<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-family: ";Garamond";,";serif";;">A partir da aproximação entre os pressupostos da psicologia histórico-cultural sobre o desenvolvimento psicológico na adolescência e os da teoria filosófico ontológica da formação da individualidade para-si, esta pesquisa teve o objetivo de apresentar aportes teóricos para a educação escolar de adolescentes. A pedagogia histórico-crítica foi aqui utilizada como mediadora entre as citadas teorias e a educação escolar, tendo em vista sua unidade filosófica com ambas as teorias, assentando-se nos preceitos do materialismo histórico-dialético. Diferentemente das concepções biologizantes e patologizantes sobre adolescência, a psicologia histórico-cultural apresenta essa fase do desenvolvimento humano não como um período naturalmente marcado pela impulsividade e pela emotividade incontroláveis, bem como por crises de personalidade, tudo isso causado pelas mudanças hormonais. Pelo contrário, essa teoria apresenta a adolescência como um período privilegiado para o desenvolvimento do pensamento conceitual e para a consequente formação da concepção de mundo e da autoconsciência. A individualidade para-si foi apresentada como máxima possibilidade da formação do indivíduo e tal processo é realizado a partir da relação dialética entre objetivação e apropriação das objetivações genéricas para-si, ou seja, das produções humanas mais elaboradas, como a ciência, a arte e a filosofia. Visto que: a) um dos fatores decisivos na formação humana é o desenvolvimento de relações conscientes entre o indivíduo e as esferas mais elevadas de objetivação do gênero humano e; b) que a adolescência pode ser um momento de salto qualitativo na apropriação dessas objetivações genéricas, devido à formação do pensamento por conceitos, a hipótese deste trabalho é a de que a educação escolar pode contribuir decisivamente para a formação da individualidade dos adolescentes, no sentido da superação dos limites da vida cotidiana. A pesquisa conclui que tal processo pode não ocorrer se a prática pedagógica limitar-se ao cotidiano dos alunos. A educação escolar poderá conduzir o indivíduo no processo de passagem do em-si ao para-si somente a partir da transmissão dos conteúdos sistematizados. A defesa pela transmissão dos saberes clássicos, das objetivações genéricas para-si, não significa excluir a cotidianidade da vida dos adolescentes. Pelo contrário, a apropriação da genericidade para-si, por parte do adolescente escolar, é elemento fundamental para que este tenha uma relação cada vez mais consciente com a própria cotidianidade.</span></p>
<div class="column"><p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Garamond';">Este trabalho aponta as articulações existentes entre os fundamentos da psicologia histórico- cultural e da pedagogia histórico-crítica, no que tange à questão dos conteúdos que devem compor o currículo escolar. A correta organização do processo de ensino pelo professor, por meio de conhecimentos científicos, bem como a apropriação do conteúdo clássico, por parte do aluno, favorece o desenvolvimento psíquico ao suscitarem o desenvolvimento das funções psíquicas superiores em suas máximas possibilidades. Desse modo, afirmamos que a psicologia histórico-cultural e a pedagogia histórico-crítica alinham-se tanto no que se refere à perspectiva marxista da revolução socialista, como no que se refere à concepção de formação da individualidade e do papel da educação escolar na emancipação humana</span><span style="font-family: Garamond; font-size: 11pt;">. </span></p></div>
RESUMO O presente artigo apresenta a concepção de adolescência a partir dos pressupostos da psicologia histórico-cultural, bem como sua contribuição à educação escolar nesta fase do desenvolvimento humano. Considerando-se que, para Vigotski, a adolescência é um momento privilegiado tanto pelo desenvolvimento do pensamento por conceitos, como pela formação da concepção de mundo e desenvolvimento da autoconsciência, a hipótese deste trabalho é a de que a educação escolar pode contribuir decisivamente, por meio do ensino do conhecimento sistematizado, para o desenvolvimento psicológico dos adolescentes, no sentido da superação dos limites dos conceitos cotidianos. Para tanto, este artigo apresentará a premente necessidade da superação das concepções naturalizantes evidenciadas pelas correntes liberais em psicologia. Essas concepções de adolescência contrastam com o ponto fulcral no qual Vigotski e colaboradores concentraram suas pesquisas, a saber, a formação dos conceitos como um salto qualitativo no desenvolvimento psicológico nesta fase por eles chamada "idade de transição". PALAVRAS-CHAVE: Adolescência. Pensamento conceitual. Psicologia históricocultural. Educação escolar.
