especialmente a linguagem-intervenção, e o conceito de Bassnett e Lefevere de tradução como reescrita para refletir sobre os efeitos de subjetividade em traduções que, por serem produzidas por pessoas que fazem parte de grupos marginalizados, têm a possibilidade de subverter a lógica das traduções realizadas por grandes editoras. Dessa forma, analisamos a tradução do referido discurso de Lorde para a língua portuguesa feita por Tatiana Nascimento — mulher, negra e lésbica —, com o objetivo discutir novas possibilidades de construção de realidades e subjetividades que podem ser produzidas a partir do que chamamos “traduções marginais”.
Em tempos recentes, a literatura negra de autoria feminina tem ganhado proeminência social e se mostrado uma referência quando se trata de questionar as estruturas hegemônicas brancas, patriarcais e LGBTQIfóbicas tanto no campo literário, por meio de diferentes temáticas, perspectivas e estilos, quanto na sociedade como um todo. Dentre as diversas questões que ganham evidência nessas escritas está a construção de masculinidades negras. Neste artigo, analisamos dois contos de Cristiane Sobral publicados na obra Espelhos, miradouros, dialéticas da percepção (2011): “Afrodisíaco” e “Memórias”. Nosso objetivo é verificar de que forma estes contribuem para debates contra-hegemônicos ao desestabilizarem visões estereotipadas sobre corpos masculinos negros, a partir de temas como estigmatização e objetificação, afeto, paternidade e ancestralidade, além de trazerem uma renovação para o conjunto de produções de contos de autoria feminina no Brasil.
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