Este artigo relata a experiência do Coral Cênico Cidadãos Cantantes, criado em 1992 como desdobramento das atividades dos Centros de Convivência e Cooperativa da Secretaria de Saúde do Município de São Paulo, com apoio da Associação SOS Saúde Mental, Ecologia e Cultura. O Coral possui uma composição heterogênea, reunindo portadores de sofrimento mental, pessoas em situação de vulnerabilidade e pessoas da população em geral, interessados na construção artística, tendo como local de trabalho as dependências da Galeria Olido da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Desde 2006 o Coral estabelece parceria com o Laboratório de Estudos e Pesquisa Arte e Corpo em Terapia Ocupacional. A prática do Coral recupera o sentido da arte como um atributo humano capaz de transformar atitudes, lugares de saber, lugares de existência e, por conseqüência, capaz de alterar a qualidade de vida. A ferramenta de trabalho dos Cidadãos Cantantes é a promoção de encontros nos quais se possa cantar buscando a harmonização das dissonâncias para afinar diferenças e sustentando uma experimentação na interface entre canto coral, arte e saúde na contemporaneidade. A prática musical em grupos que apresentam esse perfil mostra-se, não só possível, como instigadora, para se pensar novas possibilidades para o canto coral, além de propor novos agenciamentos relacionais e territoriais.
Resumo: Neste artigo apresenta-se um panorama de ações territoriais marcado pelos movimentos sociais em torno da desinstitucionalização da loucura e da construção dos direitos das pessoas com deficiência, que configuram um novo campo de práticas de Terapia Ocupacional voltadas às complexas demandas das populações atendidas com o objetivo de ampliação da participação sociocultural. São ações e estratégias desenvolvidas pelos participantes
BUELAU, R. M.; INFORSATO, E. A.; LIMA, E. M. F. A. Exercícios de sonhar junto: criatividade e experiências estéticas no acompanhamento de uma criança. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 20, n. 3, p. 164-170, set./dez. 2009. RESUMO: Este artigo apresenta o estudo de caso sobre o acompanhamento terapêutico de uma criança em vulnerabilidade social, atendida no Programa Permanente de Composições Artísticas e Terapia Ocupacional (PACTO), do Curso de Terapia Ocupacional da USP, entre os anos de 2004 a 2007.O estudo visou contribuir para a construção de conhecimento no campo de interface entre arte e saúde, dando destaque à importância da criatividade e das experiências estéticas nos processos de Terapia Ocupacional. Buscou-se, assim, verificar em que medida a abertura para o viver criativo potencializa a vida e possibilita a apresentação do mundo de um modo convidativo e não ameaçador. O acompanhamento mostrou-se extremamente rico para o processo da criança. A partir do trânsito pela cidade, do contato com outras pessoas, com elementos da cultura e da criação de um espaço de jogo na relação com a terapeuta, foi possível enfrentar as intermitências da vida de forma criativa e saudável.
Esta composição visa registrar e divulgar o I Encontro Arte, Saúde e Cultura: construindo uma política pública de interface, por meio da publicação da fala de abertura, juntamente com fotos que apresentam alguns recortes das participações e apresentações que ocorreram ao longo deste acontecimento. O Encontro foi organizado pelo Grupo de Trabalho Arte, Saúde e Cultura, constituído por: representantes das Secretarias de Saúde e Cultura do Município de São Paulo, trabalhadores da rede de saúde e cultura, sociedade civil organizada e comunidade acadêmica.
Resumo O desenvolvimento de pesquisas e metodologias na interface arte, corpo, saúde e cultura é uma experiência de multiplicidade, produção de corporeidade e cooperação com o território e implica o cultivo de práticas que proponham soluções inventivas para a população envolvida. A experiência aqui apresentada investe em estratégias de atenção e formação em Terapia Ocupacional, pautadas nos conceitos e práticas do corpo, das artes, da produção de subjetividade e da participação social; em diálogo com as políticas públicas de saúde e cultura, a partir da construção de redes, agenciamentos territoriais e circulação de estudantes e da população atendida pela cidade.
A equipe do Laboratório de Estudos e Pesquisa Arte, Corpo e Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo (Pacto-USP) desenvolve uma formação em Terapia Ocupacional (TO) que opera deslizamentos entre as artes e a clínica, para a instauração de processos formativos nos quais incidam, concomitantemente, as dimensões da experiência sensível e da produção de conhecimento. No âmbito das disciplinas de graduação e especialização na interface arte, saúde e cultura, um conjunto de dispositivos tem sido criado e efetuado de modo a instaurar aberturas por onde a elaboração das experiências pode se dar, compondo planos para uma produção de subjetividade. Este texto-colagem apresenta alguns desses dispositivos e suas ressonâncias conceituais.
E o tigre? Não se pode agradecer. Então eu dou umas voltas vagarosas em frente à pessoa e hesito. Lambo uma das patas e depois, como não é a palavra que tem então importância, afasto-me silenciosamente.
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