A partir dos pressupostos da psicologia histórico-cultural e da pedagogia histórico-crítica, este artigo procurou analisar teoricamente o papel da educação escolar no desenvolvimento da personalidade do adolescente. Foram pesquisadas não somente as obras de Vygotski, como também de Leontiev, Luria, Elkonin, entre outros autores que contribuíram e contribuem para a formação do conjunto de trabalhos elaborados pela psicologia histórico-cultural. A pedagogia histórico-crítica, a partir das obras de Dermeval Saviani e Newton Duarte, foi utilizada como mediação entre a psicologia histórico-cultural e a educação escolar, por entender que esta teoria pedagógica é compatível com os pressupostos da “Escola de Vygotski”. Este trabalho apresenta a concepção da psicologia histórico-cultural sobre a personalidade do adolescente como superação das concepções psicológicas naturalizantes e idealistas, explicitando, ainda, a relevância da transmissão dos conteúdos escolares para o desenvolvimento da personalidade nessa idade de transição.http://dx.doi.org/10.14572/nuances.v25i1.2941
Por meio da aproximação entre a teoria filosófico-ontológica da formação da individualidade para si e a psicologia histórico-cultural, este artigo tem como objetivo apresentar aportes teóricos para a educação escolar de adolescentes. A individualidade para si foi apresentada como máxima possibilidade da formação do indivíduo e tal processo é realizado a partir da relação dialética entre objetivação e apropriação das objetivações genéricas para-si, ou seja, das produções humanas mais elaboradas, como a ciência, a arte e a filosofia. A adolescência foi considerada uma fase privilegiada do desenvolvimento humano para a internalização de tais produções humanas, devido à formação do pensamento por conceitos. Conclui-se que a educação escolar, ao socializar essas objetivações genéricas não cotidianas, contribui decisivamente para o desenvolvimento do autodomínio da conduta, da autoconsciência e da formação de uma individualidade livre e universal.
Este artigo versa sobre o conceito de atividade consciente do ser humano como um tema para discussão dos fundamentos filosóficos da psicologia histórico-cultural. Para tanto, apresenta três categorias de análise, quais sejam: a atividade consciente e as necessidades histórico-culturais; a atividade consciente e a mediação cultural e; a atividade consciente e a apropriação da experiência do gênero humano. O artigo conclui que a consciência é um atributo do psiquismo humano engendrado pela complexidade da atividade social.
A partir da aproximação entre a psicologia histórico-cultural e a teoria filosófica ontológica da formação da individualidade para-si, este artigo apresenta o papel da educação escolar no desenvolvimento da capacidade do adolescente conduzir, de forma consciente, sua vida cotidiana. Este trabalho defenderá que a apropriação, por parte do adolescente, das objetivações genéricas para-si, como a ciência, a arte e a filosofia, possibilita a formação de novas funções psicológicas superiores, desenvolvendo o autodomínio da conduta e a estruturação da personalidade e da concepção de mundo nessa idade de transição. Isso significa que o adolescente pode aprender a hierarquizar, de maneira consciente, suas atividades da vida cotidiana, isto é, desenvolve-se a capacidade de condução da vida.
RESUMO:O presente artigo versa sobre a relação entre educação escolar e desenvolvimento da imaginação na adolescência. A partir dos pressupostos da psicologia histórico-cultural, defende que a imaginação não se desenvolve naturalmente, tampouco se desenvolve fora das atividades que a requeira. Os produtos da imaginação começam a se expressar, em suas máximas possibilidades, a partir da adolescência, por meio do pensamento por conceitos que, outra coisa não é, senão, a forma mais desenvolvida de pensamento que, de acordo com Vigotski (2014), é engendrada no processo de transmissão-assimilação dos conteúdos escolares. PALAVRAS-CHAVE:
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