Neoplasia intra-epitelial córneo-conjuntival (NIC) -Relato de um caso atípicoAs autoras relatam um caso de NIC com apresentação e epidemiologia atípicos, bem como sua evolução com diferentes tratamentos. A paciente feminina, 41 anos, encaminhada ao departamento de córnea e doenças externas do HOS, queixava-se de baixa acuidade visual em olho direito (OD) e foi submetida a exame oftalmológico completo. Ao exame, detectou-se em ambos os olhos opacidades corneanas epiteliais digitiformes e, diante da hipótese de NIC, realizaram-se 3 ciclos de 14 dias de colírio de mitomicina C a 0,02% 4x/dia em OD e ressecção associada a crioterapia em olho esquerdo (OE). Observamos recidiva em OD, após a qual realizamos ressecção associada a crioterapia com nova recidiva, seguida de nova ressecção e crioterapia, sem recidiva até o último exame (seguimento de 3 anos). Não houve recidiva em OE. INTRODUÇÃOA neoplasia intra-epitelial córneo-conjuntival (NIC) é uma doença benigna do epitélio de superfície ocular, com baixo potencial de malignidade, de difícil diagnóstico (podendo apresentar-se sob as mais variadas formas) e de difícil tratamento (1) . O termo NIC hoje substitui outros antes empregados, como doença de Bowen, epitelioma intra-epitelial, displasia, carcinoma in situ e intra-epitelioma (1) . A NIC compreende duas entidades: a displasia escamosa, em que as células atípicas atingem somente parte do epitélio de superfície, e o carcinoma in situ, no qual as células atípicas atingem toda a espessura do epitélio, poupando a membrana basal. O tratamento de escolha para a NIC compreende excisão e crioterapia. Recentemente, vários estudos têm mostrado que o uso de quimioterápicos como a mitomicina C, interferon e 5-fluorouracil podem eliminar NICs de variados tamanhos (2)(3)(4) . Se houver invasão sub-epitelial da córnea ou conjuntiva (células anaplásicas ultrapassando a membrana basal), a lesão passa a ser chamada de carcinoma invasivo de células escamosas (2) . Nós aqui relatamos um caso atípico de NIC, com acometimento bilateral em que foram realizadas diferentes modalidades de tratamento para cada olho. RELATO DE CASOPaciente L.T., 41 anos, branca, natural de Tietê-SP, procedente de Porto Feliz-SP, profissão do lar, apresentou-se ao ambulatório de Córnea e Doen- RELATOS DE CASOS
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