O propósito deste trabalho é incrementar o debate sobre o NASF, a partir de uma reflexão acerca da função apoio. A palavra apoio é, geralmente, apresentada, em documentos oficiais do Ministério da Saúde e em publicações acadêmico-científicas, acompanhada por descritores que a caracterizam. É comum encontrarmos diferentes terminologias: “apoio institucional”, “apoio à gestão”, “apoio matricial”. Quanto ao NASF, publicações examinadas destacam a centralidade do desempenho do apoio matricial. No entanto, nos perguntamos: quais as faces que a função apoio vem assumindo na implementação deste programa? Para refletir sobre essa e outras questões, desenvolvemos uma pesquisa de caráter qualitativo em uma equipe de NASF, no interior do Paraná, utilizando-nos das ferramentas metodológicas: observação participante, entrevista semiestruturada e grupos de discussão. Procuramos demonstrar que a dinâmica da função apoio no NASF permite a emergência tanto do apoio matricial quanto do apoio institucional.
Procura instigar o debate sobre os determinantes sócio-históricos que condicionam a construção de políticas públicas de saúde mental aplicáveis ao contexto familiar brasileiro. As atuais políticas têm privilegiado a família como lugar estratégico de ações voltadas para a transformação social, com intervenção de vários atores, entre eles, psicólogos. Ao recuperar alguns pontos do ideário de higiene mental percebeu-se que esse discurso não é novidade na história da saúde brasileira. Embora os tempos, as famílias e os profissionais sejam outros, compreendeu-se que a busca de solução para a 'crise' da sociedade continua sendo atribuída ao indivíduo particular. A família, como expressão desse indivíduo, tem sido chamada para assumir responsabilidades que levem a sociedade na direção da 'ordem' e do 'progresso' da nação.
A obra trata da importância da psicologia sócio-histórica no cenário brasileiro. Este referencial teórico é baseado no materialismo histórico e se desenvolveu no final da década de 1970 e 1980, se configurando como uma das vertentes mais pesquisadas no cenário brasileiro. Foram reunidas pesquisas teóricas e de campo, com uma variedade de temas que vão desde a gênese da afetividade e criatividade, até o trabalho com jovens e adolescentes em privação de liberdade, reforma psiquiátrica e Sistema Único de Saúde. O lançamento do livro procura agregar diferentes pesquisadoras(es) de universidades do Paraná e São Paulo, todas(os) ligadas(os) à programas de pós-graduação ou residências profissionais reconhecidos pelo MEC e CAPES. Esperamos que a obra preencha um espaço no mercado editorial brasileiro, ainda em expansão quanto às possibilidades de atuação profissional mediadas pela psicologia sócio-histórica.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.