ResumoObjetivo A elevada utilização de agrotóxicos, sem os cuidados necessários, tem contribuído para a degradação ambiental e o aumento das intoxicações ocupacionais, sendo um dos principais problemas de saúde pública no meio rural brasileiro. O objetivo do trabalho é avaliar a exposição de um grupo de trabalhadores da área rural do Estado do Rio de Janeiro a agrotóxicos anticolinesterásicos, através das atividades da acetilcolinesterase eritrocitária (AChE) e da butirilcolinesterase plasmática (BChE), e o impacto de alguns indicadores socioeconômicos e de utilização de agrotóxicos sobre a contaminação humana. Métodos Para a avaliação da exposição de 300 agricultores residentes em cinco comunidades do distrito de Magé, RJ, uma amostra aleatória de 55 trabalhadores foi selecionada e determinadas as atividades individuais de acetilcolinesterase eritrocitártia (AChE) e butirilcolinesterase plasmática (BChE). As atividades enzimáticas foram avaliadas segundo o método de Ellman modificado por Oliveira-Silva. Dados socioeconômicos e de utilização de agrotóxicos para cada trabalhador da amostra foram obtidos em entrevista estruturada. O possível papel dos indicadores socioeconômicos e de uso de agrotóxicos sobre o nível de contaminação dos trabalhadores foi estimado por análise de regressão linear múltipla, utilizando-se a atividade enzimática como variável dependente e os indicadores socioeconômicos e de uso de agrotóxicos como variáveis independentes. Resultados e ConclusõesOs dados obtidos mostraram resultados distintos em relação à incidência da exposição excessiva, de acordo com o indicador enzimático utilizado. No grupo de trabalhadores, 3,6% (2) foram identificados pelos resultados de BChE e 41,8% (23) pela AChE, sendo considerados intoxicados indivíduos com pelo menos um dos indicadores positivos. A avaliação desses dados frente aos indicadores socioeconômicos e de utilização de agrotóxicos, destaca a importância do nível de escolaridade sobre a prevalência das intoxicações. Para os demais determinantes estudados, nenhuma correlação significativa foi tão evidente. Descritores
Environmental and occupational exposure to benzene from fuels is a major cause for concern for national and international authorities, as benzene is a known carcinogen in humans and there is no safe limit for exposure to carcinogens. The objective of this study was to evaluate the genotoxic effects of chronic occupational exposure to benzene among two groups of workers: filling station workers (Group I) and security guards working at vehicles entrances (Group II), both on the same busy highway in Rio de Janeiro, Brazil. Sociodemographic data on the workers were evaluated; the concentration of benzene/toluene (B/T) in atmospheric air and individual trans,trans-muconic acid (ttMA) and S-phenylmercapturic acid (S-PMA) were measured; oxidative stress was analyzed by catalase (CAT), glutathione S-transferase (GST), superoxide dismutase (SOD), thiol groups (THIOL) and malondialdehyde (MDA); genotoxicity was measured by metaphases with chromosomal abnormalities (MCA) and nuclear abnormalities, comet assay using the enzyme formamidopyrimidine DNA glycosylase (C-FPG), and methylation of repetitive element LINE-1, CDKN2B and KLF6 genes. Eighty-six workers participated: 51 from Group I and 35 from Group II. The B/T ratio was similar for both groups, but Group I had greater oscillation of benzene concentrations because of their work activities. No differences in ttMA and S-PMA, and no clinical changes were found between both groups, but linearity was observed between leukocyte count and ttMA; and 15% of workers had leukocyte counts less than 4.5 × 109 cells L−1, demanding close worker’s attention. No differences were observed between the two groups for THIOL, MDA, MCA, or nuclear abnormalities. A multiple linear relationship was obtained for the biomarkers MCA and C-FPG. A significant correlation was found between length of time in current job and the biomarkers C-FPG, MCA, GST, and MDA. Although both populations had chronic exposure to benzene, the filling station workers were exposed to higher concentrations of benzene during their work activities, indicating an increased risk of DNA damage.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.