Exercícios de sonhar junto: criatividade e experiências estéticas no acompanhamento de uma criança

Abstract

BUELAU, R. M.; INFORSATO, E. A.; LIMA, E. M. F. A. Exercícios de sonhar junto: criatividade e experiências estéticas no acompanhamento de uma criança. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 20, n. 3, p. 164-170, set./dez. 2009. RESUMO: Este artigo apresenta o estudo de caso sobre o acompanhamento terapêutico de uma criança em vulnerabilidade social, atendida no Programa Permanente de Composições Artísticas e Terapia Ocupacional (PACTO), do Curso de Terapia Ocupacional da USP, entre os anos de 2004 a 2007.O estudo visou contribuir para a construção de conhecimento no campo de interface entre arte e saúde, dando destaque à importância da criatividade e das experiências estéticas nos processos de Terapia Ocupacional. Buscou-se, assim, verificar em que medida a abertura para o viver criativo potencializa a vida e possibilita a apresentação do mundo de um modo convidativo e não ameaçador. O acompanhamento mostrou-se extremamente rico para o processo da criança. A partir do trânsito pela cidade, do contato com outras pessoas, com elementos da cultura e da criação de um espaço de jogo na relação com a terapeuta, foi possível enfrentar as intermitências da vida de forma criativa e saudável.

Terapia ocupacional e a expressão “produção de vida”: o que dizem as produções brasileiras?

“…Articles related to arts and culture show the importance of creativity and aesthetic experiences (Buelau et al, 2009); reports of projects involving dialogue with artists and art that, among the different objectives, achieved the encouragement of socio-cultural processes in cultural participation (Lima et al, 2009;Castro et al, 2011); and the link between cultural production and occupational therapy, resulting in an expansion of professional performance (Castro et al, 2009). The articles on collective health address the concept of disability and its relationship with the territory, bringing observations from the Family Health Strategy and the contributions of occupational therapy (Gelatti & Angeli, 2019); health care developed in Primary Health Care networks (Ferreira & Costa, 2017); and occupational therapy interventions and contributions in the street office (Prodocimo et al, 2018).…”

“…Six articles show creative experiences related to the expression "production of life": Training in occupational therapy at the interface of arts and health: the experience of PACTO (Castro et al, 2009), with Guattari as a theoretical reference; Adolescents PACTO: art and body in the invention of devices in occupational therapy for the production of life and health in adolescence (Lima et al, 2009) not mentioning references; Exercises of dreaming together: creativity and aesthetic experiences in accompanying a child (Buelau et al, 2009), mentioning Safra; Body and art workshops: inventiveness, aesthetic production and socio-cultural participation (Castro et al, 2011), in which the reference was Inforsato; Theater workshops as an occupational therapeutic resource in a residential therapeutic service (Silva & Raccioni, 2015), who mentioned Rotelli, Castro and Silva; The use of music as a therapeutic resource in mental health (Batista & Ribeiro, 2016), in which Ribeiro was the reference.…”

“…The expression "production of life" can be found in other publications by occupational therapists, although they do not mention that it is a sharing of the same conception (Kinker, 1997;Buelau et al, 2009;Lima et al, 2009). In this sense, seeking to deepen the reflection on "production of life" in the social function of occupational therapy in Brazil, this study reviewed the national literature to understand how the expression has been used by Brazilian occupational therapists.…”

Terapia ocupacional x violência na escola: possibilidades de enfrentamento na educação infantil/ Occupational Therapy X Violence at school: possibility of coping in early childhood education

“…Diante destas considerações, as práticas da Terapia Ocupacional em contextos sociais promovem a criação de espaços democráticos e horizontais de experimentação e escolha junto ao sujeito ou grupos onde se possibilita experienciar e exercer autonomia, independência e participação (Buelau et al, 2009).…”