A estrutura espacial de cidades e regiões vem se tornando mais complexa, sendo que as interações sócio-espaciais que ocorrem em redes de cidades parecem ter um papel importante, influenciando o potencial econômico dos municípios. O objetivo deste trabalho é apresentar uma metodologia que permita analisar o papel da configuração da rede espacial de municípios no seu desempenho econômico. A investigação se insere na área da morfologia urbana, através de um enfoque sistêmico e quantitativo, no campo dos estudos configuracionais urbanos. Toma-se como estudo empírico a rede de cidades no Rio Grande do Sul. O modelo da rede espacial (grafo) é constituído pelos municípios (nós) e pelas rodovias (ligações), sendo calculadas as medidas de acessibilidade e centralidade configuracional. Os resultados destas medidas são então relacionados a atributos econômicos dos municípios (PIB e VAB) através de uma análise estatística de clusters. O estudo empírico revelou evidências de que um bom desempenho dos municípios na rede configuracional está associado a indicadores econômicos específicos: maior PIB, maiores valores de VAB indústria e serviços e menores valores de VAB agropecuária. As conclusões procuram discutir as potencialidades e limitações da abordagem utilizada para a compreensão da estrutura espacial regional.
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