RESUMO:O texto visa apresentar um roteiro para a história das políticas educacionais voltadas para os povos indígenas, a partir da consideração das suas relações com as políticas indigenistas. Na articulação entre os campos indigenista e da educação sugere pensar como as questões das diferenças culturais dos povos indígenas orientaram diferentes projetos de educação escolar indígena. No roteiro proposto, parte-se do período "assimilacionista" e "civilizatório" do início do século XX, marcado pela ideia de uma necessária unidade da nação, passando pelas reformas desta política em que é reconhecida a importância do ensino bilíngue nos processos de escolarização, até o momento atual, caracterizado pela busca do reconhecimento da diversidade cultural como direito fundamental, colocando novos desafi os para as políticas educacionais.Palavras-chave: Educação escolar indígena. Indigenismo. Políticas educacionais.GѢіёђ ѡќ ю ѕіѠѡќџѦ ќѓ іћёієђћќѢѠ ђёѢѐюѡіќћ: ћќѡђѠ ќћ ѡѕђ џђљюѡіќћѠѕіѝ яђѡѤђђћ іћёієђћќѢѠ юћё ђёѢѐюѡіќћюљ ѝќљіѐіђѠ ABSTRACT: This work aims to present a guide to the history of educational policies geared towards indigenous peoples based on their interaction with indigenous policies. The relationship between indigenous issues and education suggests considering how matters of cultural differences serve as a basis for different projects of indigenous education. In the proposed guide, the starting point is the "prevailing assimilationist approach" and "civilizing" period of the early 20th century, marked by the idea of a necessary unity of the nation. This period was then followed by this policy's reform wich acknowledged the importance of bilingual education in the * Doutorando em Antropologia e professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
O texto enseja uma reflexão sobre os efeitos do racismo estrutural nas universidades brasileiras a partir da presença e da ausência dos povos indígenas. Nestas instituições o racismo tem sido manifestado por uma histórica exclusão. Ainda que ações afirmativas tenham promovido os seus ingressos; suas histórias, culturas, línguas, saberes e conhecimentos continuam ausentes nos currículos. Além disso, são inexistentes as ações que visam às suas inclusões nos quadros de profissionais permanentes destas instituições como técnicos, docentes ou gestores. Todavia, para o enfrentamento do racismo produzido e reproduzido nas universidades, é necessário não apenas ampliar a presença destes coletivos, mas também criar mecanismos institucionais que visem a sua “desestruturação”, tais como ações de promoção da educação antirracista. Estas ações devem ser sistêmicas e permanentes, envolvendo tanto a comunidade acadêmica quanto a sociedade em geral.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.