Este estudo objetivou analisar a expansão urbana e a percepção ambiental presente na relação homem-manguezal na cidade de Marapanim-PA. Para tanto, aplicaram-se formulários semiestruturados a 81 moradores no entorno dos manguezais, distribuídos em três bairros: Barraca, Centro e Novo, além do uso dos métodos de observação não participante e de diário de campo, durante o ano de 2017. Para os dados quantitativos sobre o perfil socioeconômico, ocupação humana, uso dos recursos naturais e percepção ambiental foram calculadas as frequências e outras informações foram analisadas qualitativamente pelo método de análise de conteúdo. Os entrevistados possuíram um perfil socioeconômico bastante heterogêneo e que, apesar de relativas melhorias nas condições de moradia, residiam em logradouros com saneamento básico e infraestrutura urbana precários, afetando o uso dos recursos naturais e a percepção ambiental. Tal uso dos manguezais ocorreu em pequena escala, se comparado a tempos pretéritos, e a percepção de alguns entrevistados evidenciou problemas e impactos socioambientais, que, por sinal, decorriam das atividades dos próprios habitantes locais, enquanto o cuidado com o meio foi limitado e pontual. Sugerem-se intervenções dos entes federativos para o planejamento urbano e o fortalecimento de ações educativas aos moradores para a efetivação dos manguezais como Área de Preservação Permanente.
Este estudo objetivou analisar as experiências relacionadas à Educação Ambiental (EA) e práticas sustentáveis de acadêmicos da Faculdade Estácio de Castanhal-PA. Foram entrevistados aleatoriamente 144 acadêmicos por meio de um formulário semiestruturado. Os informantes foram predominantemente mulheres, idade entre 16 e 59 anos, pertenciam a diferentes cursos e a maioria já tinha participado de cursos e atividades sobre EA, inclusive na referida faculdade. Estes acadêmicos realizavam, em distintas frequências, todas as ações sustentáveis definidas neste estudo, e a principal prática cotidiana citada foi o descarte adequado de resíduos. Entretanto, percebeu-se que este é um processo incipiente e, apesar de haver um determinado conhecimento sobre o assunto, outros fatores influenciam a consumação das práticas sustentáveis, como os de ordem econômica. Portanto, a EA ainda exerce pouca influência sobre a consciência ambiental e ações de sustentabilidade dos discentes, porém, as práticas já existentes precisam ser mais trabalhadas ao longo do processo de formação pessoal e profissional.
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